País não cumprirá acordo que regulava desde 1967 suas relações com a UNRWA. Na semana passada, parlamento israelense proibiu a agência de operar em seu território e impediu sua cooperação com autoridades locais. Sacos de alimentos da Agência da ONU para Refugiados em Gaza (UNRWA) são posicionados em Rafah
Mohammed Salem/Reuters
Israel notificou oficialmente a Organização das Nações Unidas (ONU) que não cumprirá mais o acordo que regulava desde 1967 suas relações com a principal organização de ajuda da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), informou nesta segunda-feira (4) o Ministério de Relações Exteriores israelense.
Na última segunda-feira (28), o parlamento de Israel passou uma lei que proíbe a UNRWA de operar no país e impede a cooperação de autoridades israelenses com a organização, que fornece serviços de ajuda e educação a milhões de palestinos na Cisjordânia ocupada e em Gaza.
Criada após a guerra de 1948 que levou à criação do estado israelense, a UNRWA é criticada por Israel, que acusa a organização de preconceito contra o país e de perpetuar o conflito ao manter palestinos em status permanente de refugiados.
O governo de Israel alega ainda que a UNRWA foi infiltrada por membros do Hamas e diz que alguns funcionários da organização participaram do ataque do grupo extremista contra o território israelense em 7 de outubro de 2023.
A decisão de banir a UNRWA alarmou a ONU e alguns aliados de Israel, que temem que a medida piore ainda mais a situação na região. A nova legislação não proíbe as operações da UNRWA na Cisjordânia e em Gaza, mas afeta a capacidade da organização de operar nessas áreas.
Na semana passada, após o parlamento de Israel, proibir a atuação da UNRWA no país, a agência classificou a decisão como “ultrajante”. O porta-voz da entidade, Adnan Abu Hasna, disse que a decisão implicará no colapso do processo humanitário como um todo nos Territórios Palestinos.
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Criada após a guerra de 1948 que levou à criação do estado israelense, a UNRWA é criticada por Israel, que acusa a organização de preconceito contra o país e de perpetuar o conflito ao manter palestinos em status permanente de refugiados.
O governo de Israel alega ainda que a UNRWA foi infiltrada por membros do Hamas e diz que alguns funcionários da organização participaram do ataque do grupo extremista contra o território israelense em 7 de outubro de 2023.
A decisão de banir a UNRWA alarmou a ONU e alguns aliados de Israel, que temem que a medida piore ainda mais a situação na região. A nova legislação não proíbe as operações da UNRWA na Cisjordânia e em Gaza, mas afeta a capacidade da organização de operar nessas áreas.
Na semana passada, após o parlamento de Israel, proibir a atuação da UNRWA no país, a agência classificou a decisão como “ultrajante”. O porta-voz da entidade, Adnan Abu Hasna, disse que a decisão implicará no colapso do processo humanitário como um todo nos Territórios Palestinos.
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Postado em: 04:00