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A jornada de Evaldo José: da locução esportiva ao trabalho num campo de refugiados na África
Evaldo José ao lado de alunos da Escola Nação Ubuntu
Acervo pessoal
“Fiz 55 anos em outubro e, nessa trajetória, foram 35 dedicados à educação e ao jornalismo. Devo ter pelo menos mais uns 15 ou 20 anos com muita disposição e quero, no Malaui, poder gerar algum impacto e ajudar a escola a cumprir a missão para a qual foi fundada”, explica.
Essa história começa em 2019, quando reencontrou uma ex-aluna, Clarissa Paz, membro da organização Fraternidade sem Fronteiras. Ela o convidou a conhecer o projeto da Escola Nação Ubuntu, no campo de refugiados Dzaleka, a cerca de 40 quilômetros da capital, Lilongwe – um pedaço de terra cedido pelo governo do Malaui em 1994, para que a ONU pudesse assentar os sobreviventes do massacre de Ruanda. O que era para ser uma medida provisória completou 30 anos e hoje vivem ali em torno de 55 mil pessoas.
“Separei 15 minutos na agenda para uma conversa que durou duas horas e meia. No final, já tinha decidido comprar uma passagem. Fui em 2019 e, imediatamente, me conectei com a causa, que me mobilizou e me emocionou muito mais do que eu esperava. Nos primeiros dias, você sente o impacto da dureza da situação, mas depois, inspirado por essas pessoas, descobre uma força que desconhecia”, lembra.
Evaldo resolveu dar uma parada em suas atividades para passar dois meses no Malaui. Foi assim que embarcou, no começo de 2020, para a África, onde acabou ficando por seis meses. Apesar de ter tido a chance de voltar antes do fechamento total dos aeroportos, por causa da pandemia, decidiu permanecer. Em 2023, coordenou a primeira caravana pedagógica para a escola, levando voluntários de diferentes áreas para, como define, “somar e aprender”:
Em sala de aula: o inglês é a língua oficial para as 900 crianças
Acervo pessoal
“Na verdade, a gente aprende muito mais do que ensina. Há refugiados de diversos países, que enfrentam uma infraestrutura das mais precárias. Também não podem ter um emprego formal e recebem apenas cinco dólares por mês do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), ou seja, ficam presos a uma condição de miséria absoluta”.
No fim do ano passado, surgiu o convite para ser diretor-geral da escola e, no primeiro semestre de 2024, Evaldo deu início aos preparativos para transformar a África num segundo lar. A Ubuntu, que abriu as portas com 200 alunos, hoje atende 900, de sete países e dez dialetos diferentes. A língua oficial é o inglês, mas as crianças são obrigadas a aprender chechewa, o idioma nacional, porque no oitavo ano é preciso fazer uma prova para ingressar no Ensino Médio – 50% dos estudantes não passam no exame. É um trabalho hercúleo para os próximos anos, afirma:
“Queremos implementar um currículo internacional, que dê às crianças alguma chance no futuro. Por enquanto, temos alunos até o quarto ano, mas quero ver a primeira turma chegar ao oitavo e prestar a prova para o Ensino Médio. No futuro, talvez possam pensar em ir para uma universidade no Canadá, no Reino Unido, na França. O dia a dia de um campo de refugiados é feito de carências e a maioria dos projetos humanitários é sobre garantir água e comida. O nosso quer mostrar que a educação é a ferramenta que pode mudar o futuro das pessoas”.
São 60 professores e cada estudante – que recebe uniforme e alimentação – custa, mensalmente, entre 250 e 300 reais. É possível se tornar padrinho ou madrinha de uma delas: basta acessar este link da organização.
“A outra escola no campo atende dois mil alunos, com 150 em cada sala, mas no total são 15 mil crianças… A nossa é a única que oferece refeição. Elas comem um mingau quando chegam e, no almoço, o nsima, prato que se assemelha à polenta, com uma verdura. Queremos estender o horário até as 15h, para lhes dar um lanche, porque a maioria só se alimenta aqui. Este também é um local onde estão menos expostas, porque há muita violência sexual e um problema gravíssimo de tráfico humano”, conclui.
Rodeado por alunos do campo de refugiados Dzaleka
Acervo pessoal
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Postado em: 05:00
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Vereadores de Aparecida de Goiânia derrubam veto e aprovam pela segunda vez aumento de R$ 6 mil nos próprios salários
Os vereadores de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, derrubaram o veto do prefeito Vilmar Mariano (União) sobre o aumento dos próprios salários. Com a nova votação, os parlamentares mantiveram o reajuste de 37% aprovado por eles em novembro. Assim, seus salários passam de R$ 18,7 para R$ 24,7 mil a partir de 2025.
Na sessão ordinária de terça-feira (3), o secretário da mesa diretora, o vereador Marcelo da Saúde (PSDB), leu a mensagem de veto prefeito. Em seguida, iniciaram a votação.
