Data relembra dificuldades e mostra caminhos a seguir no ensino superior e no mercado de trabalho. O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um marco fundamental para a reflexão sobre a história e as lutas do povo negro no Brasil. A data foi escolhida por estudantes universitários na década de 70, por sua conexão com a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, um símbolo de resistência à escravidão e luta pela liberdade.
Para a professora do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), Maria Cristina Gabriel, mestre em Serviço Social e Política Social, essa data continua a ser crucial para promover a reflexão e a inclusão social. “É um dia que propõe uma reflexão mais aprofundada. Desde a década de 70, estudantes universitários começaram a dialogar sobre a importância e a necessidade de ter um dia que marcasse essa reflexão”.
Ainda que a data tenha sido reconhecida como feriado nacional recentemente, a luta pela inclusão e o reconhecimento da cultura negra segue sendo um desafio diário, tanto no âmbito educacional quanto no mercado de trabalho. A sociedade brasileira ainda enfrenta enormes obstáculos relacionados à desigualdade racial, com a população negra enfrentando taxas de exclusão, violência e discriminação.
Desafios no Ensino Superior e Mercado de Trabalho
Embora o Brasil tenha avançado nas últimas décadas com políticas afirmativas, como cotas raciais nas universidades e concursos públicos, a presença de negros no ensino superior e em cargos de liderança continua a ser desigual. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 54% da população brasileira se declara negra ou parda. No entanto, a representatividade no ensino superior é significativamente inferior. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2022, apenas 35% dos alunos universitários no Brasil se declararam negros ou pardos.
A professora Maria Cristina Gabriel comenta sobre o impacto da inclusão da população negra na educação e no mercado de trabalho. “Essa data ainda precisa ser muito bem trabalhada. Já estamos há mais de meio século trabalhando com o dia 20, com as perspectivas que ele traz. Mas agora, tendo esse dia como feriado nacional, mais pessoas vão parar para refletir. Isso é importante porque congrega ainda mais as ideias que estamos tendo sobre a data”.
Ela destaca também que, embora já existam orientações do Ministério da Educação (MEC) para que o tema da cultura negra seja abordado nas escolas, muitos docentes ainda carecem de preparo adequado para tratar o tema de maneira eficaz. “A mudança de mentalidade é o que ainda falta. Muitos professores não se prepararam para esse momento e precisam estudar mais sobre a história negra para trabalhar de forma adequada com seus alunos”.
No mercado de trabalho, os desafios também são evidentes. A desigualdade racial é um obstáculo que ainda impede muitos negros de ascenderem a cargos de liderança e de se destacarem nas áreas profissionais. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a taxa de desemprego entre negros e pardos no Brasil é quase o dobro da registrada entre brancos. E, quando se observa os altos escalões empresariais, a presença de negros é ainda mais rara.
A luta por mais representatividade e inclusão no mercado de trabalho é uma questão urgente. A professora Maria Cristina Gabriel enfatiza que a visibilidade de pessoas negras em posições de destaque é essencial para romper barreiras de preconceito.
“O impacto da presença da pessoa negra em lugares de destaque é grande. A gente ainda ouve, por exemplo, uma escritora negra dizendo que a todo momento a gente escuta ‘nossa, você é muito bonita para uma negra’. A questão não é só ‘você é bonita’, mas é ‘para uma negra’. Essa ideia ainda é um reflexo do preconceito que precisamos combater. Ter representatividade na mídia, na política, no mundo acadêmico, nas empresas, é romper essa barreira.
Vitórias e Conquistas
Apesar dos desafios, também é possível perceber avanços significativos nos últimos anos. A presença de negros na mídia, na política, e no mundo acadêmico tem aumentado, embora de forma lenta. A professora Maria Cristina Gabriel afirma que, há apenas uma década, o tema da consciência negra era raramente abordado no ambiente escolar, mas hoje já existem iniciativas e documentos que incentivam a inclusão da história negra nos currículos escolares.
Ela também cita um exemplo de iniciativa positiva. “Hoje, temos documentos do Ministério da Educação que orientam os educadores a trabalharem com essas questões. A inclusão da pessoa negra no mercado de trabalho e na sociedade precisa ser valorizada e preservada. Esse é um trabalho de todos nós.”
Conclusão
O Dia da Consciência Negra é um momento para refletirmos sobre a luta e as vitórias do povo negro, mas também sobre os muitos desafios que ainda precisam ser enfrentados. A inclusão da população negra na educação, no mercado de trabalho e em outros setores sociais não pode ser vista como um favor, mas como uma necessidade para a construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária. Como aponta Maria Cristina Gabriel, é preciso que todos nós estejamos engajados2@ na busca por conhecimento e na superação do preconceito, para que o Brasil, de fato, avance na promoção da justiça e da igualdade racial.
