Internacional
Colégio Eleitoral: entenda por que nem sempre o candidato mais votado pelo povo é eleito presidente dos EUA
Carlos Osorio/Pool via Reuters
Nem sempre o candidato mais votado pela população na eleição presidencial dos Estados Unidos é quem ganha o pleito. O país adota o sistema de voto indireto, em que o Colégio Eleitoral é quem, de fato, escolhe o novo presidente.
Cada um dos 50 estados e o Distrito de Colúmbia (onde fica a capital federal, Washington) tem um número de delegados no Colégio Eleitoral, que é relativo à quantidade de habitantes. Ou seja, quanto mais populoso um estado, mais delegados terá.
Ao todo, são 538 delegados e, para ser eleito, o candidato vencedor precisa conseguir o voto de pelo menos 270.
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Isso não significa que o voto popular, vindo dos eleitores, não tenha importância. Os delegados vão tomar suas decisões com base nos resultados da votação do dia 5 de novembro. Alguns estados fazem a votação antecipada por correio ou presencial, entre eles, a Geórgia.
👉 Em geral, o Colégio Eleitoral tende a refletir o resultado das urnas e elege o mesmo candidato votado pelo povo. No entanto, nem sempre isso acontece.
Na história recente, dois candidatos foram os mais votados pelo povo, mas acabaram derrotados no Colégio Eleitoral: Al Gore, em 2000, e Hillary Clinton, em 2016.
Além disso, tem vantagem o candidato que vencer nos estados que possuem o maior número de delegados, uma vez que o mais votado em um estado leva todos os delegados da área, mesmo que ganhe por apenas um voto.
Em vigor há mais de 200 anos, o objetivo desse modelo é equilibrar a votação entre os 50 estados norte-americanos.
Nesta reportagem você vai entender:
Por que nem sempre quem “ganha” leva?
Quantos delegados tem cada estado?
Como surgiu o Colégio Eleitoral?
Os delegados são obrigados a votar?
O que acontece se não houver maioria?
1. Por que nem sempre quem ‘ganha’ leva?
No sistema do Colégio Eleitoral, o candidato que for o mais votado pela população de um estado leva todos os delegados daquele estado. Isso vale mesmo que ele vença por apenas um voto de diferença.
Desta forma, pode acontecer que um candidato tenha a maioria dos votos populares a partir do ponto de vista nacional. Mas, na soma dos votos do Colégio Eleitoral, seja derrotado.
Em 2016, por exemplo, a então candidata democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais do que o republicano Donald Trump na soma nacional. No entanto, ela conquistou apenas 232 delegados, enquanto Trump teve 306.
Isso aconteceu porque Hillary venceu com ampla vantagem em estados populosos, como a Califórnia e Nova York. Já Trump venceu em estados-chave por uma margem de votos pequena.
No entanto, como o mais votado de um estado leva todos os delegados da região, Trump se saiu melhor.
Hillary Clinton e Donald Trump se enfrentaram na eleição presidencial de 2016
Rick Wilking/Reuters
Já em 2000, o democrata Al Gore teve 500 mil votos a mais que o republicano George W. Bush somando os votos populares no âmbito nacional. No entanto, ele conquistou 266 delegados, enquanto Bush teve 271.
Neste caso, o que pesou foi a votação extremamente acirrada na Flórida. Bush venceu no estado com uma vantagem pequena, de cerca de 500 votos.
Naquele ano, alguns condados da Flórida usaram um tipo de cédula chamada borboleta. Esse modelo tinha uma diagramação confusa, que fez com que alguns eleitores votassem no candidato errado.
O Partido Democrata entrou com uma ação na Suprema Corte exigindo uma recontagem dos votos. No entanto, os juízes decidiram que o resultado deveria permanecer como estava.
2. Quantos delegados tem cada estado?
Atualmente, o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos é composto por 538 delegados. Cada estado possui um número de representantes diferente, que varia de acordo com o tamanho da população e do número de parlamentares na Câmara e no Senado.
Resumidamente, estados mais populosos tendem a ter mais delegados. Já os menores não têm um peso tão grande, mas ainda podem ser decisivos.
Confira o número de delegados por estado no mapa abaixo:
Além dos estados que aparecem no mapa, o Colégio Eleitoral tem outros 3 delegados que representam o Distrito de Colúmbia.
Já em relação aos estados de Nebraska e Maine, ambos possuem um sistema diferente de delegados:
No caso de Nebraska, são três distritos — cada um com 1 delegado. Além disso, o estado tem dois delegados adicionais que representam a escolha do voto popular em toda a área. Sendo assim, o estado tem um total de 5 delegados.
