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Internacional

Milei envia terceira carta a Lula e confirma participação em cúpula do G20

Apesar de atritos, presidente argentino escreveu, em carta, sobre interesses compartilhados entre Brasil e Argentina

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Presidente argentino Javier Milei em Córdoba • 25/5/2024 REUTERS/Leandro Bustamante Gomez

O presidente da Argentina, Javier Milei, enviou uma nova carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmando sua participação na cúpula do G20 que será realizada no Brasil, em novembro.

A CNN apurou que a carta, datada de 18 de setembro, aceita o convite brasileiro e diz que a Argentina está pronta para contribuir para o êxito da reunião. Segundo fontes que viram o documento, a comunicação fala dos interesses compartilhados entre os dois países.

A recente carta, revelada inicialmente pelo jornal argentino La Nación, é a terceira enviada por Milei para Lula. A primeira foi remetida antes mesmo da posse do argentino. Na carta, Milei convidava o presidente brasileiro para o evento, ao qual Lula não compareceu, devido a todas as críticas a ele proferidas por Milei durante a campanha eleitoral.

Assim como a primeira, a segunda carta foi entregue ao chanceler brasileiro Mauro Vieira pela chefe da diplomacia argentina, Diana Mondino, em abril. A comunicação, segundo fontes ouvidas pela CNN, era extremamente informal e sugeria um encontro com Lula, e nunca chegou a ser respondida pelo presidente brasileiro.

O terceiro contato ocorreu apesar de múltiplas demonstrações públicas de Milei de não ter intenções de mitigar a hostilidade contra Lula. Já como presidente, Milei se negou a pedir desculpas ao presidente brasileiro e voltou a chamá-lo de “corrupto” e “comunista”, como havia feito durante a campanha eleitoral.

O presidente argentino também repostou, em redes sociais, diversas publicações de que haveria uma ditadura, perseguição e tirania no Brasil.

Em julho, ao invés de participar da cúpula do Mercosul, no Paraguai, Milei foi ao Brasil, para a Conferência de Ação Política Conservadora em Balneário Camboriú (SC) e se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Milei não solicitou uma reunião com Lula.

Em discurso recente, Milei disse que a Justiça brasileira é dependente do PT e que o bloqueio do X pelo ministro Alexandre de Moraes só poderia ser apoiado por um “tirano”.

Apesar do incômodo gerado pelo comportamento de Milei, o governo Lula socorreu a Argentina em pelo menos duas oportunidades neste ano.

Em maio, a chancelaria brasileira e o ministério de Minas e Energia agilizaram a liberação de um carregamento emergencial de gás natural da Petrobras, evitando um colapso energético no país vizinho.

Em agosto, o Brasil assumiu os cuidados da embaixada da Argentina na Venezuela após Maduro expulsar o corpo diplomático de Milei do país. Caracas tentou revogar a autorização para a representação, mas o Brasil se negou e há meses negocia com os venezuelanos para que os opositores asilados na embaixada argentina possam sair da Venezuela em segurança.

Fonte: CNN Brasil

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Internacional

Tropas da Coreia do Norte, míssil dos EUA, ameaça nuclear: entenda por que guerra na Ucrânia ganhou dimensão internacional

