Internacional
Em meio a crise, eleições legislativas são antecipadas na Alemanha para 23 de fevereiro
Liesa Johannssen/ Reuters
Em meio a uma crise política que colapsou o atual governo, a Alemanha terá eleições legislativas antecipadas, disse à agência de notícias AFP fontes do partido do governo.
O pleito, segundo a fonte, acontecerá em 23 de fevereiro de 2025, data que foi decidida em um acordo com o principal partido de oposição, os conservadores da CDU/CSU, acrescentou a fonte.
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Segundo outra fonte próxima às discussões, o chanceler alemão, Olaf Scholz, será submetido a um voto de confiança no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, em 16 de dezembro.
A Alemanha enfrenta uma crise política sem precedente desde a ruptura, na quarta-feira da semana passada, do governo de coalizão formado pelos social-democratas de Scholz, os Verdes e os liberais do partido FDP, que comandava o país desde o final de 2021.
A implosão do governo de três partidos aconteceu depois que Scholz demitiu o ministro das Finanças, o liberal Christian Lindner, o que provocou a saída de quase todos os ministros do FDP.
Crise política
A Alemanha embarcou na semana passada em uma grave crise política após o colapso do frágil governo de coalizão do chanceler social-democrata Olaf Scholz.
Scholz, no poder desde 2021 em um governo que une social-democratas, ecologistas e liberais, demitiu na quarta-feira (6) seu ministro das Finanças, que é liberal, após discordâncias sobre a política econômica.
Após a demissão, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia ao governo, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal, o Bundestag.
“Precisamos de um governo capaz de agir e que tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país”, argumentou Scholz em discurso após demitir seu ministro das Finanças, defensor de uma rigorosa austeridade orçamentária.
A crise abre as portas para eleições antecipadas no país no início de 2025. O presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, disse nesta quinta-feira (7) que pode convocar eleições antecipadas — na Alemanha, que tem regime parlamentar, o chanceler é o chefe de governo, e o presidente tem funções protocolares.
A ruptura ocorre no pior momento para a maior economia europeia, que enfrenta uma grave crise industrial e está preocupada com as repercussões do retorno de Donald Trump à Casa Branca no comércio e na segurança da Europa.
A economia da Alemanha deve encolher este ano.
Votação crucial em janeiro
Enfraquecido, o líder social-democrata anunciou que em 15 de janeiro pedirá aos deputados que se pronunciem sobre a necessidade de convocar eleições antecipadas.
A crise é o desfecho de meses de disputas entre os três partidos do governo sobre a política econômica a seguir, intensificadas durante a preparação do Orçamento de 2025, que deve ser finalizado em novembro.
O rompimento entre Scholz e Christian Lindner, o agora ex-ministro das Finanças, ficou ainda mais evidente na quarta-feira. O chefe do governo acusou seu ministro de “trair frequentemente sua confiança” e criticou um comportamento “egoísta”.
O agora ex-ministro, defensor da austeridade orçamentária, respondeu imediatamente e acusou Scholz de ter arrastado o país “para uma fase de incerteza” com essa “ruptura calculada da coalizão”.
“Não é um bom dia para a Alemanha, nem para a Europa”, lamentou a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, outra figura do partido ecologista.
A crise explodiu na véspera de uma cúpula da União Europeia em Budapeste, capital da Hungria, onde o líder alemão deverá tranquilizar os parceiros e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, já que Berlim é o segundo maior apoiador militar de Kiev.
Se os deputados do Bundestag quiserem que as eleições legislativas ocorram antes da data prevista, em setembro de 2025, elas poderiam ser organizadas “no máximo até o final de março”, indicou Scholz.
Para o ministro da Economia e Clima, o ecologista Robert Habeck, não há dúvidas: seu partido defenderá a necessidade de “eleições antecipadas”.
Rupturas em coalizões de governo não são comuns na Alemanha.