Já no Maine existem dois distritos, com um delegado cada. Outros dois delegados são escolhidos com base na votação popular do estado todo. Desta forma, o Maine tem um total de 4 delegados.
3. Os delegados são obrigados a seguir o voto popular?
Em muitos estados, os delegados que representam aquela região são obrigados a votar no Colégio Eleitoral de acordo com o resultado da votação popular. Enquanto isso, outras regiões não possuem uma obrigatoriedade expressa.
O papel do Colégio Eleitoral, que se reúne só dezembro para votar, é, em tese, apenas para confirmar o resultado das urnas de novembro.
No passado, porém, alguns delegados se recusaram a seguir o voto popular e escolheram um candidato diferente do que havia vencido no estado. Esses delegados são chamados de “infiéis”.
Ainda assim, um movimento do tipo é muito raro e dificilmente alteraria o resultado final da eleição.
4. O que acontece se não houver maioria?
Existe a possibilidade de que nenhum candidato conquiste a maioria dos 538 delegados. Atualmente, esse cenário é praticamente improvável, mas não impossível. Há uma pequena chance de que Kamala Harris e Donald Trump terminem as eleições com 269 delegados cada.
Nesse caso, seria acionada a 12ª Emenda da Constituição, e a eleição seria decidida pela Câmara dos Representantes. Neste cenário, cada estado teria direito a um voto, independentemente do tamanho.
Ao fim, o candidato que tivesse a maioria dos votos na Câmara seria eleito. Enquanto isso, o Senado seria responsável por eleger o vice-presidente.
Como os Estados Unidos possuem 50 estados, ainda haveria hipótese de um novo empate em relação aos votos dos deputados. Neste cenário, as negociações e votações continuariam até o fim do impasse. Um presidente interino poderia ser nomeado caso a situação não fosse resolvida até o dia marcado para a posse.
Essa situação aconteceu apenas em 1824, quando nenhum dos quatro candidatos que disputou as eleições conquistou a maioria absoluta dos delegados.
5. Como surgiu o Colégio Eleitoral?
O sistema do Colégio Eleitoral surgiu ainda no século 18, quando a Constituição dos Estados Unidos estava em elaboração. Naquele momento, o país ainda estava sendo povoado em algumas áreas, enquanto outras localidades eram mais desenvolvidas.
Diante de um território tão grande e dos desafios da comunicação da época, fazer uma eleição nacional com voto popular seria praticamente impossível. Escolher um presidente apenas com base na opinião de autoridades que estavam na capital também estava fora do baralho.
Com isso, surgiu o Colégio Eleitoral. Delegados foram nomeados em cada estado para formar uma eleição representativa, que atendesse aos interesses de cada região do país.
Esse foi um modo de equilibrar o processo, garantindo que diferentes perspectivas e necessidades fossem consideradas. Os estados menores, por exemplo, ganharam poder de voz e certa igualdade frente aos maiores.
Como funcionam as eleições nos Estados Unidos
arte/g1
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Postado em: 02:02
Internacional
Hezbollah ataca cidade israelense com foguetes e deixa 11 feridos
Rami Amichay/Reuters
Um ataque a partir do Líbano deixou 11 pessoas feridas em uma cidade da região central de Israel neste sábado (2), informou a agência de notícias Reuters. A informação foi confirmada pelos serviços de emergência israelenses.
Segundo a agência, uma casa foi atingida no ataque. Os combates entre as forças de Israel e o grupo extremista Hezbollah escalaram nas últimas semanas. Conforme a Reuters, as esperanças por um cessar-fogo diminuíram nos últimos dias.
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“Saímos e vimos poeira, crianças gritando, mulheres gritando, e todos correram para a casa que foi atingida,” disse Qasim Mohab, um residente de Tira, onde o foguete caiu. “Conseguimos evacuar e resgatar aqueles que estavam dentro da casa, e graças a Deus não houve mortes.”
O serviço de ambulâncias de Israel informou que as 11 pessoas foram feridas por estilhaços. As sirenes de alerta continuaram soando no norte de Israel enquanto o fogo de foguetes do Líbano persistia, segundo o exército.
Também foram registrados bombardeios de Israel ao território do Líbano, mas não havia informações sobre vítimas até a última atualização desta reportagem.
Conflito
Na sexta-feira (1º), o Ministério da Saúde do Líbano anunciou que 52 pessoas foram mortas em ataques israelenses em mais de uma dezena de cidades na região de Baalbek, que possui ruínas romanas listadas pela Unesco.
