Eleitores vão às urnas na próxima terça (5). Kamala Harris (Partido Democrata) e Donald Trump (Partido Republicano) disputam a Presidência dos Estados Unidos. Eleitores em Minnesota votam de forma antecipada em 20 de setembro
AP Photo/Adam Bettcher
No dia 5 de novembro, os americanos vão às urnas decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos: o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harris. O vencedor assumirá o cargo em 20 de janeiro de 2025.
Assim como no Brasil, as eleições para presidente acontecem a quatro anos. No entanto, ao contrário daqui, o processo de contagem de votos é longo e complexo. A expectativa é que os resultados sejam divulgados somente alguns dias após as eleições. Como boa parte dos estados norte-americanos adota votações em cédulas de papel, a apuração costuma demorar bem mais.
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👉 Para começar, o sistema político dos EUA é dominado por dois grandes partidos: Democrata e Republicano. As siglas menores até podem concorrer, mas não costumam ter força nem dinheiro para se manter na corrida eleitoral. Além disso, o pleito tem apenas um turno, mesmo que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos.
O que é a votação indireta?
O presidente dos Estados Unidos não é eleito diretamente pelo voto da população. Quem o elege é, na verdade, um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados. Na prática, porém, o Colégio Eleitoral apenas valida a escolha dos milhões de eleitores.
🗳️ O que são delegados?
No sistema político eleitoral americano, os delegados são representantes que votam em nome dos eleitores em cada estado da federação.
Para vencer a eleição é necessário conquistar 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Cada estado tem um número específico de delegados, que varia de acordo com a população e o total de representantes no Congresso — os estados mais populosos tendem a ter mais delegados.
O candidato mais votado pela população de um estado leva todos os delegados da área, mesmo que vença por apenas um voto de diferença.
🗽 Voto facultativo
Nos Estados Unidos, o voto é facultativo para americanos com 18 anos ou mais. Na disputa presidencial entre Joe Biden e Donald Trump em 2020, por exemplo, cerca de 62,8% da população participou do pleito (o equivalente a mais de 158 milhões de pessoas).
Pela lei americana, as eleições são sempre realizadas na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira do mês de novembro – que, neste ano, será no dia 5 de novembro.
O dia da votação não é considerado feriado. Como forma de incentivar a participação da população, em alguns estados, as urnas são abertas semanas antes para que os eleitores já consigam votar. Também é possível, dependendo do lugar, votar pelo correio.
Primárias e caucus
Diferentemente de como acontece no Brasil, os candidatos à Presidência dos EUA não são escolhidos pelos partidos. Por isso, existem dois tipos de votação prévias que definem os candidatos de cada partido: primárias e caucus. É neste momento que os políticos fazem campanha e debatem propostas para disputar votos.
➡️ Primárias: os eleitores vão ao local de votação e escolhem o seu candidato de forma secreta, por meio de uma cédula depositada na urna.
➡️ Caucus: o eleitor se reúne em uma espécie de assembleia e o voto normalmente é público.
Tanto nas primárias quanto no caucus, a disputa acontece entre candidatos do mesmo partido que competem entre si. O vencedor dessa etapa é quem efetivamente concorrerá na eleição presidencial realizada em novembro.
Nem sempre quem ‘ganha’ leva
No sistema do Colégio Eleitoral, o candidato que for o mais votado de um estado leva todos os delegados da área. Isso vale mesmo que ele vença por apenas um voto de diferença.
Desta forma, pode acontecer que um candidato tenha a maioria dos votos populares a partir do ponto de vista nacional, mas, na soma do Colégio Eleitoral, seja derrotado.
Em 2016, por exemplo, a candidata democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais do que o republicano Donald Trump na soma nacional. No entanto, ela conquistou apenas 232 delegados, enquanto Trump teve 306.
Isso aconteceu porque Hillary venceu com ampla vantagem em estados populosos, como a Califórnia e Nova York. Já Trump ganhou em estados-chave por uma margem de votos pequena e, na soma de todos os delegados da região, se saiu melhor.