Maria Cristina
Assistente Social, Historiadora, Mestre em Serviço Social e Política Social, Especialista em Políticas Sociais: Infância e Adolescência e em Educação no Sistema Prisional. Graduanda em Sociologia.
Para a professora do Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), Maria Cristina Gabriel, mestre em Serviço Social e Política Social, essa data continua a ser crucial para promover a reflexão e a inclusão social. “É um dia que propõe uma reflexão mais aprofundada. Desde a década de 70, estudantes universitários começaram a dialogar sobre a importância e a necessidade de ter um dia que marcasse essa reflexão”.
Ainda que a data tenha sido reconhecida como feriado nacional recentemente, a luta pela inclusão e o reconhecimento da cultura negra segue sendo um desafio diário, tanto no âmbito educacional quanto no mercado de trabalho. A sociedade brasileira ainda enfrenta enormes obstáculos relacionados à desigualdade racial, com a população negra enfrentando taxas de exclusão, violência e discriminação.
Desafios no Ensino Superior e Mercado de Trabalho
Embora o Brasil tenha avançado nas últimas décadas com políticas afirmativas, como cotas raciais nas universidades e concursos públicos, a presença de negros no ensino superior e em cargos de liderança continua a ser desigual. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 54% da população brasileira se declara negra ou parda. No entanto, a representatividade no ensino superior é significativamente inferior. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2022, apenas 35% dos alunos universitários no Brasil se declararam negros ou pardos.
A professora Maria Cristina Gabriel comenta sobre o impacto da inclusão da população negra na educação e no mercado de trabalho. “Essa data ainda precisa ser muito bem trabalhada. Já estamos há mais de meio século trabalhando com o dia 20, com as perspectivas que ele traz. Mas agora, tendo esse dia como feriado nacional, mais pessoas vão parar para refletir. Isso é importante porque congrega ainda mais as ideias que estamos tendo sobre a data”.
Ela destaca também que, embora já existam orientações do Ministério da Educação (MEC) para que o tema da cultura negra seja abordado nas escolas, muitos docentes ainda carecem de preparo adequado para tratar o tema de maneira eficaz. “A mudança de mentalidade é o que ainda falta. Muitos professores não se prepararam para esse momento e precisam estudar mais sobre a história negra para trabalhar de forma adequada com seus alunos”.
No mercado de trabalho, os desafios também são evidentes. A desigualdade racial é um obstáculo que ainda impede muitos negros de ascenderem a cargos de liderança e de se destacarem nas áreas profissionais. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a taxa de desemprego entre negros e pardos no Brasil é quase o dobro da registrada entre brancos. E, quando se observa os altos escalões empresariais, a presença de negros é ainda mais rara.
A luta por mais representatividade e inclusão no mercado de trabalho é uma questão urgente. A professora Maria Cristina Gabriel enfatiza que a visibilidade de pessoas negras em posições de destaque é essencial para romper barreiras de preconceito.
“O impacto da presença da pessoa negra em lugares de destaque é grande. A gente ainda ouve, por exemplo, uma escritora negra dizendo que a todo momento a gente escuta ‘nossa, você é muito bonita para uma negra’. A questão não é só ‘você é bonita’, mas é ‘para uma negra’. Essa ideia ainda é um reflexo do preconceito que precisamos combater. Ter representatividade na mídia, na política, no mundo acadêmico, nas empresas, é romper essa barreira.
Vitórias e Conquistas
Apesar dos desafios, também é possível perceber avanços significativos nos últimos anos. A presença de negros na mídia, na política, e no mundo acadêmico tem aumentado, embora de forma lenta. A professora Maria Cristina Gabriel afirma que, há apenas uma década, o tema da consciência negra era raramente abordado no ambiente escolar, mas hoje já existem iniciativas e documentos que incentivam a inclusão da história negra nos currículos escolares.
Ela também cita um exemplo de iniciativa positiva. “Hoje, temos documentos do Ministério da Educação que orientam os educadores a trabalharem com essas questões. A inclusão da pessoa negra no mercado de trabalho e na sociedade precisa ser valorizada e preservada. Esse é um trabalho de todos nós.”
Conclusão
O Dia da Consciência Negra é um momento para refletirmos sobre a luta e as vitórias do povo negro, mas também sobre os muitos desafios que ainda precisam ser enfrentados. A inclusão da população negra na educação, no mercado de trabalho e em outros setores sociais não pode ser vista como um favor, mas como uma necessidade para a construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária. Como aponta Maria Cristina Gabriel, é preciso que todos nós estejamos engajados2@ na busca por conhecimento e na superação do preconceito, para que o Brasil, de fato, avance na promoção da justiça e da igualdade racial.
Maria Cristina
Assistente Social, Historiadora, Mestre em Serviço Social e Política Social, Especialista em Políticas Sociais: Infância e Adolescência e em Educação no Sistema Prisional. Graduanda em Sociologia.
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Postado em: 18:04