Leia também:
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O Hezbollah, apoiado pelo Irã, começou a disparar foguetes contra Israel em apoio ao seu aliado palestino Hamas um dia após os ataques do grupo terrorista em Israel, em 7 de outubro de 2023. Na ocasião, 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 251 feitas reféns, segundo os registros israelenses.
Mais de 43 mil palestinos foram mortos desde o início da ofensiva israelense em Gaza, de acordo com o ministério da saúde do território administrado pelo Hamas, e pelo menos 2,8 mil pessoas foram mortas no Líbano, conforme atualização do ministério na sexta-feira.
Em Israel e em territórios ocupados pelo país, 71 pessoas foram mortas em ataques do Hezbollah, de acordo com as autoridades israelenses.
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Postado em: 05:04
Internacional
Como os astronautas da Nasa votam a bordo da Estação Espacial Internacional
NASA
👨🚀 A mais de 332 km de distância da Terra, os astronautas americanos da Nasa podem participar das eleições dos Estados Unidos diretamente da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês).
Graças a uma lei aprovada no estado do Texas em 1997, criou-se um procedimento técnico (entenda mais abaixo) que possibilita astronautas a votarem do espaço. De acordo com a NASA, há 27 anos, David Wolf foi o primeiro americano a votar em órbita a bordo da Estação Espacial Mir.
Assim como moradores de alguns estados podem votar pela internet ou via correio de forma antecipada, os astronautas também podem preencher um formulário de Cartão Postal Federal para solicitar voto ausente.
No dia 5 de março, a astronauta Jasmin Moghbeli postou uma foto em suas redes sociais compartilhando o momento do voto diretamente da ISS (imagem mais acima). Os astronautas em órbita mostram uma espécie de cabine com um papel escrito “cabine de votação ISS”. Na legenda da postagem, Moghbeli escreveu: “Estar no espaço não impediu que Loral O’Hara e eu votássemos. Vá votar hoje”.
A Nasa afirma que a participação dos astronautas no pleito a partir do espaço “não é apenas um fato histórico, mas também inspira muitas pessoas a se envolverem no processo eleitoral, independentemente das circunstâncias”.
Como é feita a votação em órbita
A votação é feita através do Programa de Comunicação e Navegação Espacial da NASA, e a agência garante que o processo de votação do ISS é segura e bem estruturada.
Como astronautas da NASA votam diretamente do espaço
Dhara Assis e Bianca Batista/ g1
🛰️ Etapas da votação:
Uma cédula-teste é enviada por e-mail para cada astronauta com uma senha exclusiva que permite o acesso ao sistema de votação. Depois de verificar se tudo funciona corretamente, eles recebem o documento eletrônico oficial.
A cédula é um arquivo criptografado que só pode ser aberto com a senha. Após a votação, o documento é enviado de volta à Terra por meio de um sistema de comunicação que usa satélites para transmitir dados da ISS para antenas no solo.
Assim que o voto é transmitido, ele é enviado ao Controle da Missão em Houston, no Texas, e, em seguida, ao secretário do condado apropriado para processamento.
Segundo a Nasa, a rede liga missões em um raio de 1,9 milhões de quilômetros da Terra com serviços de comunicações e navegação – incluindo a estação espacial.
A agência espacial diz que astronautas renunciam de muitos confortos ao embarcarem em viagens ao espaço. “Embora estejam longe de casa, as redes da NASA os conectam aos seus amigos e familiares e lhes dão a oportunidade de participar na democracia e na sociedade enquanto estão em órbita”.
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Postado em: 03:00
Internacional
Conheça a história de um homem que teve o sonho americano interrompido por causa do racismo
A viagem especial do Jornal Nacional pelos Estados Unidos desembarca em Detroit, no Michigan – um dos berços da cultura e da música negra no país. Uma cidade marcada pelo racismo, um tema que mobiliza os eleitores americanos. O Felipe Santana vai contar essa história nesta sexta-feira (1º).
O discurso mais famoso de Martin Luther King foi na capital, Washington, em que ele diz: “Eu tenho um sonho”. O sonho dele era que uma pessoa não fosse julgada pela cor da sua pele. Mas a primeira vez que ele proferiu esse discurso foi em Detroit, o grande centro do movimento pelos direitos civis.
Na época em que ele fez o discurso, um hotel poderia simplesmente não receber uma pessoa negra. Um restaurante poderia fechar as portas para uma pessoa negra. Um negro não podia entrar no mesmo banheiro que entrava um branco.
