Internacional
Corte de gastos e dificuldades temporárias: O que se sabe sobre o Departamento da Eficiência de Elon Musk no governo dos EUA
O bilionário Elon Musk irá liderar o Departamento de Eficiência Governamental no próximo mandato de Donald Trump. A partir de janeiro, o empresário, dono da Tesla e da SpaceX, terá um papel importante no governo dos Estados Unidos: cortar gastos e reduzir burocracias.
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Trump confirmou Musk no governo na noite de terça-feira (12). No entanto, o republicano já havia prometido que o bilionário trabalharia em uma comissão de eficiência durante a campanha presidencial.
Musk foi um dos principais investidores da campanha de Donald Trump e desembolsou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,15 bilhão) para ajudar a eleger o republicano. Recentemente, ele disse que vai trabalhar para cortar até US$ 2 trilhões em gastos desnecessários no governo.
Para esta missão, o bilionário trabalhará ao lado do empresário Vivek Ramaswamy. O futuro parceiro de Musk no Departamento de Eficiência também é bilionário e trabalha no setor de biotecnologia.
Ramaswamy tentou ser o indicado do Partido Republicano para a presidência, mas desistiu da campanha no início deste ano. Logo depois, ele apoiou Trump na corrida eleitoral.
Nesta reportagem você vai saber:
O que Trump espera do departamento?
Quais gastos Musk quer cortar?
Qual a experiência de Musk em cortes de gastos?
Os EUA já tiveram um departamento do tipo no passado?
1. O que Trump espera do departamento?
Donald Trump, ex-presidente e candidato a um novo mandato na Casa Branca, durante comício em Michigan
Carlos Barria/Reuters
Ao anunciar Musk no governo, Trump disse que o Departamento de Eficiência terá como objetivo eliminar o desperdício de dinheiro público e fraudes no orçamento norte-americano.
Segundo o presidente eleito, Musk e Ramaswamy deverão fazer mudanças na burocracia federal, com foco na eficiência e na redução de regulamentações excessivas.
“O Departamento de Eficiência Governamental fornecerá conselhos e orientações vindos de fora do governo e trabalhará com a Casa Branca e o Escritório de Administração e Orçamento para impulsionar reformas estruturais em larga escala”, anunciou Trump.
O presidente eleito deseja que o órgão crie uma abordagem empreendedora para o governo. Para que isso aconteça, Musk e Ramaswamy deverão sugerir reestruturações nas agências federais.
Trump disse que a expectativa é que o departamento conclua seus trabalhos até 4 de julho de 2026, quando os Estados Unidos comemorarão 250 anos de independência. Ou seja, os bilionários terão um ano e meio para sugerir mudanças no governo.
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2. Quais gastos Musk quer cortar?
O bilionário Elon Musk durante evento de apoio a Trump em NY
Evan Vucci/AP
Em outubro, Musk disse que o orçamento federal deveria ser reduzido em, pelo menos, US$ 2 trilhões. O bilionário afirmou que isso seria possível diminuindo a burocracia governamental.
Musk admitiu que as medidas podem causar “dificuldades temporárias” para os americanos. No entanto, ele defende que as mudanças trarão prosperidade a longo prazo.
Apesar da meta ambiciosa, especialistas afirmam que dificilmente Musk conseguirá cortar US$ 2 trilhões de gastos do governo. Em 2024, o orçamento dos Estados Unidos foi estimado em US$ 6,5 trilhões. Desse total, US$ 1,9 bilhão foi destinado a despesas não obrigatórias.
Ou seja, em comparação com o orçamento deste ano, Musk teria pouca margem de manobra para reduzir os gastos dos Estados Unidos. Além disso, ele pode enfrentar entraves no Congresso.
Por outro lado, o bilionário pode apostar em desregulamentação de setores da economia. A inteligência artificial e as criptomoedas são áreas de interesse para Musk.
A imprensa norte-americana aponta que Musk e Ramaswamy também podem trabalhar para reduzir custos e enfraquecer agências federais diretamente relacionadas às empresas de ambos.
Musk, por exemplo, teve embates com reguladores da Administração Federal de Aviação, que supervisiona os lançamentos de foguetes, e da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário, que está investigando as funções de direção autônoma em carros da Tesla.
Já Ramaswamy fez várias críticas à FDA, agência que controla autorizações para alimentos e medicamentos. Ele chamou as regulamentações da agência de “hipócritas, prejudiciais e inconstitucionais”, em 2023.
3. Qual a experiência de Musk em cortes de gastos?
Elon Musk entra na sede do Twitter carregando uma pia
Reprodução/Twitter
No setor espacial, Musk investiu no desenvolvimento de tecnologias para reduzir drasticamente os custos de lançamento de foguetes. Isso possibilitou a abertura de novos mercados e revolucionou a indústria de comunicações por satélite, principalmente com a Starlink.
