Poucas horas depois, Israel lançou uma série de ataques aéreos em vários pontos ao longo da costa oeste do Iêmen, a cerca de 1.500 km de distância. Porta-voz dos Houthis confirma ataque a Israel em pronunciamento
HOUTHI MEDIA CENTER via REUTERS
Os rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram, nesta quinta-feira (19), a responsabilidade por um ataque com mísseis contra Israel, que foi interceptado e provocou uma resposta do Estado israelense na forma de ataques aos portos e às instalações de energia do país.
“Dois alvos militares israelenses na região de Jaffa [ao sul de Tel Aviv] foram alvejados por dois mísseis balísticos hipersônicos do tipo Palestina 2 e foram atingidos com precisão”, disse o porta-voz huthi Yahya al-Saree em pronunciamento.
Mais cedo, as Forças de Defesa israelenses já haviam anunciado que um míssil havia sido interceptado “antes de entrar em território israelense”, segundo comunicado.
Fumaça domina céu do Iêmen após ataques aéreos lançados em várias partes do país
Poucas horas depois, Israel lançou uma série de ataques aéreos em vários pontos ao longo da costa oeste do Iêmen, a cerca de 1.500 km de distância.
A mídia favorável ao grupo disse que os alvos eram instalações de energia e petróleo e o porto de Hodeida, matando nove pessoas e ferindo várias outras.
Os militares israelenses argumentaram que esses alvos “precisamente visados” foram usados para ações militares dos houthis.
“Depois do Hamas, do Hezbollah e do regime de al Assad na Síria, os huthis são praticamente o braço restante do eixo do mal iraniano. Os houthis estão descobrindo, e continuarão a descobrir da maneira mais difícil, que aqueles que atacam Israel pagarão um preço alto por isso”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado.
Nos últimos meses, os houthis, que controlam as áreas mais populosas do Iêmen, lançaram vários mísseis contra o território israelense em solidariedade ao movimento islamista palestino Hamas, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza.
Os houthis pertencem ao chamado “Eixo de Resistência”, uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al Assad.