Balanço da Associação R3 Animal, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, considera casos identificados até terça-feira (12). Só em 2024, foram registrados 31 golfinhos mortos nas praias de Florianópolis
Laíza Castanhari/R3 Animal/Divulgação
Em 2024, foram registrados 31 golfinhos mortos nas praias de Florianópolis, segundo a Associação R3 Animal, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) na capital de Santa Catarina.
O balanço considera casos identificados até terça-feira (12).
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A situação mais recente ocorreu em 1º de novembro, quando a carcaça de um golfinho adulto do gênero Stenella, com 1,94 metro de comprimento, foi identificada na Praia Brava, no Norte da Ilha.
A equipe do projeto de monitoramento recolheu o animal e o encaminhou para necropsia no centro de reabilitação da R3 Animal. A causa da morte não foi identificada por causa do avançado estágio de decomposição.
🔎 Segundo a associação, no entanto, 45,5% dos golfinhos encaminhados para necropsia em 2024 apresentavam sinais de interações humanas, e 60% dessas interações estavam relacionadas à pesca.
🚯 Outros fatores, como ingestão de resíduos sólidos (lixo), foram identificados.
De acordo com o oceanógrafo Emanuel Ferreira, gerente operacional do PMP-BS/R3 Animal, esses dados ajudam a investigar as principais ameaças à fauna marinha, como a chamada “captura incidental”.
Nessas situações, animais que não são alvos da pescaria interagem com petrechos de pesca e acabam afetados. Em muitos casos, os animais morrem no mar e encalham nas praias.
“A interação com atividades pesqueiras representa um risco significativo para essas espécies, resultando em capturas incidentais que ameaçam suas populações. Golfinhos ficam presos em redes de pesca, sofrem ferimentos graves ou até morrem”, explica.
Em setembro, um golfinho que estava preso em uma rede de pesca instalada de forma irregular na região da Baía Sul, no centro de Florianópolis, foi resgatado e salvo pela Polícia Militar Ambiental (vídeo abaixo).
Golfinho preso em rede de pesca ilegal em Florianópolis é resgatado pela PM
Ameaça
Dos golfinhos registrados mortos em 2024, 71% eram toninhas (Pontoporia blainvillei), uma pequena espécie de golfinho criticamente ameaçada de extinção, segundo lista nacional de espécies ameaçadas feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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Esses animais habitam águas costeiras e rasas, onde estão frequentemente expostos a interações humanas.
Um exemplo foi uma toninha encontrada morta no dia 27 de julho, na Praia do Moçambique, que apresentava lesões e hematomas compatíveis com interação com rede de pesca. A necropsia apontou afogamento como causa da morte.
Segundo a R3 Animal, é provável que o animal tenha ficado preso na rede e não conseguiu subir à superfície para respirar, ocasionando ao afogamento.
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Laíza Castanhari/R3 Animal/Divulgação
Em 2024, foram registrados 31 golfinhos mortos nas praias de Florianópolis, segundo a Associação R3 Animal, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) na capital de Santa Catarina.
O balanço considera casos identificados até terça-feira (12).
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A situação mais recente ocorreu em 1º de novembro, quando a carcaça de um golfinho adulto do gênero Stenella, com 1,94 metro de comprimento, foi identificada na Praia Brava, no Norte da Ilha.
A equipe do projeto de monitoramento recolheu o animal e o encaminhou para necropsia no centro de reabilitação da R3 Animal. A causa da morte não foi identificada por causa do avançado estágio de decomposição.
🔎 Segundo a associação, no entanto, 45,5% dos golfinhos encaminhados para necropsia em 2024 apresentavam sinais de interações humanas, e 60% dessas interações estavam relacionadas à pesca.
🚯 Outros fatores, como ingestão de resíduos sólidos (lixo), foram identificados.
De acordo com o oceanógrafo Emanuel Ferreira, gerente operacional do PMP-BS/R3 Animal, esses dados ajudam a investigar as principais ameaças à fauna marinha, como a chamada “captura incidental”.
Nessas situações, animais que não são alvos da pescaria interagem com petrechos de pesca e acabam afetados. Em muitos casos, os animais morrem no mar e encalham nas praias.
“A interação com atividades pesqueiras representa um risco significativo para essas espécies, resultando em capturas incidentais que ameaçam suas populações. Golfinhos ficam presos em redes de pesca, sofrem ferimentos graves ou até morrem”, explica.
Em setembro, um golfinho que estava preso em uma rede de pesca instalada de forma irregular na região da Baía Sul, no centro de Florianópolis, foi resgatado e salvo pela Polícia Militar Ambiental (vídeo abaixo).
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Ameaça
Dos golfinhos registrados mortos em 2024, 71% eram toninhas (Pontoporia blainvillei), uma pequena espécie de golfinho criticamente ameaçada de extinção, segundo lista nacional de espécies ameaçadas feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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Um exemplo foi uma toninha encontrada morta no dia 27 de julho, na Praia do Moçambique, que apresentava lesões e hematomas compatíveis com interação com rede de pesca. A necropsia apontou afogamento como causa da morte.
Segundo a R3 Animal, é provável que o animal tenha ficado preso na rede e não conseguiu subir à superfície para respirar, ocasionando ao afogamento.
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Postado em: 05:04