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Internacional

Procurador-geral da Venezuela diz que González ‘será preso automaticamente’ se entrar no país

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Em asilo político na Espanha, González reivindica vitória na eleição contra Maduro e diz que retorna à Venezuela como ‘presidente eleito’ para posse no dia 10 de janeiro. Edmundo González
REUTERS/Juan Medina
O opositor Edmundo González, que reivindica vitória na eleição presidencial da Venezuela, “será preso automaticamente” caso entre no país, afirmou o procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, em entrevista à agência AFP.
González, que está em asilo político na Espanha após ter um mandado de prisão emitido contra ele, mas afirmou em outubro que retornará à Venezuela como “presidente eleito” para posse no dia 10 de janeiro. (Leia mais abaixo)
“Ele sabe que, se entrar na Venezuela, será automaticamente detido”, disse Saab.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi declarado vencedor da eleição na Venezuela pelo CNE, mas as atas eleitorais não foram publicadas, o que gerou protestos da oposição e da comunidade internacional, que alegaram falta de transparência. O resultado foi referendado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano, que proibiu a divulgação das atas –tanto o CNE quanto o TSJ são alinhados com o regime Maduro.
A oposição de Maduro, liderada por María Corina Machado e por González, afirmam que González venceu o presidente no pleito e que têm provas disso. Eles publicaram as atas eleitorais de cerca de 80% das urnas do país em um site –o que rendeu investigações do Ministério Público venezuelano contra os dois e um mandado de prisão contra González.
González diz que retornará à Venezuela para posse
Edmundo González, candidato do partido de oposição da Venezuela, afirmou em 4 de outubro que pretende retornar ao seu país no 10 de janeiro, para tomar posse como “presidente eleito”.
González compareceu a um evento empresarial na Espanha e, em seu primeiro discurso público desde que chegou ao país após buscar asilo político, disse ao público que era presidente eleito e que sua estadia na Espanha era temporária.
“Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país… Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro”, afirmou ele aos repórteres.
Gonzalez fugiu para a Espanha em 9 de setembro, uma semana depois que autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele, acusando-o de conspiração e outros crimes.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, o político afirmou que buscou refúgio diplomático após ser informado de que as forças de segurança de Maduro estavam vindo atrás dele.
Centro Carter e atas eleitorais
Nicolás Maduro e Edmundo González
Federico PARRA/AFP
O Centro Carter apresentou nesta quarta-feira (2), ante a Organização dos Estados Americanos (OEA), “atas originais” das eleições na Venezuela que “demonstram” a vitória do líder opositor Edmundo González sobre Nicolás Maduro no pleito.
O Centro Carter foi um observador das eleições venezuelanas, ocorridas em 28 de julho, nas quais o mandatário Nicolás Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato de seis anos, em meio a denúncias de fraude.
“Acabo de receber o que foi enviado por correio internacional e gostaria de compartilhar com vocês depois da sessão para que possam ver que estas são atas originais da Venezuela que têm um código QR muito significativo”, afirmou Jennie Lincoln, assessora para a América Latina e o Caribe do Centro Carter.
Jennie disse também perante a OEA em Washington que o código QR “permitiu às testemunhas, aos observadores eleitorais de milhares e milhares de centros de votação, recolherem informação de maneira sistemática a partir de dados originais produzidos pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano”.
“Este é o ponto-chave destas eleições”, insistiu Jennie Lincoln.
Os dados “demonstram que Edmundo González obteve mais de 67% dos votos e Nicolás Maduro conseguiu 31%”, mas “a responsabilidade” de proclamar esse resultado recai sobre a autoridade eleitoral, disse a representante do Centro Carter.
A ONU já havia indicado segurança nas atas eleitorais divulgadas pela oposição em um relatório produzido por um painel de especialistas do órgão que observaram o pleito na Venezuela. Tanto os funcionários da ONU quanto os do Centro Carter tiveram que abandonar o país após as eleições.
Não só a oposição conhece os “verdadeiros resultados” das eleições, mas também “o governo”, o CNE e “os militares” porque o sistema de votação eletrônica “funcionou”, apontou Jennie Lincoln.

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Postado em: 12:00

Internacional

Após desistência de deputado investigado por tráfico sexual, Trump nomeia Pam Bondi como procuradora-geral

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Nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado dos EUA. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, nomeou nesta quinta-feira (21) a ex-procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, para ser procuradora-geral dos EUA, em substituição ao ex-indicado Matt Gaetz, que desistiu do cargo.
A nomeação de Bondi ainda precisa ser aprovada pelo Senado dos EUA.
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Primeira opção de Trump para a Procuradoria-Geral, Gaetz ele havia sido acusado de participar de um esquema de tráfico sexual. O político, também da Flórida, é conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020, além de ser da ala extremista do Partido Republicano.
Matt Gaetz faz campanha para Trump durante corrida eleitoral de 2024
Mike Blake/Reuters
Nas eleições deste ano, Gaetz foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. Atualmente, ele é alvo de uma investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos. Ele nega a acusação.
Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que “está claro de que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance”.
“Não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington”, diz a nota do deputado.
O anúncio ocorre um dia após o Comitê de Ética da Câmara ter chegado a um impasse na divulgação de um relatório sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilegais por Gaetz, e depois de ele se reunir com senadores republicanos cujo apoio seria necessário para se tornar procurador-geral.
Além das investigações na Câmara, Gaetz foi investigado pelo Departamento de Justiça por possível participação em um esquema de tráfico sexual. Ele acabou não sendo indiciado.
Cargo-chave na nova era Trump
O círculo íntimo de Trump acredita que o cargo de procurador-geral seja o mais importante da nova administração, depois da própria presidência.
A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.
“Matt irá acabar com uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas”, disse Trump em um comunicado, no último dia 13.
Indicado de Trump para procurador-geral é investigado por má conduta sexual
Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça “obstrucionista”, incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr.
Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020.
Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar. Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.
Dentro do Partido Republicano, Gaetz é considerado polêmico e traidor. Isso porque ele conseguiu derrubar o presidente da Câmara dos Estados Unidos, em 2023. O líder na época era Kevin McCarthy, considerado um republicano moderado.
Em julho deste ano, ele apresentou um projeto de lei com o objetivo de limitar penas severas contra investigados nos ataques de 6 de janeiro de 2021.
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Postado em: 21:04