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Conflito entrou em uma nova fase, com maior influência de outros países nas ações de Rússia e Ucrânia. Exército ucraniano acusou os russos de lançarem míssil balístico intercontinental nesta quinta (21). Rússia lança míssil balístico intercontinental em ataque contra a Ucrânia
Soldados da Coreia do Norte. Ataque com míssil dos EUA e do Reino Unido. Ameaça nuclear. Míssil balístico intercontinental.
Após meses de avanço relativo da Rússia seguido de um novo período de estagnação, a guerra da Ucrânia entrou em uma nova fase, com contornos internacionais.
O novo momento ocorre também quando o conflito, iniciado em fevereiro de 2024, completou 1.000 dias, sem qualquer perspectiva de conclusão ou mesmo negociações de paz.
Relembre, abaixo, os últimos capítulos do conflito e entenda porque atores internacionais passaram a participar de forma direta na guerra:
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Tropas da Coreia do Norte
A Coreia do Norte está no centro deste novo momento da guerra. Em outubro, relatórios de inteligência da Ucrânia, da Coreia do Sul e dos Estados Unidos revelaram um suposto “empréstimo” por parte de Pyongyang, de soldados para lutar na guerra da Ucrânia.
A Rússia e a Coreia do Norte nunca se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas, neste ano, firmaram um acordo de cooperação militar.
Biden autoriza mísseis
ATACMS: os mísseis americanos que a Ucrânia poderá usar contra a Rússia
Desde o início da guerra, os Estados Unidos vinham resistindo ao pedido da Ucrânia de que pudesse utilizar mísseis norte-americanos para atacar a Rússia.
Logo após o conflito começar, os EUA forneceram os chamados ATACMS, mísseis de longo alcance norte-americanos, para o governo de Volodymyr Zelensky com a condição de que só fossem usados para defesa própria dentro do território ucraniano — no caso de ataques aéreos russos.
Mas foi justamente a entrada da Coreia do Norte no conflito que fez o presidente dos EUA, Joe Biden, mudar de ideia, segundo fontes do governo norte-americano ouvidas pela imprensa local.
Com o aval de Washington, a Ucrânia fez nesta semana o primeiro ataque ao território russo utilizando os mísseis ATACMS, e há relatos de que tropas norte-coreanas foram atingidas.
No dia seguinte, forças ucranianas fizeram um novo ataque, desta vez usando mísseis do Reino Unido, que também autorizou o uso dos artefatos para ofensiva.
Flexibilidade para ataques nucleares
As autorizações do uso de mísseis irritaram o Kremlin, e o presidente russo, Vladimir Putin, respondeu rápido.
Também nesta semana, Putin assinou um decreto flexibilizando os parâmetros para o uso do arsenal nuclear da Rússia, a maior potência nuclear do mundo.
Agora será aplicada uma nova doutrina, que permite uma resposta nuclear de Moscou até mesmo a um ataque convencional contra a Rússia por qualquer nação apoiada por uma potência nuclear. Isso poderia incluir ataques ucranianos, que são apoiados pelos EUA.
Líderes do Ocidente criticaram a reforma e disseram que a mudança cria uma escalada desnecessária de tensões.
Míssil balístico intercontinental
Nesta quinta, a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia, segundo da Força Aérea ucraniana.
Esta foi a primeira vez que a Rússia utilizou um míssil tão poderoso, de capacidade nuclear e de longo alcance na guerra, iniciada em 2022.
O ataque russo teve como alvo empresas e infraestrutura crítica na cidade, segundo a Força Aérea ucraniana. O governador regional, Serhiy Lysak, afirmou que o ataque de mísseis russo danificou uma instalação industrial e provocou incêndios em Dnipro. Duas pessoas ficaram feridas.
Um míssil balístico intercontinental é lançado a partir da terra, pode ser equipado com ogivas nucleares e, como o próprio nome indica, é projetado para viajar longas distâncias, superiores a 5.600 km. Segundo a enciclopédia Britannica, apenas os Estados Unidos, Rússia e China possuem esse tipo de mísseis.
Uma fonte da Força Aérea ucraniana afirmou à agência de notícias AFP que o míssil lançado pela Rússia não transportava uma ogiva nuclear.
O presidente Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou Vladimir Putin de “maluco” e afirmou que o presidente russo desdenha da vida humana.
“Hoje, nosso insano vizinho mais uma vez revelou sua verdadeira natureza: seu desdém pela dignidade, pela liberdade e pela própria vida humana. (…) Hoje, foi um novo míssil russo. Sua velocidade e altitude sugerem capacidades balísticas intercontinentais. As investigações estão em andamento”, afirmou Zelensky.
Andrey Baklitskiy, um pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa para Desarmamento da ONU, demonstrou surpresa com o lançamento do míssil intercontinental pelos russos.
“Se for verdade, isso será totalmente sem precedentes e o primeiro uso militar real de um ICBM [míssil balístico intercontinental]. Não que faça muito sentido, dado seu preço e precisão”, afirmou Baklitskiy em suas redes sociais.
‘Totalmente sem precedentes’
Bombeiros apagam incêndio após ataque da Rússia contra a cidade de Dnipro, na Ucrânia
Serviço de Emergência de Dnipro/Reuters
A Defense Express, uma consultoria de defesa ucraniana, questionou se os Estados Unidos, principal aliado internacional da Ucrânia, haviam sido informados sobre o lançamento do míssil com antecedência.
“Também é uma questão se os Estados Unidos foram avisados sobre o lançamento e sua direção, pois o anúncio de tais lançamentos é um pré-requisito para evitar a ativação de um sistema de alerta de mísseis e o lançamento de mísseis em resposta”, escreveu a Defense Express.
O especialista em segurança alemão Ulrich Kuehn postou: “Parece que a Rússia usou hoje pela primeira vez na história um míssil balístico intercontinental em uma guerra, contra o alvo civil Dnipro”

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Postado em: 14:04

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Brasileiro condenado por estupro de vulnerável é preso nos EUA