A sombra de Trump
Entenda como Donald Trump deu volta por cima e venceu eleição nos EUA
Olaf Scholz esperava que a eleição de Trump, com sua política protecionista e suas frequentes confrontações diplomáticas, levasse a coalizão a se unir.
Mas ocorreu o contrário: os liberais alemães consideraram que as eleições presidenciais nos Estados Unidos tornam ainda mais urgente uma mudança de rumo econômico na Alemanha.
As pesquisas indicam que, em caso de eleições, a oposição conservadora venceria com mais de 30% dos votos, e que seu líder, Friedrich Merz, seria o favorito para assumir o governo.
No entanto, Merz teria dificuldades para formar uma maioria no Bundestag, onde, segundo as mesmas pesquisas, a extrema direita do Alternativa para a Alemanha (AfD) ocuparia a segunda maior bancada.
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Postado em: 08:05
Internacional
Após desistência de deputado investigado por tráfico sexual, Trump nomeia Pam Bondi como procuradora-geral
A nomeação de Bondi ainda precisa ser aprovada pelo Senado dos EUA.
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Primeira opção de Trump para a Procuradoria-Geral, Gaetz ele havia sido acusado de participar de um esquema de tráfico sexual. O político, também da Flórida, é conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020, além de ser da ala extremista do Partido Republicano.
Matt Gaetz faz campanha para Trump durante corrida eleitoral de 2024
Mike Blake/Reuters
Nas eleições deste ano, Gaetz foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. Atualmente, ele é alvo de uma investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos. Ele nega a acusação.
Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que “está claro de que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance”.
“Não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington”, diz a nota do deputado.
O anúncio ocorre um dia após o Comitê de Ética da Câmara ter chegado a um impasse na divulgação de um relatório sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilegais por Gaetz, e depois de ele se reunir com senadores republicanos cujo apoio seria necessário para se tornar procurador-geral.
Além das investigações na Câmara, Gaetz foi investigado pelo Departamento de Justiça por possível participação em um esquema de tráfico sexual. Ele acabou não sendo indiciado.
Cargo-chave na nova era Trump
O círculo íntimo de Trump acredita que o cargo de procurador-geral seja o mais importante da nova administração, depois da própria presidência.
A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.
“Matt irá acabar com uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas”, disse Trump em um comunicado, no último dia 13.
Indicado de Trump para procurador-geral é investigado por má conduta sexual
Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça “obstrucionista”, incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr.
Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020.
Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar. Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.
Dentro do Partido Republicano, Gaetz é considerado polêmico e traidor. Isso porque ele conseguiu derrubar o presidente da Câmara dos Estados Unidos, em 2023. O líder na época era Kevin McCarthy, considerado um republicano moderado.
Em julho deste ano, ele apresentou um projeto de lei com o objetivo de limitar penas severas contra investigados nos ataques de 6 de janeiro de 2021.
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Postado em: 21:04
Internacional
TRF-2 mantém condenação, mas reduz pena de engenheiro brasileiro que matou ex-namorada na Austrália em 2018
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve a condenação do engenheiro Mário Marcelo Santoro pelo assassinato da namorada, a administradora Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A pena aplicada em primeira instância, de 27 anos de prisão, foi reduzida para 26 anos.
Os desembargadores da 2ª Turma do TRF-2 também modificaram a pena de indenização por danos morais. Na primeira instância, não foi fixada indenização. Em segunda instância, Santoro foi condenado a pagar R$ 250 mil à família da vítima.
Cecília foi asfixiada em sua casa e teve o corpo abandonado em um rio em Sidney, na Austrália. Durante o segundo dia de julgamento do caso, no Tribunal do Júri da Justiça Federal do Rio de Janeiro, em 21 de junho do ano passado, Santoro confessou, disse se arrepender do que fez e chorou ao lembrar do dia da morte da ex.
O crime
Cecília Haddad, brasileira morta na Austrália, em abril de 2018
Reprodução
O corpo de Cecília, então com 38 anos, foi encontrado por remadores boiando no Rio Lane Cover, em Sidney, no dia 29 de abril de 2018.