Por outro lado, uma das experiências mais recentes de Musk com cortes de gastos foi publicamente observada no “X”, o antigo Twitter.
Após comprar a rede social, o bilionário demitiu cerca de 3.700 funcionários — o que representava metade da força de trabalho da empresa. Ele também fez reestruturações internas para tentar uma melhor eficiência do X.
No entanto, o valor de mercado da rede social caiu drasticamente. Musk pagou cerca de US$ 44 bilhões na compra do então Twitter, em 2022. Relatórios recentes apontam que a empresa perdeu 80% do valor de mercado desde então.
4. Os EUA já tiveram um departamento do tipo no passado?
O ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan
BBC
A ideia de Trump não é revolucionária. Na década de 1980, o então presidente Ronald Reagan anunciou que reuniria um grupo de especialistas do setor privado para recomendar formas de eliminar ineficiências e desperdícios.
Na época, 150 líderes empresariais trabalharam de forma voluntária em um comitê executivo para revisar o funcionamento de agências federais e funções governamentais. Mais de 2.500 recomendações foram feitas.
“A maioria das recomendações, especialmente aquelas que exigiam legislação do Congresso, nunca foi implementada”, segundo a Biblioteca Reagan.
Já em março de 2017, Trump assinou uma ordem executiva com o objetivo de melhorar a eficiência, a eficácia e a responsabilidade das agências federais e de “eliminar ou reorganizar agências federais desnecessárias”.
A ordem determinava que cada agência federal apresentasse um plano proposto de reorganização. Ele também assinou uma ordem executiva separada para incluir grupos de trabalho e oficiais de “reforma regulatória” dentro das agências federais.
Durante o primeiro mandato, Trump tentou extinguir pelo menos 19 agências federais, mas não teve sucesso.
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Postado em: 00:07
Internacional
Atirador ataca área perto da embaixada de Israel na Jordânia e é morto pela polícia
Reuters/Jehad Shelbak
Um homem efetuou disparos com arma de fogo neste domingo (24) perto da embaixada de Israel na Jordânia, que faz fronteira com o país. O atirador foi morto pela polícia, e três policiais ficaram feridos, segundo informou a Reuters com base em uma fonte de segurança e a imprensa local.
O atirador foi morto depois de disparar contra uma patrulha policial em Amã, capital da Jordânia, disse a agência de notícias estatal Petra. As investigações estão em andamento.
Testemunhas afirmaram que a polícia já havia isolado uma área perto da embaixada após tiros serem ouvidos na região. Duas pessoas afirmaram que ambulâncias também foram deslocadas para o local.
O caso aconteceu no bairro Rabiah, onde está a embaixada israelense. A região é um ponto frequente de manifestações contra Israel.
A Jordânia tem uma população de cerca de 12 milhões de pessoas, sendo muitas de origem palestina. Elas ou seus pais foram expulsas ou fugiram para a Jordânia nos combates que acompanharam a criação de Israel em 1948. Parte dessa população segue com laços familiares no lado israelense do Rio Jordão.
O tratado de paz com Israel é impopular entre muitos cidadãos na Jordânia que veem a normalização de relações como um traição aos direitos de seus compatriotas palestinos.
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Postado em: 04:00
Internacional
Eleição no Uruguai: Esquerdista e conservador disputam presidência em 2º turno acirrado
Mariana Greif/Reuters e Andrés Cuenca/Reuters
O Uruguai vai às urnas neste domingo (24) para escolher quem será o próximo presidente do país: o esquerdista Yamandú Orsi ou o conservador Álvaro Delgado. Pesquisas indicam que a disputa está muito acirrada, com os dois candidatos tecnicamente empatados.
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Ambos disputam neste domingo o segundo turno. Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55 anos, foram os dois candidatos mais votados no primeiro turno, que aconteceu no dia 27 de outubro. O esquerdista teve 46,1% dos votos, enquanto o conservador recebeu 28,2%.
A campanha de Orsi foi apoiada pelo ex-presidente José Mujica. O candidato da esquerda já trabalhou como professor de história e foi governador de uma das regiões do Uruguai. Já Delgado é aliado do atual presidente, Luis Lacalle Pou. Veterinário, ele atuou como secretário da Presidência.
Nos últimos dias de campanha, Orsi apostou em tentar convencer os eleitores pelos bons resultados das eleições legislativas. O partido dele, a Frente Ampla, conquistou 16 das 30 cadeiras do Senado, além de 48 das 99 vagas na Câmara.
“Temos as condições para assumir nosso país e continuar trabalhando com base em acordos, mas também com uma atitude firme e determinada para levar adiante as transformações que o país necessita”, afirmou.
Com Orsi, a Frente Ampla aposta em recuperar a cadeira presidencial que perdeu em 2020 após 15 anos no cargo.
Já Delgado tem usado o legado de Lacalle Pou na presidência do Uruguai na campanha. Conquistas nas áreas de segurança, infraestrutura, saúde e economia foram exploradas pelo candidato da direita.