Dos 25 vereadores da Câmara, 18 votaram pela derrubada do veto do prefeito e foram favoráveis a manutenção do aumento de mais de R$ 6 mil nos próprios salários. Durante a votação, apenas três votaram contra e decidiram pela manutenção do veto de Vilmar Mariano (veja lista ao final do texto).
O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Câmara para se posicionar sobre o assunto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Agora, com a decisão, cabe ao presidente da Câmara, André Fortaleza (PL), promulgar a lei, que deve entrar em vigor em 1º de janeiro.
A votação anterior sobre o tema, em 19 de novembro, recebeu 19 votos favoráveis dos 25 vereadores presentes. No entanto, dois parlamentares que inicialmente votaram a favor posteriormente afirmaram ter se enganado e justificaram que eram contra o aumento. Inicialmente, a articulação dos vereadores era para aumentar o salário deles para R$ 27,6 mil, ou seja, 60% de reajuste, mas recuaram da proposta.
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Repercussão
À TV Anhanguera, moradores de Aparecida de Goiânia demonstraram insatisfação com o aumento e criticaram a decisão em um momento em que a cidade enfrenta carências em serviços básicos.
Por outro lado, os vereadores justificam o reajuste alegando que os salários não eram atualizados desde 2013 e que a estrutura e os benefícios oferecidos aos parlamentares são inferiores à média nacional. Além disso, argumentam que o aumento está dentro dos limites legais e que não impactará o orçamento público.
Porém, a votação rápida e a posterior manifestação de dois vereadores contra o aumento geraram controvérsia. O presidente da Câmara, André Fortaleza (PL), demonstrou irritação com a situação e pediu mais atenção dos parlamentares. Após a aprovação, o projeto seguiu para sanção ou veto do prefeito Vilmar Mariano. Como foi vetado, o projeto retornou para análise da Câmara, para derrubada ou manutenção da decisão do Executivo.
Lista de vereadores favoráveis ao aumento dos salários
Aldivo Araújo – União Brasil
Amendoim – União Brasil
André Fortaleza – PL
Caminha Rosa – União Brasil
Diony Nery – MDB
Domingos Rodrigues – PL
Edinho Carvalho – MDB
Élio Bom Sucesso – PL
Fábio Ideal – MDB
Gilsão Meu Povo – MDB
Hans Miller – MDB
Isaac Martins – União Brasil
Leandro da Pamonharia – PL
Lelis Pereira – União Brasil
Marcelo da Saúde – PSDB
Roberto Chaveiro – PP
Valéria Pettersen – MDB
Zé Filho – PSDB
Contra o reajuste
Gleison Flávio – PL
Sandro Oliveira – MDB
Willian Panda – PSB
Ausentes na sessão
Erivelton Contador – União Brasil
Getúlio Andrade – PL
Lelis Pereira – União Brasil
Marcos Miranda – Republicanos
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Vereadores de Aparecida de Goiânia durante votação de aumento salarial
Reprodução/TV Anhanguera
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Postado em: 09:02
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Coletânea com 12 gravações de Djavan antes da fama tem valor documental, mas omite registro mais raro do artista
Marcos Hermes / Divulgação
Capa da compilação ‘Origem’, da Som Livre
Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Origem
Artista: Djavan
Cotação: ★ ★ ★ ★
♩ Alagoano de Maceió (AL) que migrou em 1972 para a cidade do Rio de Janeiro (RJ) em busca de oportunidades profissionais, Djavan era cantor conhecido somente pelo público da boate carioca 706 – onde cumpria expediente como crooner do conjunto do pianista Osmar Milito (1941 – 2024) – quando debutou no mercado fonográfico no segundo semestre de 1973 com a gravação de samba inédito de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, Qual é?, para a trilha sonora da novela Os ossos do barão (Globo, 1973 / 1974).
Antes de ganhar projeção nacional em 1975 pela TV Globo, com a apresentação do samba autoral Fato consumado no Festival Abertura e com a gravação da música Alegre menina (Dori Caymmi e Jorge Amado) para a trilha sonora da novela Gabriela, o artista gravou vários temas para novelas sem repercussão.
No mercado digital a partir de hoje, 4 de dezembro, em edição da gravadora Som Livre, a coletânea Origem agrega 12 fonogramas do artista, quase todos lançados por Djavan antes de alcançar o sucesso.
Uns são de fato raros. Outros já ganharam reedições oficiais na era do CD e também podem ser ouvidos em playlists de plataformas de áudio, caso da gravação do samba Presunçosa, composto por Antonio Carlos & Jocafi e gravado por Djavan para a trilha da novela Supermanoela (Globo, 1974), assinada pela dupla.
Diante do fato de que algumas gravações já saíram antes, a seleção de Origem omite o fonograma mais valioso de Djavan nesta fase pré-fama, posto que nunca foi lançado oficialmente nem mesmo na época em que foi feito. Trata-se da gravação de A fabulosa estória de Roque Santeiro, música-tema da abertura da primeira censurada versão da novela Roque Santeiro (1975). A composição é de Guto Graça Melo e Nelson Motta. É um esquecimento imperdoável, a menos que a gravação tenha sido perdida pela gravadora Som Livre.