Depois de 246 de escravidão nos Estados Unidos, foram mais 100 anos de segregação racial legitimada pelo Estado, através de leis. Como as fotos dessa época são em preto e branco, parece que faz muito tempo. Mas não faz. Só acabou um ano depois do discurso de Martin Luther King, em 1964. Muita gente que conversou com a equipe do Jornal Nacional viveu essa época. E para muita gente, a segregação nos Estados Unidos nunca terminou. Como mostra o episódio desta sexta-feira (1º) da série “O Sonho Americano”.
O que você consegue fazer em 46 anos de vida? Foi o tempo que Richard Phillips ficou preso.
“De repente, você não vê mais seus filhos e sua mulher por quase meio século. É muito tempo”, diz.
Richard Phillips ficou preso injustamente por 46 anos
Jornal Nacional/ Reprodução
Ele foi preso por causa de um Mustang laranja. A história do crime a gente vai conhecer neste episódio da série “O Sonho Americano”.
Detroit, Michigan. Richard Phillips voltou com o Jornal Nacional ao bairro em que viveu quando criança. A casa não está mais ali.
“Minha mãe alugava um quarto em uma pensão. Mas a proprietária deixava meu irmão e eu dormirmos no sótão. Ela ganhava US$ 8 por dia. Era difícil sustentar dois filhos assim”, conta Richard.
Richard Phillips largou a escola antes de completar o ensino médio. Mas, enquanto estudava, descobriu que tinha um talento.
“Eu conseguia digitar 80 palavras por minuto”, lembra.
Foi assim que ele conseguiu o emprego na grande indústria de Detroit daquele tempo. Virou auxiliar administrativo em uma montadora de carros.
“Eles pagavam bem. Eu nunca pensei que eu, um menino do gueto, poderia viver com o dinheiro do meu trabalho”, diz.
Richard Phillips ficou preso injustamente por 46 anos
Jornal Nacional/ Reprodução
Richard Phillips casou, teve dois filhos e, aos 22 anos, gostava de festa. Era um momento em que Detroit fervia, alimentada com o dinheiro das montadoras de carro e o calor da luta pelos direitos civis.
O prédio que foi demolido em 2023 era um lugar histórico para Detroit, principalmente para a cultura negra americana. No andar de baixo, tinha um restaurante, um bar, uma pista de dança e um palco para shows. No andar de cima, quartos que você alugava por hora – um motel. Foi lá, no 20 Grand Motel, que os Estados Unidos viram nascer um dos maiores movimentos da música do século XX: Motown.
Temptations, Marvin Gaye, Stevie Wonder… Todas essas estrelas começaram tocando lá. Esses artistas depois ganharam a TV e viraram ícones do movimento civil contra o racismo. Mas, para Richard Phillips, a festa terminou ali, no 20 Grand Motel.
“Eu estava com um amigo que tinha roubado uma loja em um Mustang laranja. A polícia apareceu e me levou preso com ele”, conta.
Na delegacia, o dono da loja tinha que reconhecer o ladrão.
“Ele disse: ‘É o número quatro’. Adivinha quem era o número quatro? Eu. E eu nunca tinha visto aquele cara na minha vida”, afirma.
Richard sabia que não poderia entregar o amigo ou morreria na hora em que saísse dali. Mas nunca deixou de dizer que era inocente. Quando já cumpria a pena, o mesmo amigo botou a culpa nele por um assassinato que tinha cometido. Richard pegou prisão perpétua.
Na cadeia, trabalhava fazendo placas de carros para o Estado. Ganhava US$ 4 por dia, o suficiente apenas para comprar seus produtos de higiene.
Nos Estados Unidos, os presos trabalham, e muitas cadeias são privadas. Elas funcionam como negócios, em que os donos vendem o trabalho dos presos, pagando muito pouco. Isso foi legalizado pela 13ª Emenda da Constituição americana. A mesma que proíbe a escravidão. É porque ela diz assim:
“A escravidão e o trabalho involuntário estão proibidos, a não ser pelo pagamento de um crime”.
A probabilidade de um afro-americano ser preso é cinco vezes maior do que a de um branco nos Estados Unidos. E para oito a cada dez negros, o sonho americano simplesmente não existe. Porque, para eles, o sonho de igualdade – como dizia Martin Luther King – não se mostra no dia a dia. Por isso, também, a população negra é a que menos sai de casa para votar, já que o voto nos Estados Unidos não é obrigatório. Apenas 42% votaram nas últimas eleições para deputado e senador.
Nas últimas eleições presidenciais, em 2020, 92% dos eleitores negros votaram no candidato democrata Joe Biden. