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Internacional

Missão da ONU no Líbano acusa Israel de atirar contra posto de observação de pacificadores

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Segundo comunicado das forças das Nações Unidas no Líbano nesta sexta (25), tropas israelenses dispararam contra uma estrutura da missão de paz na segunda-feira. Membros das forças de paz da ONU (Unifil) observam a fronteira entre o Líbano e Israel, sobre uma torre de vigilância na cidade de Marwahin, no sul do Líbano, em 12 de outubro de 2023.
REUTERS/Thaier Al-Sudani
As Forças de Defesa de Israel (FDI) dispararam contra uma torre de observação da ONU no Líbano, afirmou a missão de paz das Nações Unidas no país (Unifil) nesta sexta-feira (25). O incidente ocorreu na segunda (22).
Este é o terceiro incidente envolvendo as forças israelenses e os capacetes azuis, como são chamados os trabalhadores da ONU, desde o início da operação terrestre contra o Hezbollah no sul do Líbano.
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Segundo a Unifil, pacificadores estavam em um posto de observação monitorando uma operação da IDF em uma vila. Quando os soldados israelenses perceberam que estavam sendo observados, eles abriram fogo contra o posto. Os guardas de serviço se retiraram para evitar serem atingidos. Não há relatos de danos ou feridos.
Em comunicado, a Unifil reiterou a obrigação israelense de proteger os pacificadores da ONU no Líbano e que qualquer ataque deliberado contra eles é uma grave violação do direito internacional humanitário.
Israel não se pronunciou sobre o incidente até a última atualização desta reportagem.
Em setembro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu para que os agentes da ONU deixassem suas posições nas proximidades da fronteira entre o Líbano e Israel. Segundo Netanyahu, o Hezbollah está utilizando “as instalações e posições da Unifil como cobertura para realizar ataques” contra Israel.
O chefe das forças de paz rebateu o primeiro-ministro, afirmando que os agentes continuariam nas posições.
Segundo o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, o país reconhece a importância da Unifil no Líbano e afirmou que as forças de Israel não têm intenção de prejudicar o trabalho dos pacificadores da ONU.
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Forças de paz da ONU
Em 2000, a Unifil estabeleceu a “Linha Azul”, uma faixa de 120 quilômetros ao longo do sul do Líbano para garantir a retirada completa das forças israelenses do Líbano. À época, essa linha marcou o fim de uma ocupação de Israel na região que durou quase 20 anos.
De acordo com a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, apenas os cerca de 9.500 efetivos da Unifil e o exército libanês podem atuar no sul do Líbano.
Entretanto, nas últimas semanas, Israel vem executando uma operação militar terrestre dentro do território libanês, com o objetivo de atingir alvos do Hezbollah.
As forças de paz da ONU acusaram o exército israelense de disparar “repetida” e “deliberadamente” contra suas instalações, ferindo pelo menos cinco capacetes azuis.

