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Israel vai responder o Irã antes das eleições americanas e foco será em instalações militares, diz jornal

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Bombardeio contra alvos militares iranianos, em vez de estruturas nucleares ou de petróleo, seria uma resposta ‘calibrada’ para evitar guerra entre Israel e Irã, que vivem alto nível de tensões após ataque de mísseis em território israelense. Ali Khamenei x Benjamin Netanyahu
Montagem g1/Reuters/AFP
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ao governo dos Estados Unidos que está disposto a bombardear alvos militares do Irã como resposta ao ataque de mísseis iraniano em solo israelense em 1º de outubro, e que essa resposta viria antes das eleições dos EUA, segundo o jornal americano “The Washington Post”.
Segundo duas autoridades americanas ouvidas pelo jornal sob anonimado, um ataque contra alvos militares teria um caráter mais limitado e “calibrado”, com o objetivo de evitar uma guerra entre Israel e Irã. As tensões entre os rivais regionais já estão altas por conta do ataque de mísseis iraniano e das guerras entre o Exército israelense e grupos armados aliados de Teerã.
Há o temor de que uma agressão contra instalações de petróleo ou nucleares do Irã, que era especulada pelo gabinete de guerra israelense, poderia desencadear uma guerra entre os dois países, puxando potências mundiais para o conflito. Biden já havia dito ser contra um ataque israelense contra alvos nucleares e de petróleo iranianos. Desde o ataque de mísseis, Israel havia dito que sua reposta seria “letal, precisa e surpreendente”. (Leia mais abaixo)
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A comunicação sobre o ataque teria ocorrido durante a ligação de telefone entre Biden e Netanyahu na semana passada, e o plano de Netanyahu de atingir instalações militares, como Israel fez após o ataque do Irã em abril, foi recebido com alívio pelo governo americano, segundo o jornal.
A retaliação israelense também seria calibrada para evitar a percepção de “interferência política nas eleições dos EUA”, sinalizando o entendimento de Netanyahu de que a dimensão de um ataque israelense tem o potencial de remodelar a corrida presidencial americana, disse uma autoridade ouvida pelo “Washington Post”.
No entanto, o ataque israelense ao Irã seria realizado antes das eleições dos EUA –ou seja, antes de 5 de novembro –, segundo a fonte do jornal. Isso porque a falta de ação poderia ser interpretada pelo Irã como um sinal de fraqueza. “Será uma de uma série de respostas”, disse a autoridade.
Na chamada telefônica entre os líderes dos EUA e de Israel, descrita como “direta e muito produtiva” pela porta-voz da Casa Branca, Netanyahu estava em uma “postura mais moderada” do que anteriormente, segundo a autoridade americana ouvida pelo “Washington Post”. O aparente abrandamento da postura do primeiro-ministro influenciou a decisão de Biden de enviar um poderoso sistema de defesa antimísseis a Israel, disseram as autoridades.
Joe Biden e Benjamin Netanyahu em outubro de 2023
Miriam Alster/Reuters
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Tensão com o Irã
No dia 1º de outubro, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel. A ação foi uma retaliação à escalada militar israelense no Líbano. Desde então, a comunidade internacional aguarda com suspense a resposta israelense.
Após a conversa entre Biden e Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, publicou um vídeo afirmando que a ação do Irã foi um fracasso. Ele disse ainda que Israel continua planejando um contra-ataque.
“Quem nos atacar será ferido e pagará um preço. Nosso ataque será letal, preciso e, acima de tudo, surpreendente. Eles não entenderão o que aconteceu e como aconteceu, mas verão os resultados”, afirmou.
Os Estados Unidos declararam que apoiam Israel nas ações contra alvos ajudados pelo Irã, como o Hezbollah e o Hamas. Por outro lado, o governo Biden tem tentado, sem sucesso, conter o aumento do conflito.
No caso de uma resposta direta ao Irã, Biden já desaconselhou Israel a atacar instalações nucleares e petroleiras do Irã.
O governo iraniano, por sua vez, já disse que qualquer retaliação israelense será respondida com vasta destruição. A afirmação alimentou temores de uma guerra mais ampla na região, que poderia envolver os Estados Unidos.
Questão eleitoral
Biden tem sido alvo de duras críticas de parceiros internacionais, bem como de membros de seu próprio partido, pela incapacidade de influência — incluindo o papel dos EUA como principal fornecedor de armas de Israel — para conter os ataques de Netanyahu.
Por extensão, Kamala Harris, vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca, tem sido desafiada a defender a política de Biden durante a campanha eleitoral. Kamala participou da ligação entre o presidente americano e Netanyahu, segundo uma fonte ouvida pela Reuters.
Nesse contexto, alguns eleitores árabe-americanos em Michigan passaram a apoiar uma candidata independente à Casa Branca. O movimento pode provocar uma derrota a Kamala em um estado decisivo.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada nesta quarta-feira, Kamala tem 47% das intenções de voto no Michigan, enquanto Trump aparece com 50%. Há 3 semanas, a democrata liderava no estado, por um placar de 50% a 45%.
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Postado em: 19:02