“[Vai nos eleger] uma maioria silenciosa que não tem bandeira, que não tem faixas, que hoje prefere a continuidade de um governo que foi melhor que o governo da Frente Ampla”, disse em um comício.
Uma pesquisa eleitoral publicada na segunda-feira (18) mostrou que Orsi tem 47% das intenções de voto, enquanto Delgado aparece com 46%. Como a margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão empatados.
Quase 3 milhões de eleitores estão aptos a votar no Uruguai. Quem vencer as eleições governará o país por cinco anos. A legislação atual não permite reeleição.
“Embora Orsi tenha subido em todas as pesquisas, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, disse à Agência France Presse o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum.
“O país está dividido em duas metades” e é “razoável” estimar que a eleição será definida por menos de 50 mil votos, completou. Em 2019, o pleito foi decidido por apenas 37 mil votos.
“Ainda que a vitória seja por margens estreitas, não se espera que o resultado seja contestado. Quem perder aceitará isso pacificamente e será aberta uma etapa necessária de negociação entre os dois blocos”, disse Bottinelli.
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Dhara Assis/g1
‘Pupilo de Mujica’
Aos 57 anos, Yamandú Orsi é considerado o herdeiro político do ex-presidente José Mujica, que governou o Uruguai entre 2010 e 2015.
Mujica esteve ativamente na campanha de Orsi, mas precisou se afastar por motivos de saúde. Aos 89 anos, ele fez discursos recentes em tom de despedida e chegou a dizer que poderia estar votando pela última vez.
Orsi é classificado por Mujica como um novo líder que pode equilibrar a dinâmica social, política e econômica do país. O candidato da esquerda já governou o departamento de Canelones, que é o segundo maior do Uruguai.
Durante a campanha, Orsi disse que não planeja mudanças radicais no país e prometeu uma renovação da esquerda com base no diálogo. As promessas eleitorais também foram focadas em políticas para o meio ambiente, para pequenos produtores e inclusão social.
Yamandú Orsi, 57 anos, é o candidato da esquerda à presidência do Uruguai
REUTERS/Martin Varela Umpierrez
Aposta da direita
Álvaro Delgado foi o nome escolhido pela coalizão do governo de Lacalle Pou, formada pelos partidos Nacional e Colorado. Se eleito, manterá a direita na Presidência por mais cinco anos.
Lacalle Pou tem bons índices de aprovação entre a população. Delgado, por ser um forte aliado e muito próximo do atual presidente, se apresentou como um bom nome para dar continuidade ao atual governo.
O candidato conservador foi secretário da Presidência de Lacalle Pou durante a pandemia de Covid-19. À época, ele serviu como a principal ponte da comunicação entre o governo e a população.
Aos 55 anos, Delgado é veterinário e tem forte apelo entre os eleitores rurais. Na campanha, ele tem prometido continuar nos avanços conquistados por Lacalle Pou, principalmente nas áreas de segurança e crescimento econômico.
Álvaro Delgado, de 55 anos, é o candidato conservador à Presidência do Uruguai
REUTERS/Martin Varela Umpierrez
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Postado em: 01:00
Internacional
Trump escolhe Brooke Rollins como secretária da Agricultura
Andrew Kelly/Reuters
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, escolheu neste sábado (23) Brooke Rollins, presidente do America First Policy Institute, para ser secretária da Agricultura. A nomeação deve ser ratificada pelo Senado dos EUA.
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“Como nossa próxima secretária da Agricultura, Brooke liderará o esforço para proteger os agricultores americanos, que são verdadeiramente a espinha dorsal do nosso país”, disse Trump em comunicado.
Se confirmada pelo Senado, Rollins vai liderar uma agência de 100 mil pessoas com escritórios em todos os distritos do país, cuja missão inclui programas agrícolas e de nutrição, silvicultura, empréstimos agrícolas, segurança alimentar, desenvolvimento rural, pesquisa agrícola, comércio e muito mais. A pasta tem um orçamento de US$ 437,2 bilhões em 2024.
A agenda de quem comandar a Agricultura dos EUA terá implicações para as dietas e os bolsos dos norte-americanos, tanto urbanos como rurais. Funcionários do Departamento de Agricultura negociam acordos comerciais, orientam recomendações nutricionais, inspecionam carnes, combatem incêndios florestais e apoiam a toda a atividade rural.
“O compromisso de Brooke em apoiar o agricultor americano, a defesa da auto-suficiência alimentar americana e a restauração das pequenas cidades americanas dependentes da agricultura é incomparável”, disse Trump no comunicado.
O America First Policy Institute é um “think tank” que trabalhou em estreita colaboração com a campanha de Trump para ajudar a moldar a política para a sua próxima administração. Ela presidiu o Conselho de Política Interna durante o primeiro mandato de Trump.
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Postado em: 19:02
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