Ex-procuradora-geral da Flórida, Bondi foi anunciada em substituição de Gaetz, alvo de investigação por suspeita de tráfico sexual. A nova indicada é apoiadora de longa data de Trump e o defendeu em seu 1º processo de impeachment. Trump indica Pam Bondi para a Procuradoria-Geral dos EUA
Uma ex-lobista, ex-democrata e ex-procuradora-geral da Flórida foi indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para ser a nova procuradora-geral dos EUA.
Pam Bondi foi escolhida quinta-feira por Trump para substituir Matt Gaetz, nome que Trump havia sugerido originalmente para o cargo mas que anunciou na quinta-feira (21) que abriria mão da indicação por ser alvo de uma investigação federal por suposto tráfico sexual.
A indicação de Gaetz gerou críticas também por sua trajetória profissional, considerada aquém do esperado para assumir a Procuradoria-Geral.
Pam Bondi, ao contrário, não deve enfrentar resistência nesse sentido: nascida em Tampa, na Flórida, foi procuradora-geral do estado entre 2011 e 2019, primeira mulher a ocupar o cargo. Antes disso atuou como promotora Gabinete do Procurador do Estado do Condado de Hillsborough, também na Flórida, por 18 anos.
Como promotora, focava em casos de violência doméstica e sexual. Como procuradora-geral da Flórida, priorizou processos de tráfico de pessoas.
“Pam foi promotora por quase 20 anos, onde foi muito dura com criminosos violentos e tornou as ruas seguras para as famílias da Flórida”, disse Trump em um comunicado.
Em paralelo, no entanto, Bondi também tem um histório longo como apoiadora de Trump: foi uma das primeiras, entre os atuais aliados do presidente eleito, a declarar apoio a ele, no início de 2006, na primeira prévia entre os pré-candidatos republicanos.
Foi também advogada de Trump em seu primeiro processo de impeachment, em 2019, em que o republicano foi absolvido. E virou comentariasta do canal norte-americano Fox News, sempre defendendo o agora presidente eleito.
Mas a trajetória de Bondi de apoio a Trump contrasta com a sua biografia política um pouco mais antiga: a ex-procuradora-geral da Flórida foi democrata — partido rival à sigla republicana de Trump — até os anos 2000.
Mas, depois que mudou de lado, sua atuação dentro do Partido Republicano foi crescendo.
Em 2016, chamada para discusar na Convenção Nacional Republicana, quando Trump se tornou o surpreendente indicado do partido, ela ouviu da plateia comentários contra a então candidata democrata, Hillary Clinton.
Algumas pessoas gritaram: “Prendam-na”, e a então procuradora-geral da Flórida respondeu: “‘Prendam-na’, adorei isso”.
Ela atuou na primeira equipe de transição de Trump, em 2016, e foi ainda presidente do America First Policy Institute, um think tank criado por ex-funcionários do governo Trump para estabelecer as bases de um possível segundo mandato.
Se confirmada pelo Senado liderado pelos republicanos, Bondi será um dos principais nomes do novo governo Trump. Isso porque, durante sua campanha, o republicano ameaçou retaliar adversários, e democratas temiam que ele aparelhasse o Departamento de Justiça com aliados para poder usá-lo a seu favor.
Caso seja aprovada pelo Senado — nos EUA, os senadores devem dar aval aos nomes indicados pelo presidente para os cargos de primeiro escalão — ela chefiará os 115.000 funcionários do departamento, além de supervisionar um orçamento de cerca de US$ 45 bilhões.
Sua nomeação sinaliza a intenção de Trump de remodelar o Departamento de Justiça, que o republicano acusou de parcialidade partidária durante a gestão do democrata Joe Biden.
A própria Bondi já criticou os processos criminais contra Trump e o conselheiro especial Jack Smith, do departamento.
Trabalho como lobista
Pam Bondi durante comício pró-Trump na Carolina do Norte, em 2 de novembro de 2024
Brian Snyder/Reuters
Após deixar a Procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi investiu na carreira de lobista: trabalhou para a Ballard Partners, a poderosa empresa sediada na Flórida chefiada por Susie Wiles, nomeada a chefe de gabinete de Trump.
Entre os clientes da empresa, estavam a General Motors e um grupo cristão contra o tráfico de pessoas. Bondi também fez lobby para uma empresa do Kuwait, de acordo com registros de agentes estrangeiros do Departamento de Justiça e documentos de lobby do Congresso.
Ainda se registrou no Congresso como agente estrangeira para o governo do Catar, com foco em esforços contra o tráfico de pessoas durante a Copa do Mundo, realizada no país em 2022.
Uma ex-lobista, ex-democrata e ex-procuradora-geral da Flórida foi indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para ser a nova procuradora-geral dos EUA.
Pam Bondi foi escolhida quinta-feira por Trump para substituir Matt Gaetz, nome que Trump havia sugerido originalmente para o cargo mas que anunciou na quinta-feira (21) que abriria mão da indicação por ser alvo de uma investigação federal por suposto tráfico sexual.
A indicação de Gaetz gerou críticas também por sua trajetória profissional, considerada aquém do esperado para assumir a Procuradoria-Geral.
Pam Bondi, ao contrário, não deve enfrentar resistência nesse sentido: nascida em Tampa, na Flórida, foi procuradora-geral do estado entre 2011 e 2019, primeira mulher a ocupar o cargo. Antes disso atuou como promotora Gabinete do Procurador do Estado do Condado de Hillsborough, também na Flórida, por 18 anos.
Como promotora, focava em casos de violência doméstica e sexual. Como procuradora-geral da Flórida, priorizou processos de tráfico de pessoas.
“Pam foi promotora por quase 20 anos, onde foi muito dura com criminosos violentos e tornou as ruas seguras para as famílias da Flórida”, disse Trump em um comunicado.
Em paralelo, no entanto, Bondi também tem um histório longo como apoiadora de Trump: foi uma das primeiras, entre os atuais aliados do presidente eleito, a declarar apoio a ele, no início de 2006, na primeira prévia entre os pré-candidatos republicanos.
Foi também advogada de Trump em seu primeiro processo de impeachment, em 2019, em que o republicano foi absolvido. E virou comentariasta do canal norte-americano Fox News, sempre defendendo o agora presidente eleito.
Mas a trajetória de Bondi de apoio a Trump contrasta com a sua biografia política um pouco mais antiga: a ex-procuradora-geral da Flórida foi democrata — partido rival à sigla republicana de Trump — até os anos 2000.
Mas, depois que mudou de lado, sua atuação dentro do Partido Republicano foi crescendo.
Em 2016, chamada para discusar na Convenção Nacional Republicana, quando Trump se tornou o surpreendente indicado do partido, ela ouviu da plateia comentários contra a então candidata democrata, Hillary Clinton.
Algumas pessoas gritaram: “Prendam-na”, e a então procuradora-geral da Flórida respondeu: “‘Prendam-na’, adorei isso”.
Ela atuou na primeira equipe de transição de Trump, em 2016, e foi ainda presidente do America First Policy Institute, um think tank criado por ex-funcionários do governo Trump para estabelecer as bases de um possível segundo mandato.
Se confirmada pelo Senado liderado pelos republicanos, Bondi será um dos principais nomes do novo governo Trump. Isso porque, durante sua campanha, o republicano ameaçou retaliar adversários, e democratas temiam que ele aparelhasse o Departamento de Justiça com aliados para poder usá-lo a seu favor.
Caso seja aprovada pelo Senado — nos EUA, os senadores devem dar aval aos nomes indicados pelo presidente para os cargos de primeiro escalão — ela chefiará os 115.000 funcionários do departamento, além de supervisionar um orçamento de cerca de US$ 45 bilhões.
Sua nomeação sinaliza a intenção de Trump de remodelar o Departamento de Justiça, que o republicano acusou de parcialidade partidária durante a gestão do democrata Joe Biden.
A própria Bondi já criticou os processos criminais contra Trump e o conselheiro especial Jack Smith, do departamento.
Trabalho como lobista
Pam Bondi durante comício pró-Trump na Carolina do Norte, em 2 de novembro de 2024
Brian Snyder/Reuters
Após deixar a Procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi investiu na carreira de lobista: trabalhou para a Ballard Partners, a poderosa empresa sediada na Flórida chefiada por Susie Wiles, nomeada a chefe de gabinete de Trump.
Entre os clientes da empresa, estavam a General Motors e um grupo cristão contra o tráfico de pessoas. Bondi também fez lobby para uma empresa do Kuwait, de acordo com registros de agentes estrangeiros do Departamento de Justiça e documentos de lobby do Congresso.
Ainda se registrou no Congresso como agente estrangeira para o governo do Catar, com foco em esforços contra o tráfico de pessoas durante a Copa do Mundo, realizada no país em 2022.
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Postado em: 13:04