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Estados Unidos registram onda de envio de mensagens de texto racistas com apoio à escravidão

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Vítimas de pelo menos 21 estados receberam instruções para se apresentarem em plantações de algodão, em uma referência à escravidão. Textos também citaram futuro governo de Trump. Celular com aplicativos de redes sociais
PA Media
O FBI e outras autoridades dos Estados Unidos estão investigando o envio de mensagens de texto com conteúdo racista para negros de todo o país, nos últimos dias. De acordo com os relatos, as mensagens afirmam que negros deveriam ser escravizados.
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Segundo a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), o texto informava que os negros deveriam se apresentar em uma plantação para colher algodão, em uma referência ofensiva ao tempo da escravidão nos Estados Unidos.
Pessoas em pelo menos 21 estados, como Pensilvânia e Carolina do Norte, receberam as mensagens de texto. Entre as vítimas estão estudantes do ensino médio e universitários. As informações são da imprensa norte-americana.
Algumas mensagens instruíam o destinatário a se apresentar em um endereço em um horário específico “com seus pertences,” enquanto outras não informavam local. Alguns textos mencionavam o próximo governo dos Estados Unidos, que será presidido por Donald Trump.
Tasha Dunham, moradora da Califórnia, disse que sua filha de 16 anos recebeu uma mensagem na quarta-feira (6). O texto tinha o nome da garota e orientava que ela se apresentasse em uma plantação da Carolina do Norte. O endereço indicado na mensagem era o de um museu.
“Foi muito perturbador,” disse em entrevista à Associated Press. “Todo mundo está tentando entender o que isso significa. Então, eu definitivamente senti muito medo e preocupação.”
Já o presidente da NAACP afirmou que esse tipo de ação não pode ser normalizada: “Essas mensagens representam um aumento alarmante na retórica vil e abominável de grupos racistas em todo o país”.
Ainda não se sabe quem está por trás do ataque. A Comissão Federal de Comunicações (FCC) informou nesta sexta-feira (8) que está investigando os incidentes.
Já o FBI disse que está ciente das mensagens de texto ofensivas e racistas e está em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais para tratar do assunto.
A empresa TextNow afirmou que identificou uma ou mais contas em seu serviço de mensagens que enviaram textos ofensivos. Os usuários foram expulsos da plataforma pouco tempo depois do envio das mensagens.
Ainda de acordo com a empresa, os textos foram disparados para operadoras de todo o país. A TextNow também se comprometeu a colaborar com as investigações.
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Violência nas eleições
Muitos membros da comunidade negra americana dizem que esperam um retrocesso nos direitos civis após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. Durante a campanha, o republicano prometeu acabar com os programas federais de diversidade e inclusão.
As eleições deste ano registraram o maior aumento de violência política nos EUA desde a década de 1970. Os casos incluem ataques racistas a apoiadores de Kamala Harris, de acordo com casos identificados pela Reuters.
Kamala, que se tornou a primeira mulher negra a liderar uma chapa de um grande partido, também enfrentou ataques pessoais, inclusive de Trump.
Sobre as mensagens de texto enviadas nos últimos dias, a campanha de Trump disse que não tem “absolutamente nada a ver” o caso.
Já Robyn Patterson, porta-voz da Casa Branca, divulgou um comunicado condenando as mensagens de ódio.
“O racismo não tem lugar em nosso país. Ponto final.”
*Com informações da Reuters e da Associated Press.
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‘Nostradamus americano’ que previu resultado de 9 das últimas 11 eleições dos EUA explica por que errou ao apontar vitória de Kamala Harris