Ainda assim, a compilação Origem merece atenção de colecionadores por reunir registros até então encontrados na internet sem qualidade técnica. É o caso do medley que junta dois sambas de Luiz Ayrão, A escola e No silêncio da madrugada, lançados pelo autor em álbum de 1974 e regravados por Djavan no mesmo ano para a coletânea Na boca do povo, da gravadora Som Livre.
Outra pérola rara de Origem é a marcha-rancho Olá (Catulo de Paula), gravada por Djavan para o disco Carnaval 1975 – Convocação geral, lançado em 1974. Para outro disco coletivo de 1974, Super paradão nacional (Consagração popular), o cantor regravou Anastácio (Samba enredo para um sambista morto) (Cesar Costa Filho e Walter Queiroz).
Da safra autoral de Djavan, a coletânea Origem joga luz sobre a balada Rei do mar – a primeira música de autoria de Djavan a ser gravada, no caso pelo próprio autor para a trilha da novela Cuca legal (Globo), estreada em janeiro de 1975 (a trilha já foi editada em CD) – e sobre o samba-canção Um dia (1975), apresentado como lado B do single que trouxe o já mencionado samba Fato consumado.
Há também o samba É hora, composto e gravado por Djavan para a trilha da novela O astro (Globo, 1977 / 1978), e há também Romeiros (1977), lado B do single lançado com É hora no lado A. Mas, naquela altura, o cantor já havia lançado o primeiro álbum, A voz, o violão, a música de Djavan, editado em 1976 com repertório inteiramente de autoria do compositor.
E o resto é uma história das mais felizes da música brasileira e, por isso mesmo, em que pese a omissão da gravação do tema de abertura da primeira versão da novela Roque Santeiro, a coletânea Origem tem alto valor documental.
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Postado em: 06:05
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VÍDEO: frentistas acolhem cadela e filhotes de rua, e anúncio de adoção viraliza
Ao som de Bonde do Tigrão, um vídeo anunciando a disponibilidade para adoção de uma cachorrinha e seus filhotes estourou “fofurômetros” e conquistou as redes sociais (assista acima). O vídeo foi gravado em um posto de combustíveis em Campinas (SP), onde a família canina foi acolhida e aguarda um lar.
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Ao g1, o gerente da rede de postos, Giovanni Fernandes, contou que a ação fez parte do trabalho que realiza resgatando cães em uma ONG própria, e disse ter ficado surpreso com o alcance da publicação.
“Em uma semana conseguimos pedidos de doações que geralmente demoramos um ano para alcançar”, revelou.
🐯 Ainda de acordo com o gerente, a cadela mamãe, que recebeu o nome de Tigresa, foi resgatada após um pedido de um grupo de proteção que encontrou a cachorra e os filhotes dentro de um buraco no Jardim Bassoli. Veja, abaixo, como adotar esses e outros pets acolhidos pelos frentistas.
Cadela e filhotes acolhidos por frentistas de Campinas (SP) conquistaram redes sociais
Reprodução/Instagram
Posto e lar temporário 🧡
Os filhotes aparecem no vídeo trabalhando como “frentiscães” no posto de combustíveis, localizado no Jardim Novo Campos Elíseos. O termo começou a ser usado com o cão Matuê, adotado por Giovanni em 2021.
“Quando o Matuê apareceu no posto e eu resgatei e adotei ele, eu percebi que poderia transformar o psoto em um lugar temporário para eles viverem, mas não um lar fixo, porque os cachorros merecem segurança, e por mais que o posto seja um local seguro, eles merecem um lar, uma família, e assim a ONG foi nascendo”, contou Giovanni.
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Logo que o cão apareceu, o gerente do posto de combustíveis criou uma conta em uma rede social pra ele e começou a publicar vídeos. Em 2023, o posto serviu como lar temporário para 18 cães que conseguiram uma nova família. Neste ano, 53 cachorros foram resgatados e 41 foram doados para lares fixos, segundo Giovanni.
“Atualmente, a gente sempre tenta pensar em um vídeo que possa viralizar e atingir muitas pessoas pra facilitar a adoção dos cães, como esses da Tigresa, que teve até um resultado maior do que o esperado”, relatou o gerente.
Cadela Tigresa, acolhida por frentistas, foi encontrada dentro de um buraco no Jardim Bassoli, em Campinas
Reprodução/Instagram
Como adotar? 🐶
Como a procura pelos filhotes da Tigresa foi grande, Giovanni afirmou que está direcionando os interessados para adoção de outros cães. O primeiro passo para adotar um focinho acolhido pela ONG é responder um formulário.
Depois, ocorre uma entrevista, e no dia da busca do cão, o novo tutor precisa assinar um termo se comprometendo e responsabilizando pela saúde e bem-estar do animal, informou Giovanni.
📅 Os interessados em adotar cães adultos e filhotes podem ir à feira de adoção realizada pela ONG neste domingo (8), das 11h às 15h, na Avenida Doutor Hermas Braga, 23, no bairro Nova Campinas.
*Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos.
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Postado em: 03:05
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