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Internacional

Como foi operação de 6 dias até encontrar o suspeito pela morte de CEO em Nova York

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Para especialista, formação em tecnologia pode ter ajudado o suspeito a escapar da polícia por quase uma semana — embora ele também tenha cometido erros elementares. Ao comparecer a tribunal nesta terça-feira (10/12), Luigi Mangione demonstrou raiva e teve rápido atrito com guardas.
Reuters via BBC
Não foi o DNA ou a tecnologia de reconhecimento facial que desvendou o caso. Nem os detetives amadores na internet fizeram a descoberta.
No final, foi um funcionário do McDonald’s, a horas de distância da cena do crime, que avistou um homem que parecia com a imagem de um suspeito pelo assassinato do CEO (diretor-executivo) da UnitedHealth Care, Brian Thompson, em Nova York.
O suspeito teve o cuidado de usar uma máscara enquanto andava pela cidade de Nova York, onde ocorreu o assassinato, mas a abaixou por um segundo para flertar com uma mulher em um albergue e novamente para comer no McDonald’s.
Isso pode ter sido o suficiente.
A polícia de Altoona, Pensilvânia, invadiu a lanchonete e prendeu Luigi Mangione, um jovem de 26 anos de uma família rica da região de Baltimore que estudou em uma escola particular e em uma universidade da Ivy League (grupo das universidades de mais prestígio dos EUA).
Após seis dias dramáticos, a busca pelo suspeito de matar Brian Thompson acabou.
Ligação vinda do McDonald’s
Funcionário do McDonald’s acionou polícia ao ver homem semelhante a imagem de suspeito pela morte de CEO.
Reuters via BBC
Segundo contou um cliente frequente do McDonald’s em Altoona, na manhã de segunda-feira (09/12), um de seus amigos viu Mangione entrando na lanchonete e comentou: “Ali aquele atirador de Nova York”.
“Achei que ele estava brincando”, contou o cliente.
A polícia foi chamada por um funcionário. Quando os policiais abordaram Mangione pela primeira vez e perguntaram se ele esteva em Nova York, o suspeito ficou “visivelmente nervoso, meio tremendo”, segundo relato do vice-chefe de polícia de Altoona, Derick Swope.
Enquanto era levado para uma audiência no tribunal nesta terça-feira (10/12), Mangione gritou em direção a repórteres as palavras “completamente injusto” e “insulto à inteligência do povo americano”.
Ele agora enfrenta acusações de assassinato em segundo grau, além de crimes relativos a armas.
A polícia de Nova York diz que o suspeito chegou à cidade em 24 de novembro, na movimentada preparação para o feriado de Ação de Graças. Ele visitou o Hotel Hilton, onde o assassinato aconteceria mais tarde.
Seu encontro com um funcionário do albergue onde ele se hospedou foi capturado por uma câmera.
Dez dias depois, em 4 de dezembro, Thompson foi morto a tiros a caminho de uma reunião, por volta das 6h45 no horário local.
O suspeito fugiu a pé, de bicicleta e de táxi para uma estação de ônibus perto da Ponte George Washington. De lá, saiu da cidade.
Desde o início da investigação, o assassinato foi tratado como um ataque direcionado. Vídeos mostram o assassino ignorando pedestres na movimentada calçada de Manhattan e mirando em Thompson.
Os cartuchos de bala usados no crime tinham palavras inscritas — acredita-se que referências a práticas da indústria de seguros: “negar”, “defender” e “destituir”.
Veja principais momentos em que Luigi Mangione foi capturado por câmeras de segurança.
BBC
Fuga da polícia por seis dias
A prisão de segunda-feira encerrou seis dias dramáticos em que o suposto assassino parecia desaparecer, deixando poucas pistas para trás.