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Postado em: 09:04

Internacional

Hezbollah ataca cidade israelense com foguetes e deixa 11 feridos

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Ataque foi lançado a partir do Líbano neste sábado (2); casa foi atingida. Moradores e autoridades policiais se reúnem perto de uma casa que foi atingida, após um ataque de projéteis do Líbano em direção a Israel, em Tira
Rami Amichay/Reuters
Um ataque a partir do Líbano deixou 11 pessoas feridas em uma cidade da região central de Israel neste sábado (2), informou a agência de notícias Reuters. A informação foi confirmada pelos serviços de emergência israelenses.
Segundo a agência, uma casa foi atingida no ataque. Os combates entre as forças de Israel e o grupo extremista Hezbollah escalaram nas últimas semanas. Conforme a Reuters, as esperanças por um cessar-fogo diminuíram nos últimos dias.
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“Saímos e vimos poeira, crianças gritando, mulheres gritando, e todos correram para a casa que foi atingida,” disse Qasim Mohab, um residente de Tira, onde o foguete caiu. “Conseguimos evacuar e resgatar aqueles que estavam dentro da casa, e graças a Deus não houve mortes.”
O serviço de ambulâncias de Israel informou que as 11 pessoas foram feridas por estilhaços. As sirenes de alerta continuaram soando no norte de Israel enquanto o fogo de foguetes do Líbano persistia, segundo o exército.
Também foram registrados bombardeios de Israel ao território do Líbano, mas não havia informações sobre vítimas até a última atualização desta reportagem.
Conflito
Na sexta-feira (1º), o Ministério da Saúde do Líbano anunciou que 52 pessoas foram mortas em ataques israelenses em mais de uma dezena de cidades na região de Baalbek, que possui ruínas romanas listadas pela Unesco.
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O Hezbollah, apoiado pelo Irã, começou a disparar foguetes contra Israel em apoio ao seu aliado palestino Hamas um dia após os ataques do grupo terrorista em Israel, em 7 de outubro de 2023. Na ocasião, 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 251 feitas reféns, segundo os registros israelenses.
Mais de 43 mil palestinos foram mortos desde o início da ofensiva israelense em Gaza, de acordo com o ministério da saúde do território administrado pelo Hamas, e pelo menos 2,8 mil pessoas foram mortas no Líbano, conforme atualização do ministério na sexta-feira.
Em Israel e em territórios ocupados pelo país, 71 pessoas foram mortas em ataques do Hezbollah, de acordo com as autoridades israelenses.

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Postado em: 05:04

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Como os astronautas da Nasa votam a bordo da Estação Espacial Internacional

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Votação é feita eletronicamente e o voto é criptografado antes de ser enviado à Terra. Os astronautas da NASA Loral O’Hara e Jasmin Moghbeli votam como residentes do Texas na Estação Espacial Internacional
NASA
👨‍🚀 A mais de 332 km de distância da Terra, os astronautas americanos da Nasa podem participar das eleições dos Estados Unidos diretamente da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).
Graças a uma lei aprovada no estado do Texas em 1997, criou-se um procedimento técnico (entenda mais abaixo) que possibilita astronautas a votarem do espaço. De acordo com a NASA, há 27 anos, David Wolf foi o primeiro americano a votar em órbita a bordo da Estação Espacial Mir.
Assim como moradores de alguns estados podem votar pela internet ou via correio de forma antecipada, os astronautas também podem preencher um formulário de Cartão Postal Federal para solicitar voto ausente.
No dia 5 de março, a astronauta Jasmin Moghbeli postou uma foto em suas redes sociais compartilhando o momento do voto diretamente da ISS (imagem mais acima). Os astronautas em órbita mostram uma espécie de cabine com um papel escrito “cabine de votação ISS”. Na legenda da postagem, Moghbeli escreveu: “Estar no espaço não impediu que Loral O’Hara e eu votássemos. Vá votar hoje”.
A Nasa afirma que a participação dos astronautas no pleito a partir do espaço “não é apenas um fato histórico, mas também inspira muitas pessoas a se envolverem no processo eleitoral, independentemente das circunstâncias”.
Como é feita a votação em órbita
A votação é feita através do Programa de Comunicação e Navegação Espacial da NASA, e a agência garante que o processo de votação do ISS é segura e bem estruturada.
Como astronautas da NASA votam diretamente do espaço
Dhara Assis e Bianca Batista/ g1
🛰️ Etapas da votação:
Uma cédula-teste é enviada por e-mail para cada astronauta com uma senha exclusiva que permite o acesso ao sistema de votação. Depois de verificar se tudo funciona corretamente, eles recebem o documento eletrônico oficial.
A cédula é um arquivo criptografado que só pode ser aberto com a senha. Após a votação, o documento é enviado de volta à Terra por meio de um sistema de comunicação que usa satélites para transmitir dados da ISS para antenas no solo.
Assim que o voto é transmitido, ele é enviado ao Controle da Missão em Houston, no Texas, e, em seguida, ao secretário do condado apropriado para processamento.
Segundo a Nasa, a rede liga missões em um raio de 1,9 milhões de quilômetros da Terra com serviços de comunicações e navegação – incluindo a estação espacial.
A agência espacial diz que astronautas renunciam de muitos confortos ao embarcarem em viagens ao espaço. “Embora estejam longe de casa, as redes da NASA os conectam aos seus amigos e familiares e lhes dão a oportunidade de participar na democracia e na sociedade enquanto estão em órbita”.