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Internacional

TRF-2 mantém condenação, mas reduz pena de engenheiro brasileiro que matou ex-namorada na Austrália em 2018

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Mário Marcelo Santoro pegou 26 anos de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele também terá que indenizar família da vítima em R$ 250 mil por danos morais. Vídeo de 21/6/23: Em júri, ex confessou ter assassinado Cecília: ‘Peguei o pescoço dela, apertei muito forte’
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve a condenação do engenheiro Mário Marcelo Santoro pelo assassinato da namorada, a administradora Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A pena aplicada em primeira instância, de 27 anos de prisão, foi reduzida para 26 anos.
Os desembargadores da 2ª Turma do TRF-2 também modificaram a pena de indenização por danos morais. Na primeira instância, não foi fixada indenização. Em segunda instância, Santoro foi condenado a pagar R$ 250 mil à família da vítima.
Cecília foi asfixiada em sua casa e teve o corpo abandonado em um rio em Sidney, na Austrália. Durante o segundo dia de julgamento do caso, no Tribunal do Júri da Justiça Federal do Rio de Janeiro, em 21 de junho do ano passado, Santoro confessou, disse se arrepender do que fez e chorou ao lembrar do dia da morte da ex.
O crime
Cecília Haddad, brasileira morta na Austrália, em abril de 2018
Reprodução
O corpo de Cecília, então com 38 anos, foi encontrado por remadores boiando no Rio Lane Cover, em Sidney, no dia 29 de abril de 2018.
Após o crime, Santoro pegou o carro de Cecília foi até em casa, trocou de roupa e abandonou o veículo numa estação ferroviária. Depois, arrumou as malas e retornou ao Brasil. No mesmo dia, Santoro desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio, vindo de Sidney.
A Polícia Civil do Rio teve conhecimento do caso poucos dias depois. A família da vítima contou aos investigadores que o corpo de Cecília tinha sido encontrado com sinais de morte por enforcamento. E que Santoro não aceitava o término do namoro.
Depois de pouco mais de dois meses de investigações, o engenheiro foi preso em 7 de julho de 2018, na casa de parentes na Zona Sul do Rio, acusado de ter cometido o crime (veja no vídeo abaixo a reportagem da prisão).
Reportagem de 7/7/2018: Preso no Rio o engenheiro suspeito de matar a namorada brasileira, na Austrália
A GloboNews tenta contato com a defesa de Santoro.

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Postado em: 19:04

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Internacional

Matt Gaetz, acusado de participar de esquema de tráfico sexual e apontado como procurador-geral por Trump, desiste do cargo

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O deputado da Flórida é um forte aliado do presidente eleito, mas é considerado um traidor dentro do próprio partido. No Congresso, ele apresentou projeto para limitar sentenças para investigados no ataque de 6 de janeiro de 2021. Matt Gaetz faz campanha para Trump durante corrida eleitoral de 2024
Mike Blake/Reuters
O deputado republicano Matt Gaetz anunciou nesta quinta-feira (21) que desistiu da nomeação para a procuradoria-geral dos EUA. Apontado por Trump para o cargo, ele era acusado de participar de um esquema de tráfico sexual.
A nomeação de Gaetz ainda teria de ser aprovada pelo Senado dos EUA.
O político é conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020, além de ser da ala extremista do Partido Republicano.
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Nas eleições deste ano, Gaetz foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. Atualmente, ele é alvo de uma investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos. Ele nega a acusação.
Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que “está claro de que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance”.
“Não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington”, diz a nota do deputado.
O anúncio ocorre um dia após o Comitê de Ética da Câmara ter chegado a um impasse na divulgação de um relatório sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilegais por Gaetz, e depois de ele se reunir com senadores republicanos cujo apoio seria necessário para se tornar procurador-geral.
Cargo-chave na nova era Trump
O círculo íntimo de Trump acredita que o cargo de procurador-geral seja o mais importante da nova administração, depois da própria presidência.
A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.
“Matt irá acabar com uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas”, disse Trump em um comunicado, no último dia 13.
Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça “obstrucionista”, incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr.
Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020.
Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar. Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.
Dentro do Partido Republicano, Gaetz é considerado polêmico e traidor. Isso porque ele conseguiu derrubar o presidente da Câmara dos Estados Unidos, em 2023. O líder na época era Kevin McCarthy, considerado um republicano moderado.
Em julho deste ano, ele apresentou um projeto de lei com o objetivo de limitar penas severas contra investigados nos ataques de 6 de janeiro de 2021.
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Trump oficializa senador Marco Rubio como secretário de Estado dos EUA
Trump escolhe ex-democrata Tulsi Gabbard como diretora de Inteligência Nacional
Trump se reúne com Biden em 1ª visita à Casa Branca após eleição
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Postado em: 15:04

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