Ele não só conseguiu deixar uma das cidades mais movimentadas do mundo usando transporte público, como antes de segunda-feira seu nome não era conhecido publicamente.
Também não está claro exatamente onde ele estava se escondendo nos dias após deixar Nova York.
Juliette Kayyem, ex-secretária assistente do Departamento de Segurança Interna dos EUA, disse ao programa Today, da BBC Radio 4, que a formação de Mangione em tecnologia pode tê-lo ajudado a escapar da polícia por quase uma semana.
“Era alguém que estava estudando como a polícia e como essas cidades tentam se proteger, que é basicamente ter muitas câmeras por perto”, disse ela.
“Agora que sabemos um pouco sobre ele — que é uma pessoa inteligente, estudou em ótimas escolas, tinha diplomas superiores, estudou tecnologia, gostava de apetrechos eletrônicos… —, algumas coisas estão começando a fazer sentido”, disse Kayyem.
O suspeito também usava uma máscara facial quase constantemente e foi encontrado com uma carteira de motorista falsa, além de uma “arma fantasma” não rastreável — uma arma de fogo que pode ser montada em casa e que, segundo a polícia, pode ter sido impressa em 3D.
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De acordo com as autoridades, Mangione usou dinheiro vivo para compras em Nova York e fugiu da cena do crime para o Central Park, onde há poucas câmeras.
Mas ele também pareceu cometer alguns erros elementares — como revelar rapidamente seu rosto no albergue e segurar a arma e o documento de identidade falso.
A família do suspeito divulgou uma declaração na segunda-feira à noite por meio do primo de Mangione, um parlamentar do Estado de Maryland.
“Nossa família está chocada e devastada pela prisão de Luigi”, disse Nino Mangione.
“Oferecemos orações à família de Brian Thompson e pedimos que as pessoas orem por todos os envolvidos.”
Tudo dando certo para Mangione — até o ‘desaparecimento’
Mangione vem de uma família grande e rica em Baltimore, Maryland, com negócios envolvendo casas de repouso, mercado imobiliário, um clube de campo e uma estação de rádio, de acordo com o jornal local Baltimore Banner.
Ele frequentou a Gilman School, uma escola particular só para homens, onde se formou como orador da turma — um destaque em sua classe.
Um antigo colega dele, Freddie Leatherbury, disse à agência de notícias Associated Press que Mangione veio de uma família rica, mesmo para os padrões daquela escola particular.
“Sinceramente, ele tinha tudo a seu favor”, disse Leatherbury.
Mangione foi para a Universidade da Pensilvânia. Lá, recebeu diplomas de bacharel e mestre em ciência da computação e fundou um clube de desenvolvimento de videogames.
Um amigo que frequentou a universidade na mesma época descreveu Mangione como uma “pessoa supernormal” e “inteligente”.
Ele trabalhou como engenheiro de dados e desenvolvedor de videogames e, mais recentemente, estava morando no Havaí.
Postagens nas redes sociais mostram que amigos e familiares tentaram contatá-lo recentemente e perguntaram sobre seu paradeiro.
Em uma postagem na rede social X em outubro, uma pessoa enviou mensagem para Mangione dizendo: “Ei, você está bem? Ninguém ouve falar de você há meses e parece que sua família está procurando por você.”
Luigi Mangione teve uma educação e origem familiar privilegiada.
Reprodução/Instagram via BBC
Pistas de manifesto e resenhas de livros
O rastro digital de Mangione mostra poucas mensagens sobre assistência médica ou sobre o setor de seguros.
Em vez disso, há comentários sobre inteligência artificial e tecnologia, ciência e filosofia pop, e resenhas de uma série de livros, incluindo 1984 e a série Harry Potter.
Mas uma série de contas em redes sociais que correspondem ao seu nome e rosto dão algumas possíveis pistas sobre a motivação para o crime.