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Postado em: 03:00

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Conheça a história de um homem que teve o sonho americano interrompido por causa do racismo

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‘O Sonho Americano’: Jornal Nacional desembarca em Detroit, no Michigan, um dos berços da cultura e da música negra nos Estados Unidos. O Sonho Americano: JN conta histórias de racismo e resistência da população negra nos EUA
A viagem especial do Jornal Nacional pelos Estados Unidos desembarca em Detroit, no Michigan – um dos berços da cultura e da música negra no país. Uma cidade marcada pelo racismo, um tema que mobiliza os eleitores americanos. O Felipe Santana vai contar essa história nesta sexta-feira (1º).
O discurso mais famoso de Martin Luther King foi na capital, Washington, em que ele diz: “Eu tenho um sonho”. O sonho dele era que uma pessoa não fosse julgada pela cor da sua pele. Mas a primeira vez que ele proferiu esse discurso foi em Detroit, o grande centro do movimento pelos direitos civis.
Na época em que ele fez o discurso, um hotel poderia simplesmente não receber uma pessoa negra. Um restaurante poderia fechar as portas para uma pessoa negra. Um negro não podia entrar no mesmo banheiro que entrava um branco.
Depois de 246 de escravidão nos Estados Unidos, foram mais 100 anos de segregação racial legitimada pelo Estado, através de leis. Como as fotos dessa época são em preto e branco, parece que faz muito tempo. Mas não faz. Só acabou um ano depois do discurso de Martin Luther King, em 1964. Muita gente que conversou com a equipe do Jornal Nacional viveu essa época. E para muita gente, a segregação nos Estados Unidos nunca terminou. Como mostra o episódio desta sexta-feira (1º) da série “O Sonho Americano”.
O que você consegue fazer em 46 anos de vida? Foi o tempo que Richard Phillips ficou preso.
“De repente, você não vê mais seus filhos e sua mulher por quase meio século. É muito tempo”, diz.
Richard Phillips ficou preso injustamente por 46 anos
Jornal Nacional/ Reprodução
Ele foi preso por causa de um Mustang laranja. A história do crime a gente vai conhecer neste episódio da série “O Sonho Americano”.
Detroit, Michigan. Richard Phillips voltou com o Jornal Nacional ao bairro em que viveu quando criança. A casa não está mais ali.
“Minha mãe alugava um quarto em uma pensão. Mas a proprietária deixava meu irmão e eu dormirmos no sótão. Ela ganhava US$ 8 por dia. Era difícil sustentar dois filhos assim”, conta Richard.
Richard Phillips largou a escola antes de completar o ensino médio. Mas, enquanto estudava, descobriu que tinha um talento.
“Eu conseguia digitar 80 palavras por minuto”, lembra.
Foi assim que ele conseguiu o emprego na grande indústria de Detroit daquele tempo. Virou auxiliar administrativo em uma montadora de carros.
“Eles pagavam bem. Eu nunca pensei que eu, um menino do gueto, poderia viver com o dinheiro do meu trabalho”, diz.
Richard Phillips ficou preso injustamente por 46 anos
Jornal Nacional/ Reprodução
Richard Phillips casou, teve dois filhos e, aos 22 anos, gostava de festa. Era um momento em que Detroit fervia, alimentada com o dinheiro das montadoras de carro e o calor da luta pelos direitos civis.
O prédio que foi demolido em 2023 era um lugar histórico para Detroit, principalmente para a cultura negra americana. No andar de baixo, tinha um restaurante, um bar, uma pista de dança e um palco para shows. No andar de cima, quartos que você alugava por hora – um motel. Foi lá, no 20 Grand Motel, que os Estados Unidos viram nascer um dos maiores movimentos da música do século XX: Motown.