Após o crime, Santoro pegou o carro de Cecília foi até em casa, trocou de roupa e abandonou o veículo numa estação ferroviária. Depois, arrumou as malas e retornou ao Brasil. No mesmo dia, Santoro desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio, vindo de Sidney.
A Polícia Civil do Rio teve conhecimento do caso poucos dias depois. A família da vítima contou aos investigadores que o corpo de Cecília tinha sido encontrado com sinais de morte por enforcamento. E que Santoro não aceitava o término do namoro.
Depois de pouco mais de dois meses de investigações, o engenheiro foi preso em 7 de julho de 2018, na casa de parentes na Zona Sul do Rio, acusado de ter cometido o crime (veja no vídeo abaixo a reportagem da prisão).
Reportagem de 7/7/2018: Preso no Rio o engenheiro suspeito de matar a namorada brasileira, na Austrália
A GloboNews tenta contato com a defesa de Santoro.
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Postado em: 19:04
Internacional
Matt Gaetz, acusado de participar de esquema de tráfico sexual e apontado como procurador-geral por Trump, desiste do cargo
Mike Blake/Reuters
O deputado republicano Matt Gaetz anunciou nesta quinta-feira (21) que desistiu da nomeação para a procuradoria-geral dos EUA. Apontado por Trump para o cargo, ele era acusado de participar de um esquema de tráfico sexual.
A nomeação de Gaetz ainda teria de ser aprovada pelo Senado dos EUA.
O político é conhecido por ser um negacionista do resultado das eleições de 2020, além de ser da ala extremista do Partido Republicano.
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Nas eleições deste ano, Gaetz foi eleito para um quinto mandato como deputado pela Flórida. Atualmente, ele é alvo de uma investigação dentro do Comitê de Ética da Câmara por supostamente ter pagado para fazer sexo com uma jovem de 17 anos. Ele nega a acusação.
Em uma nota divulgada em sua conta na rede social X, Gaetz justificou a retirada de seu nome dizendo que “está claro de que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho essencial da transição Trump/Vance”.
“Não há tempo a perder com uma polêmica desnecessariamente prolongada em Washington”, diz a nota do deputado.
O anúncio ocorre um dia após o Comitê de Ética da Câmara ter chegado a um impasse na divulgação de um relatório sobre alegações de má conduta sexual e uso de drogas ilegais por Gaetz, e depois de ele se reunir com senadores republicanos cujo apoio seria necessário para se tornar procurador-geral.
Cargo-chave na nova era Trump
O círculo íntimo de Trump acredita que o cargo de procurador-geral seja o mais importante da nova administração, depois da própria presidência.
A Procuradoria-Geral será essencial para que Trump consiga pôr em prática os planos de realizar deportações em massa, perdoar os envolvidos no ataque de 6 de janeiro de 2021 e buscar vingança contra aqueles que o processaram nos últimos quatro anos.
“Matt irá acabar com uso político do governo, proteger nossas fronteiras, desmantelar organizações criminosas e restaurar a fé e confiança dos americanos na Justiça, que foram severamente abaladas”, disse Trump em um comunicado, no último dia 13.
Durante o primeiro mandato, Trump ficou furioso com o que chamou de Departamento de Justiça “obstrucionista”, incluindo os procuradores-gerais Jeff Sessions e Bill Barr.
Sessions foi responsável por autorizar uma investigação sobre supostos contatos entre a campanha presidencial de Trump em 2016 e a Rússia. Já Barr rejeitou as alegações de fraude nas eleições de 2020.
Para o novo mandato, Trump estava buscando alguém em que pudesse confiar. Gaetz é um dos maiores devotos do presidente eleito.
Dentro do Partido Republicano, Gaetz é considerado polêmico e traidor. Isso porque ele conseguiu derrubar o presidente da Câmara dos Estados Unidos, em 2023. O líder na época era Kevin McCarthy, considerado um republicano moderado.
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Postado em: 15:04
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