RJ Martin, um ex-colega de quarto de Mangione no Havaí, disse que o suspeito tinha uma lesão nas costas, mas “nunca” reclamou sobre isso.
“Sua lesão nas costas o impedia, às vezes, de fazer muitas coisas normais”, disse Martin.
Uma imagem no plano de fundo da conta de Mangione no X mostra um exame de coluna.
Martin, que posteriormente perdeu o contato com Mangione, disse que, antes das notícias sobre o antigo amigo, seria difícil imaginá-lo machucando outra pessoa.
Redes sociais de Mangione não trazem muitas referências diretas ao sistema de saúde.
Reprodução/X
Uma pessoa com o nome e a foto dele tinha uma conta no Goodreads, um site de resenhas de livros.
Mangione teria lido dois livros sobre dor nas costas em 2022, sendo um deles chamado Crooked: Outwitting the Back Pain Industry (“Tortos: Superando a indústria da dor nas costas”, em tradução livre).
Ele também deu quatro estrelas para um texto chamado Industrial Society and Its Future (“Sociedade Industrial e Seu Futuro”), de Theodore Kaczynski — também conhecido como o “Manifesto Unabomber”.
O documento critica a vida moderna e afirma que a tecnologia estava levando os americanos a sofrer de uma sensação de alienação e impotência.
A partir de 1978, Kaczynski iniciou uma série de atentados que matou três pessoas e feriu dezenas, até ser preso em 1996.
Em sua resenha, Mangione reconheceu que Kaczynski era um indivíduo violento que matou pessoas inocentes, mas argumentou que o livro não deveria ser descartado como o manifesto de um lunático, mas sim como o trabalho de um revolucionário político extremo.
Segundo a polícia, quando o suspeito pela morte do CEO foi preso, ele tinha consigo um documento manuscrito de três páginas que mostrava uma “aversão” às empresas americanas.
Um funcionário de alto escalão disse ao jornal The New York Times que o documento dizia: “Esses parasitas mereceram” e “Peço desculpas por qualquer conflito e trauma, mas era algo que tinha que ser feito”.
Solidariedade com vítima — e com suspeito
A UnitedHealth tem sido alvo de protestos de pessoas que tiveram seus pedidos por atendimento negados.
Getty Images via BBC
Enquanto isso, as reações mistas ao assassinato e à prisão de Mangione continuam — variando da condolência por Thompson e sua família versus raiva pela situação do caro e extremamente complicado sistema de saúde dos Estados Unidos.
Na internet, o crime provocou algumas críticas à indústria de seguros de saúde, e Mangione foi até aclamado como herói.
A polícia de Altoona disse ter recebido centenas de e-mails e ligações, incluindo ameaças de morte.
Algumas pessoas teriam ligado apoiando Mangione, alegando que a polícia é parte do grupo de verdadeiros culpados.
Enquanto isso, a polícia aconselhou funcionários do McDonald’s a não darem entrevistas ou declarações, por preocupação com a segurança deles.
A lanchonete recebeu centenas de avaliações negativas na internet, com funcionários sendo chamados de “ratos” devido a um deles ter chamado a polícia.
Mas outros condenaram tais opiniões.
“Na América, não matamos pessoas a sangue frio para resolver diferenças políticas ou expressar um ponto de vista”, disse o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, a repórteres.
“Eu entendo que as pessoas têm uma frustração real com nosso sistema de saúde… Mas eu não tenho tolerância, nem ninguém deveria, com um homem usando uma arma fantasma ilegal para assassinar alguém porque ele acha que sua opinião importa mais.”
“Em alguns cantos sombrios, esse assassino está sendo aclamado como um herói. Ouça-me: ele não é um herói”, defendeu Shapiro.
Com reportagem adicional de Cai Pigliucci, Jessica Parker e Madeline Halpert