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Allan Lichtman, 77 anos, desenvolveu o modelo chamado “As Chaves para a Casa Branca”, com critérios que seriam capazes de antecipar o futuro vencedor. Em 40 anos, ele só havia errado uma vez, mas falhou em não apontar volta de Trump à Casa Branca.
Allan Lichtman, professor de História e analista político que faz previsões das eleições presidenciais dos EUA desde 1984.
AP Photo/Seth Perlman
Allan Lichtman é conhecido como o “Nostradamus americano” por uma razão: ele havia acertado o resultado de nove das últimas 10 eleições americanas. Nesta semana, porém, sua taxa de acerto caiu para nove em 11 eleições.
O historiador de 77 anos previu a vitória de Kamala Harris nas eleições do último dia 5, pleito que diversos institutos de pesquisa diziam que seria uma disputa acirrada. No fim das contas, Donald Trump obteve uma vitória considerada acachapante, com ao menos 295 delegados conquistados de 538 (25 a mais do que os 270 necessários para ganhar a eleição).
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“Minha previsão, baseada no sistema das chaves para a Casa Branca, que se provou correto [nas eleições dos EUA] por 40 anos, é que teremos um presidente sem precedentes: Kamala Harris se tornará a primeira mulher presidente dos Estados Unidos”, disse Allan Lichtman, professor de História da American University em Washington, D.C., no último dia 5 de setembro.
Em uma live em seu canal no YouTube na quinta-feira (7), porém, ele admitiu o erro, mas defendeu seu método. “Mas eu estive longe de ser o único analista a estar errado. A maioria dos outros modelos também errou”, disse, na transmissão.
Kamala Harris e Donald Trump durante campanha para as eleições dos EUA, em 2024
REUTERS/Evelyn Hockstein/Octavio Jones
Lichtman criou seu método, chamado “As Chaves para a Casa Branca”, ou “As 13 Chaves”, em parceria com o sismólogo soviético Vladimir Keilis-Borok, com base em um sistema usado para prever terremotos.
Ele consiste em 13 enunciados, ou “chaves”, que avaliam o quão bem o partido da situação está governando o país. Se cinco ou menos enunciados forem falsos, o candidato da situação irá ganhar a eleição. Se seis ou mais itens forem falsos, porém a oposição será alçada ao poder. Leia mais abaixo.
Aposta em Kamala
Em 2024, o respeitado historiador previa que Kamala Harris seria a próxima presidente dos Estados Unidos, já que a democrata ganharia em nove das 13 chaves analisadas. 
Os pontos favoráveis a Harris eram, entre outros, a unidade do partido por trás de sua candidatura, os resultados positivos da administração Biden, a saúde da economia americana, as ausências de escândalos e de revolta social.
Para justificar a falha, Lichtman afirmou que “não foi apenas uma falha singular das chaves. Foi muito mais amplo do que isso.”
Ele afirma, por exemplo, que Kamala Harris não teve seu nome testado em nenhuma primária do Partido Democrata, por exemplo — Biden era o escolhido da sigla pelo processo normal de nomeação, e a vice foi alçada a cabeça de chapa após sua desistência.
O fato de a campanha de Harris ter começado 16 semanas antes do dia da eleição também foi um fator que bagunçou as previsões, disse o historiador.
Ele cita ainda uma “explosão incrível de desinformação” nas redes sociais, incluindo o X, cujo dono é Elon Musk, que participou ativamente da campanha de Trump. Isso teria influenciado na percepção do público sobre a gestão Biden-Harris.
Ele mantém a confiança em seu sistema de predição e afirma não ter atribuído incorretamente nenhuma das chaves.
Primeira falha
Usado desde as eleições de 1984, o sistema das chaves só havia errado uma vez até então: em 2000, quando George W. Bush foi eleito para seu primeiro mandato, superando o democrata Al Gore.
Essa disputa pode ser vista como destoante, no entanto, já que a margem de vitória foi muito pequena em termos de delegados, e a vitória do republicano foi decretada após a decisão da Suprema Corte de suspender a recontagem de votos no estado da Flórida.
Veja abaixo as chaves de Lichtman:
Mandato do partido: Após as eleições de meio de mandato, o partido do governo ocupa mais assentos na Câmara dos Deputados dos EUA do que ocupava após as eleições de meio de mandato anteriores.
Contestação: Não há contestação séria para a nomeação do partido incumbente.
Incumbência: O candidato do partido no poder é o presidente em exercício.
Terceiro partido: Não há campanha significativa de um terceiro partido ou independente.
Economia de curto prazo: A economia não está em recessão durante a campanha eleitoral.
Economia de longo prazo: O crescimento econômico real per capita durante o mandato é igual ou superior ao crescimento médio durante os dois mandatos anteriores.
Mudança de política: O governo vigente realiza mudanças importantes na política nacional.
Agitação social: Não há agitação social sustentada durante o mandato.
Escândalo: O governo em exercício não é manchada por um grande escândalo.
Carisma do candidato da situação: O candidato do partido em exercício é carismático ou um herói nacional.
Carisma do desafiador: O candidato do partido desafiador não é carismático ou um herói nacional.
Fracasso militar/externo: O governo vigente não sofre um grande fracasso em assuntos externos ou militares.
Sucesso militar/externo: O governo vigente alcança um grande sucesso em assuntos externos ou militares.