Como funcionam as eleições nos Estados Unidos
arte/g1
AP Photo/Adam Bettcher
No dia 5 de novembro, os americanos vão às urnas decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos: o republicano Donald Trump ou a democrata Kamala Harris. O vencedor assumirá o cargo em 20 de janeiro de 2025.
Assim como no Brasil, as eleições para presidente acontecem a quatro anos. No entanto, ao contrário daqui, o processo de contagem de votos é longo e complexo. A expectativa é que os resultados sejam divulgados somente alguns dias após as eleições. Como boa parte dos estados norte-americanos adota votações em cédulas de papel, a apuração costuma demorar bem mais.
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👉 Para começar, o sistema político dos EUA é dominado por dois grandes partidos: Democrata e Republicano. As siglas menores até podem concorrer, mas não costumam ter força nem dinheiro para se manter na corrida eleitoral. Além disso, o pleito tem apenas um turno, mesmo que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos.
O que é a votação indireta?
O presidente dos Estados Unidos não é eleito diretamente pelo voto da população. Quem o elege é, na verdade, um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados. Na prática, porém, o Colégio Eleitoral apenas valida a escolha dos milhões de eleitores.
🗳️ O que são delegados?
No sistema político eleitoral americano, os delegados são representantes que votam em nome dos eleitores em cada estado da federação.
Para vencer a eleição é necessário conquistar 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Cada estado tem um número específico de delegados, que varia de acordo com a população e o total de representantes no Congresso — os estados mais populosos tendem a ter mais delegados.
O candidato mais votado pela população de um estado leva todos os delegados da área, mesmo que vença por apenas um voto de diferença.
🗽 Voto facultativo
Nos Estados Unidos, o voto é facultativo para americanos com 18 anos ou mais. Na disputa presidencial entre Joe Biden e Donald Trump em 2020, por exemplo, cerca de 62,8% da população participou do pleito (o equivalente a mais de 158 milhões de pessoas).
Pela lei americana, as eleições são sempre realizadas na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira do mês de novembro – que, neste ano, será no dia 5 de novembro.
O dia da votação não é considerado feriado. Como forma de incentivar a participação da população, em alguns estados, as urnas são abertas semanas antes para que os eleitores já consigam votar. Também é possível, dependendo do lugar, votar pelo correio.
Primárias e caucus
Diferentemente de como acontece no Brasil, os candidatos à Presidência dos EUA não são escolhidos pelos partidos. Por isso, existem dois tipos de votação prévias que definem os candidatos de cada partido: primárias e caucus. É neste momento que os políticos fazem campanha e debatem propostas para disputar votos.
➡️ Primárias: os eleitores vão ao local de votação e escolhem o seu candidato de forma secreta, por meio de uma cédula depositada na urna.
➡️ Caucus: o eleitor se reúne em uma espécie de assembleia e o voto normalmente é público.
Tanto nas primárias quanto no caucus, a disputa acontece entre candidatos do mesmo partido que competem entre si. O vencedor dessa etapa é quem efetivamente concorrerá na eleição presidencial realizada em novembro.
Nem sempre quem ‘ganha’ leva
No sistema do Colégio Eleitoral, o candidato que for o mais votado de um estado leva todos os delegados da área. Isso vale mesmo que ele vença por apenas um voto de diferença.
Desta forma, pode acontecer que um candidato tenha a maioria dos votos populares a partir do ponto de vista nacional, mas, na soma do Colégio Eleitoral, seja derrotado.
Em 2016, por exemplo, a candidata democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais do que o republicano Donald Trump na soma nacional. No entanto, ela conquistou apenas 232 delegados, enquanto Trump teve 306.
Isso aconteceu porque Hillary venceu com ampla vantagem em estados populosos, como a Califórnia e Nova York. Já Trump ganhou em estados-chave por uma margem de votos pequena e, na soma de todos os delegados da região, se saiu melhor.
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Postado em: 01:05