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Postado em: 07:00

Internacional

Presidente da Coreia do Sul sobe o tom, questiona sistema eleitoral e descarta renúncia

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Yoon Suk Yeol disse que eleições legislativas de abril podem ter sido hackeadas pela Coreia do Norte. Presidente está sendo criminalmente investigado por insurreição. Yoon Suk Yeol foi salvo do impeachment porque integrantes de seus partidos boicotaram votação no parlamento
Presidência da Coreia do Sul/Yonhap via AP
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol , subiu o tom contra os deputados da Assembleia Nacional durante um discurso na televisão na manhã de quinta-feira (12), pelo horário local. O líder sul-coreano sugeriu que as eleições legislativas do país foram hackeadas pela Coreia do Norte e descartou renunciar ao cargo.
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Yoon está no centro de uma crise política, que se agravou após ele ter decretado uma lei marcial para restringir direitos civis no dia 3 de dezembro. A medida também visava fechar a Assembleia Nacional, mas acabou fracassando e rejeitada pelos próprios deputados.
O decreto de lei marcial rendeu ao presidente uma moção de impeachment, que não avançou entre os parlamentares. Ele também foi alvo de uma operação policial que fez buscas no gabinete dele. Além disso, o ex-ministro da Defesa, que teria sido o mentor da medida, foi preso.
No pronunciamento desta quinta-feira, Yoon acusou a oposição de tentar tirá-lo do cargo e afirmou que decretou a lei marcial para preservar o país de uma “ditadura parlamentar de oposição”.
Atualmente, o presidente está sendo investigado criminalmente por insurreição. Durante o pronunciamento, Yoon negou que estivesse tentando destruir a Constituição da Coreia do Sul.
“Lutarei até o fim para impedir que as forças e os grupos criminais responsáveis por paralisar o governo e alterar a ordem constitucional do país ameacem o futuro da República da Coreia”, afirmou
“Vou enfrentar impeachment, investigações e o que mais vier.”
O presidente também afirmou que determinou ao ministro da Defesa que faça uma inspeção no sistema da Comissão Eleitoral. Yoon disse que um dos motivos que levaram ao decreto da lei marcial na semana passada era a necessidade de uma investigação contra o órgão responsável pela eleição.
Yoon disse que a Comissão Eleitoral foi hackeada pela Coreia do Norte no ano passado e que o órgão, que é independente, recusou-se a cooperar numa investigação e inspeção do sistema para salvaguardar a integridade.
O presidente disse que a recusa da Comissão foi suficiente para levantar questões sobre a integridade das eleições legislativas de abril, quando a oposição venceu o pleito e ampliou o controle sobre a Assembleia Nacional.
Deste então, Yoon vem enfrentando dificuldades para aprovar projetos no parlamento, incluindo a proposta de orçamento para 2025.
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Mudança no tom
Presidente da Coreia do Sul faz pronunciamento antes de votação de impeachment
O pronunciamento de Yoon foi feito horas antes da oposição apresentar um novo pedido de impeachment contra o presidente. A fala também marca uma mudança de tom em comparação com a última declaração pública dele.
No sábado (7), Yoon foi à televisão para se desculpar sobre o decreto de lei marcial. Naquele dia, ele afirmou que tinha tomado a decisão de declarar a medida por causa de seu “desespero” como presidente.
“Estou muito arrependido e gostaria de pedir sinceras desculpas ao povo que ficou chocado”, disse.
Agora, Yoon tentou justificar a medida, afirmando que a lei marcial é um ato de governo que não está sujeito a revisão judicial.
A lei marcial
Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo
O presidente da Coreia do Sul pegou o país de surpresa ao anunciar que estava decretando uma lei marcial, no dia 3 de dezembro. A medida gerou uma série de reações negativas e protestos.
Ao anunciar a lei marcial, o presidente Yoon fez críticas à oposição. “Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”, disse.
O decreto veio em um contexto de baixa aprovação do presidente e de trocas de farpas com a Assembleia Nacional, que é controlada por deputados da oposição.
Veja a seguir um resumo do que aconteceu:
Com a aplicação da lei, todas as atividades políticas, incluindo manifestações, foram proibidas.
O acesso à Assembleia Nacional foi fechado, e forças especiais da polícia foram enviadas para conter manifestantes. A imprensa também passou a ser controlada pelo governo.
A oposição acusou o presidente de estar usando o conflito com a Coreia do Norte para controlar a Assembleia Nacional. Atualmente, a grande maioria dos parlamentares se opõe ao governo de Yoon.
Mesmo com a Assembleia fechada, os deputados conseguiram entrar no edifício e fizeram uma sessão de emergência na qual declararam a lei marcial inválida.
A medida do presidente também causou reações negativas dentro do próprio governo.
Milhares de sul-coreanos foram às ruas para uma manifestação contra a medida.
Yoon anunciou que iria revogar a lei após a votação dos deputados.
Dias depois, o presidente acabou sendo alvo de um pedido de impeachment, que foi rejeitado na Assembleia Nacional.
Na terça-feira (10), o gabinete do presidente foi alvo de uma operação policial sobre a lei marcial. Yoon passou a ser investigado criminalmente por insurreição. Já o ex-ministro da Defesa, apontando como mentor do decreto, foi preso.
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Postado em: 23:04

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Internacional

Deputada argentina propõe projeto de lei para declarar vaso sanitário como ‘lugar para a paz’