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Homem chegou ao país em abril de 2022, em Santa Teresa, Novo México. Segundo o serviço de imigração, ele foi condenado a 14 anos de prisão em Rondônia por estupro de vulnerável. Brasileiro preso nos Estados Unidos
Serviço de Imigração dos EUA/Divulgação
Um homem de 41 anos, identificado como Alexandre Romao de Oliveira, foi preso nesta semana nos Estados Unidos por estuprar uma criança na cidade de Jaru, em Rondônia. A informação foi divulgada pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas do governo americano.
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Alexandre foi preso em Methuen, Cidade localizada em Massachusetts. Segundo o serviço de imigração, ele foi condenado a 14 anos de prisão em Rondônia por estupro de vulnerável e fugiu do Brasil antes de cumprir a pena.
Segundo o governo dos EUA, o homem chegou ao país em abril de 2022. Ele foi identificado em Santa Teresa, Novo México, ficou sob custódia e depois foi liberado com uma ordem de comparecer no Gabinete Executivo de Revisão de Imigração do Departamento de Justiça.
O Tribunal de Justiça de Rondônia confirmou ao g1 a sentença, que está sob sigilo. O caso transitou em julgado no dia 2 de fevereiro de 2024, ou seja, não tem mais possibilidade de recurso. A última análise foi feita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O g1 tenta localizar a defesa de Alexandre Romao De Oliveira.
LEIA TAMBÉM:
Mãe e filha se casam juntas em cerimônia comunitária em RO
Homem é preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo em Machadinho d’Oeste, RO
Café Robusta Amazônico de Rondônia conquista nota máxima em concurso e alcança feito inédito

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Postado em: 13:00

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Internacional

Departamento de Justiça dos EUA quer que Google venda o navegador Chrome

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Proposta visa frear monopólio do Google e impõe restrições ao Android para evitar o favorecimento de seu mecanismo de pesquisa. O logotipo do Google é visto em um dos complexos de escritórios da empresa em Irvine, Califórnia, nos Estados Unidos
Mike Blake/Reuters/Arquivo
O Departamento de Justiça dos EUA está recomendando a separação entre o Google e o navegador Chrome. Os reguladores sugerem a venda do serviço como medida para evitar o monopólio da empresa no setor de buscas.
A proposta, divulgada nesta quarta-feira (20) em um documento de 23 páginas, ainda inclui restrições para impedir que o Android favoreça o mecanismo de busca do Google.
O Chrome, navegador mais usado no mundo, é essencial para os negócios da big tech, fornecendo dados dos usuários que permitem segmentar anúncios de maneira mais eficaz e lucrativa, segundo a agência Reuters.
“O campo de jogo não é nivelado devido à conduta do Google, e a qualidade do serviço reflete os ganhos ilícitos de uma vantagem adquirida ilegalmente”, afirmou o Departamento de Justiça em suas recomendações. “A solução deve fechar essa lacuna e privar o Google dessas vantagens”, completou.
Kent Walker, diretor jurídico do Google, atacou o Departamento de Justiça por buscar “uma agenda intervencionista radical que prejudicaria os americanos e a tecnologia global dos Estados Unidos”.
Em uma postagem no blog, Walker alertou que a “proposta excessivamente ampla” ameaçaria a privacidade pessoal enquanto minava a liderança inicial do Google em inteligência artificial, “talvez a inovação mais importante do nosso tempo”.
Medida pode afetar o Android
Embora os reguladores não tenham exigido a venda do Android, afirmaram que o juiz deve deixar claro que a empresa pode ser obrigada a se desfazer de seu sistema operacional para smartphones. Isso acontecerá se seu comitê de supervisão continuar encontrando evidências de má conduta, segundo a agência Associated Press.
As penalidades propostas refletem a gravidade com que os reguladores do governo Biden veem a necessidade de punir o Google, após a decisão de agosto do juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, que classificou a empresa como monopolista.
A equipe do Departamento de Justiça que assumirá o caso com o presidente eleito Donald Trump no próximo ano pode adotar uma postura menos rígida. As audiências sobre a punição do Google estão previstas para abril, com a decisão final do juiz Mehta esperada até o Dia do Trabalho, em 1º de maio.
Se Mehta adotar as recomendações do governo, o Google será forçado a vender seu navegador Chrome de 16 anos dentro de seis meses após a decisão final. Mas a empresa certamente apelaria de qualquer punição, prolongando a disputa.
O navegador rival do Google, DuckDuckGo, cujos executivos testemunharam durante o julgamento do ano passado, defendeu as recomendações e afirmou que o Departamento de Justiça está apenas fazendo o necessário para controlar um monopolista flagrante.
Decisão será tomada no governo Trump
Ainda é possível que o Departamento de Justiça possa aliviar as tentativas de dividir o Google, especialmente se Trump der o passo amplamente esperado de substituir o procurador-geral adjunto Jonathan Kanter, que foi nomeado por Biden para supervisionar a divisão antitruste da agência.
Trump recentemente expressou preocupação de que uma separação possa destruir o Google, mas não elaborou penalidades alternativas que ele poderia ter em mente.
“O que você pode fazer sem dividir é garantir que seja mais justo”, disse Trump no mês passado. Matt Gaetz, o ex-congressista republicano que Trump nomeou para ser o próximo procurador-geral dos EUA, já havia pedido a dissolução das grandes empresas de tecnologia.
Meta AI no WhatsApp: o que é a nova ferramenta de inteligência artificial e como utilizar
DTV+: o que é TV 3.0, que oferece melhor qualidade de imagem e recursos interativos
Por que os jovens estão deixando de usar aplicativos de relacionamento?

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Postado em: 10:01

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