Em Poço Redondo, no sertão de Sergipe, a seca é severa. Mais de 18 mil famílias dependem do carro-pipa para ter água em casa. Prefeituras interrompem serviços logo após as eleições, em Sergipe
Em Sergipe, cidadãos passaram a enfrentar problemas imediatamente depois das eleições municipais.
Em Poço Redondo, no sertão de Sergipe, a seca é severa. Mais de 18 mil famílias dependem do carro-pipa para ter água em casa. Mas a prefeita Aline Vasconcelos, do Republicanos, suspendeu a distribuição de água no dia seguinte ao primeiro turno da eleição. Ela não conseguiu se reeleger. Maria José Militão mora em um dos povoados onde o carro-pipa deixou de passar.
“Para a gente ter água, a gente compra ou tem que se humilhar pedindo a um e a outro para poder receber essa água”, conta.
O transporte escolar fornecido pela prefeitura também parou.
“Passava todo dia, todo dia no horário certo, eu ia para a escola. Mas depois das eleições, aí parece que demitiram todo mundo e parou de ir”, diz o estudante Mike dos Santos.
No município vizinho, Canindé de São Francisco, ocorre um problema parecido. O prefeito Weldo Mariano, do PT, não emplacou o sucessor. As mães de alunos de povoados afastados denunciam que, um dia após a eleição, o prefeito suspendeu o transporte escolar. Cerca de 300 crianças de até 5 anos estão sem aula.
“O ano já está terminando, falta apenas dois meses para terminar o ano, e como é que eles ficam?”, pergunta a dona de casa Dênia Tatiane dos Santos.
Canindé de São Francisco
Reprodução/TV Globo
Em outra região do estado, a população de dois municípios também foi afetada. Cerca de 300 servidores do município de Aquidabã – entre professores, vigilantes, operadores de máquinas e eletricistas – foram exonerados. Sem saber a quem recorrer, eles buscaram o fórum da cidade.
Em Aquidabã, Diogo Souza, do PSD, assumiu a prefeitura em setembro, depois que a Justiça afastou o então prefeito Mário Lucena, do Republicanos, por suspeita de desvio de dinheiro público. Diogo se candidatou à reeleição, mas perdeu. O prefeito decretou situação de emergência, reduziu a coleta de lixo de três para um dia por semana e fechou a escola especializada em atendimento para crianças atípicas, onde a filha de 6 anos da dona de casa Maria Edjane Francisca Carvalho estudava.
“Uma criança que está acostumada com aquela rotina, quando passa a tirar ela da rotina, ela fica agitada”, diz.
Em Aquidabã, o prefeito fechou a escola especializada em atendimento para crianças atípicas
Reprodução/TV Globo
Em Carmópolis, o ônibus que leva 240 alunos para estudar na capital agora sai quase vazio. O transporte é uma concessão da prefeitura, mas, segundo os estudantes, depois que a prefeita Esmeralda Cruz, do PSD, perdeu a eleição, ela cortou a gasolina. Só viaja quem consegue pagar R$ 50 por semana.
“É o único jeito a se fazer, entendeu? É a única alternativa a se fazer, porque senão a gente vai ficar sem estudar”, diz uma a moradora.
Em Aquidabã, o prefeito decretou situação de emergência, reduziu a coleta de lixo
Reprodução/TV Globo
Em nota, a prefeitura de Poço Redondo declarou que precisou fazer cortes para ajustar o orçamento.
A de Canindé de São Francisco disse que não suspendeu o ônibus escolar das crianças dos povoados.
Em Aquidabã, a atual gestão disse que é interina e que os problemas foram provocados pelo prefeito afastado, Márcio Lucena. Já Mário Lucena, negou qualquer problema de pagamento de salário de servidores e de coleta de lixo durante a sua gestão e responsabilizou o prefeito atual, Diogo Souza.
A Prefeitura de Carmópolis declarou que o transporte universitário está sendo fornecido, conforme a capacidade financeira do município.
Em Sergipe, cidadãos passaram a enfrentar problemas imediatamente depois das eleições municipais.
Em Poço Redondo, no sertão de Sergipe, a seca é severa. Mais de 18 mil famílias dependem do carro-pipa para ter água em casa. Mas a prefeita Aline Vasconcelos, do Republicanos, suspendeu a distribuição de água no dia seguinte ao primeiro turno da eleição. Ela não conseguiu se reeleger. Maria José Militão mora em um dos povoados onde o carro-pipa deixou de passar.
“Para a gente ter água, a gente compra ou tem que se humilhar pedindo a um e a outro para poder receber essa água”, conta.
O transporte escolar fornecido pela prefeitura também parou.
“Passava todo dia, todo dia no horário certo, eu ia para a escola. Mas depois das eleições, aí parece que demitiram todo mundo e parou de ir”, diz o estudante Mike dos Santos.
No município vizinho, Canindé de São Francisco, ocorre um problema parecido. O prefeito Weldo Mariano, do PT, não emplacou o sucessor. As mães de alunos de povoados afastados denunciam que, um dia após a eleição, o prefeito suspendeu o transporte escolar. Cerca de 300 crianças de até 5 anos estão sem aula.
“O ano já está terminando, falta apenas dois meses para terminar o ano, e como é que eles ficam?”, pergunta a dona de casa Dênia Tatiane dos Santos.
Canindé de São Francisco
Reprodução/TV Globo
Em outra região do estado, a população de dois municípios também foi afetada. Cerca de 300 servidores do município de Aquidabã – entre professores, vigilantes, operadores de máquinas e eletricistas – foram exonerados. Sem saber a quem recorrer, eles buscaram o fórum da cidade.
Em Aquidabã, Diogo Souza, do PSD, assumiu a prefeitura em setembro, depois que a Justiça afastou o então prefeito Mário Lucena, do Republicanos, por suspeita de desvio de dinheiro público. Diogo se candidatou à reeleição, mas perdeu. O prefeito decretou situação de emergência, reduziu a coleta de lixo de três para um dia por semana e fechou a escola especializada em atendimento para crianças atípicas, onde a filha de 6 anos da dona de casa Maria Edjane Francisca Carvalho estudava.
“Uma criança que está acostumada com aquela rotina, quando passa a tirar ela da rotina, ela fica agitada”, diz.
Em Aquidabã, o prefeito fechou a escola especializada em atendimento para crianças atípicas
Reprodução/TV Globo
Em Carmópolis, o ônibus que leva 240 alunos para estudar na capital agora sai quase vazio. O transporte é uma concessão da prefeitura, mas, segundo os estudantes, depois que a prefeita Esmeralda Cruz, do PSD, perdeu a eleição, ela cortou a gasolina. Só viaja quem consegue pagar R$ 50 por semana.
“É o único jeito a se fazer, entendeu? É a única alternativa a se fazer, porque senão a gente vai ficar sem estudar”, diz uma a moradora.
Em Aquidabã, o prefeito decretou situação de emergência, reduziu a coleta de lixo
Reprodução/TV Globo
Em nota, a prefeitura de Poço Redondo declarou que precisou fazer cortes para ajustar o orçamento.
A de Canindé de São Francisco disse que não suspendeu o ônibus escolar das crianças dos povoados.
Em Aquidabã, a atual gestão disse que é interina e que os problemas foram provocados pelo prefeito afastado, Márcio Lucena. Já Mário Lucena, negou qualquer problema de pagamento de salário de servidores e de coleta de lixo durante a sua gestão e responsabilizou o prefeito atual, Diogo Souza.
A Prefeitura de Carmópolis declarou que o transporte universitário está sendo fornecido, conforme a capacidade financeira do município.
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Postado em: 22:00