Temptations, Marvin Gaye, Stevie Wonder… Todas essas estrelas começaram tocando lá. Esses artistas depois ganharam a TV e viraram ícones do movimento civil contra o racismo. Mas, para Richard Phillips, a festa terminou ali, no 20 Grand Motel.
“Eu estava com um amigo que tinha roubado uma loja em um Mustang laranja. A polícia apareceu e me levou preso com ele”, conta.
Na delegacia, o dono da loja tinha que reconhecer o ladrão.
“Ele disse: ‘É o número quatro’. Adivinha quem era o número quatro? Eu. E eu nunca tinha visto aquele cara na minha vida”, afirma.
Richard sabia que não poderia entregar o amigo ou morreria na hora em que saísse dali. Mas nunca deixou de dizer que era inocente. Quando já cumpria a pena, o mesmo amigo botou a culpa nele por um assassinato que tinha cometido. Richard pegou prisão perpétua.
Na cadeia, trabalhava fazendo placas de carros para o Estado. Ganhava US$ 4 por dia, o suficiente apenas para comprar seus produtos de higiene.
Nos Estados Unidos, os presos trabalham, e muitas cadeias são privadas. Elas funcionam como negócios, em que os donos vendem o trabalho dos presos, pagando muito pouco. Isso foi legalizado pela 13ª Emenda da Constituição americana. A mesma que proíbe a escravidão. É porque ela diz assim:
“A escravidão e o trabalho involuntário estão proibidos, a não ser pelo pagamento de um crime”.
A probabilidade de um afro-americano ser preso é cinco vezes maior do que a de um branco nos Estados Unidos. E para oito a cada dez negros, o sonho americano simplesmente não existe. Porque, para eles, o sonho de igualdade – como dizia Martin Luther King – não se mostra no dia a dia. Por isso, também, a população negra é a que menos sai de casa para votar, já que o voto nos Estados Unidos não é obrigatório. Apenas 42% votaram nas últimas eleições para deputado e senador.
Nas últimas eleições presidenciais, em 2020, 92% dos eleitores negros votaram no candidato democrata Joe Biden. Foram essenciais para a vitória dele em estados importantes – como Geórgia, Pensilvânia e no Michigan.
Com uma candidata negra, o Partido Democrata pretende energizar esses eleitores. Muitos dizem que vão sair e votar por causa dela. Mas ela não tem tanto apoio quanto o primeiro presidente negro da história, Barack Obama. Porque alguns eleitores pensam que, por ser filha de imigrantes, não teve a experiência negra americana como tiveram George Floyd ou Richard Phillips – que viu 46 anos de vida passarem atrás das grades.
Na cadeia, Richard Phillips descobriu um novo talento: ele pintou tudo o que sentia lá dentro
Jornal Nacional/ Reprodução
Só que na cadeia, ele descobriu um novo talento: ele pintou tudo o que sentia lá dentro. Até que, em 2017, um grupo de defensores públicos resolveu investigar o caso dele e comprovaram o que ele vinha dizendo por 46 anos: que Richard Phillips não matou ninguém; que era inocente.
“Preferiria morrer na prisão a confessar um crime que não cometi”, afirma.
Richard Phillips ganhou uma indenização milionária do Estado e hoje vive da arte. Os 46 anos de vida não voltarão, mas Richard não se tornou amargo.
“Eu tento não viver no passado”, diz.
Ele se junta ao rol dos artistas negros americanos que, apesar de viverem diariamente o racismo, há décadas repetem a mensagem de esperança e de fé no futuro.
O SONHO AMERICANO
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Postado em: 22:01

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