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Internacional

Agentes iranianos montaram complô para matar Trump, diz governo

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Departamento de Justiça revelou plano para vingar morte de general iraniano no 1º mandato de Donald Trump. Teerã estaria por trás de várias tentativas de assassinato de dissidentes e membros do governo americano. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira (8) agentes iranianos montaram um suposto complô para assassinar o presidente eleito, Donald Trump.
Segundo os investigadores, um dos suspeitos teria sido encarregado por um funcionário do governo do Irã antes das eleições presidenciais americanas de planejar o assassinato do republicano.
O objetivo seria vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em 2020 em um ataque dos EUA ordenado por Trump. À época, o republicano estava em seu primeiro mandato na Casa Branca.
Segundo o Departamento de Justiça, os investigadores souberam do plano para matar Trump através de Farhad Shakeri, um suposto agente do governo iraniano que esteve detido durante anos em prisões americanas.
De acordo com as autoridades, Shakeri mantém uma rede criminosa encarregada de cumprir planos de assassinatos de Teerã.
Shakeri disse aos investigadores que um contato da Guarda Revolucionária do Irã o instruiu a montar um plano em sete dias para vigiar e matar Trump. As informações estão em um documento tornado público por um tribunal federal em Manhattan.
Rede criminosa criada na prisão
O funcionário do regime iraniano teria dito a Shakeri que “dinheiro não é um problema” e que uma enorme soma já teria sido gasta.
Segundo o relato, o agente do governo disse que, se Shakeri não conseguisse montar um plano dentro de sete dias, a conspiração seria suspensa até após as eleições. Ele teria presumido que Trump perderia a votação e que, dessa forma, seria mais fácil matá-lo.
Shakeri, de 51 anos, está foragido e se encontra provavelmente no Irã. Ele migrou para os Estados Unidos quando criança e foi deportado em 2008 após cumprir 14 anos de prisão por roubo.
“Nos últimos meses, Shakeri usou uma rede de associados criminosos que conheceu na prisão nos Estados Unidos para fornecer à Guarda Republicana iraniana agentes para conduzir vigilância e assassinatos”, disse o Departamento de Justiça.
Nesta sexta-feira foram presos outros dois suspeitos, Carlisle Rivera e Jonathon Loadholt, ambos de Nova York.
Segundo as autoridades, eles teriam sido recrutados para participar de outros assassinatos, incluindo um atentado a um jornalista iraniano-americano dissidente do regime em Teerã.
Loadholt e Riveram teriam agido sob a direção de Shakeri. Eles passaram meses vigiando um cidadão dos EUA de origem iraniana que é um crítico declarado do regime de Teerã e foi alvo de vários planos de assassinato.
A pessoa não foi identificada, mas as acusações vêm menos de três semanas após um general da Guarda Revolucionária ser acusado em Nova York por associação a um suposto complô para assassinar o jornalista dissidente Masih Alinejad, que vive em Nova York.

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Postado em: 22:00

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