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Legisladora da Câmara da Província de Buenos Aires protocolou o projeto com base no ‘Dia Mundial do Banheiro’, que foi instituído pela ONU. Proposta repercutiu mal e foi barrada. Deputada argentina propõe projeto para declarar vaso sanitário ‘lugar para paz’
Uma deputada da Argentina apresentou um projeto de lei com o objetivo de declarar o vaso sanitário como um “lugar para a paz”. A proposta foi repercutida pela imprensa local nesta quarta-feira (11).
O projeto foi protocolado na Câmara da Província de Buenos Aires, que é a maior da Argentina. No entanto, segundo o jornal “Clarín”, a proposta não deve chegar a ser debatida por causa da repercussão negativa.
De acordo com a imprensa argentina, a ideia da deputada Viviana Guzzo seria acompanhar o “Dia Mundial do Banheiro”, que foi instituído pela ONU. A data, celebrada no dia 19 de novembro, serve para conscientizar os governos sobre os problemas globais que envolve o saneamento.
Ao defender o projeto, a deputada argentina justificou que o banheiro é um “espaço essencial, no centro das nossas vidas, que deve ser seguro e não representar um risco”. Ela também elencou três linhas de ação para se comemorar o Dia Mundial do Banheiro:
O vaso sanitário é um lugar para paz.
O vaso sanitário é um lugar de proteção.
O vaso sanitário é um lugar para o progresso.
Segundo o site de notícias Infobae, Viviana Guzzo justificou ainda que o banheiro é um direito humano e que todos deveriam ter acesso a um local privado, higiêncio e ligado de forma adequada ao sistema de saneamento.
A deputada afirmou também que as mulheres são as mais afetadas pela falta de saneamento adequado, “o que prejudica a capacidade de estudar, trabalhar e viver com dignidade”.
O projeto foi barrado antes mesmo de chegar às comissões da Câmara. Por este motivo, não será debatido em plenário.
Vaso sanitário
mrsiraphol/Freepik

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Postado em: 22:04

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Assembleia Geral da ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza; Israel mata 33 em bombardeios

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Resolução de valor simbólico foi apoiada por ampla maioria nesta quarta-feira (11), mas rejeitada pelos EUA e Israel. Ataques foram registrados durante a madrugada e a manhã. Ataque israelense em escola usada como abrigo em Gaza
Reuters
A Assembleia Geral da ONU exigiu, nesta quarta-feira (11), por ampla maioria, um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, em uma resolução de valor simbólico que foi rejeitada tanto por Israel quanto pelos Estados Unidos, informou a Agência France-Presse (AFP).
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A resolução, que obteve 158 votos a favor, nove contra e 13 abstenções, também pediu “a liberação imediata e incondicional de todos os reféns”, em uma redação semelhante à que foi bloqueada no Conselho de Segurança no final de novembro por um veto dos Estados Unidos.
Durante a madrugada e a manhã de quarta-feira, 33 pessoas, incluindo crianças, foram mortas em ataques israelenses no território palestino, de acordo com a agência Associated Press (AP). Um dos bombardeios destruiu uma casa onde pessoas deslocadas estavam abrigadas.
Em relação ao cessar-fogo, Washington defende que deve ser condicionado à liberação de todos os reféns em Gaza, argumentando que, caso contrário, o Hamas não teria nenhum incentivo para libertá-los.
O embaixador adjunto dos Estados Unidos, Robert Wood, reiterou a posição de seu país na quarta-feira, dizendo que seria “vergonhoso e errado” adotar o projeto.
Antes da votação, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que as resoluções discutidas nesta quarta-feira “superam toda lógica”.
“O voto de hoje não é a favor da compaixão, mas a favor da cumplicidade”, afirmou Danon.
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A Assembleia Geral tem adotado com frequência resoluções que não conseguem ser aprovadas no Conselho de Segurança, que está praticamente paralisado em questões sensíveis, como Gaza e Ucrânia. E desta vez não foi diferente.
O texto aprovado nesta quarta-feira, não vinculante, também exige “acesso imediato” a uma ampla ajuda humanitária para os cidadãos de Gaza, que sofrem por mais de um ano de guerra com Israel, especialmente na sitiada região norte daquele território.
Dezenas de representantes dos Estados membros se dirigiram à Assembleia antes da votação, em apoio aos palestinos.
“Gaza já não existe. Está destruída”, afirmou o representante da Eslovênia, Samuel Zbogar. “A história é o crítico mais duro da inação”, destacou.
O embaixador adjunto da Argélia na ONU, Nacim Gaouaoui, ecoou essas críticas. “O preço do silêncio e do fracasso diante da tragédia palestina é muito alto, e será mais pesado amanhã”, afirmou.
A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque inédito do grupo Hamas, que resultou na morte de 1.208 pessoas, a maior parte civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em números oficiais. Esse número inclui os reféns que morreram ou foram assassinados durante o cativeiro em Gaza.
Durante o ataque, os membros do Hamas também sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares afirmam terem morrido.
As operações militares de represália israelenses em Gaza mataram pelo menos 44.786 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza e considerados confiáveis pela ONU.

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Postado em: 21:06

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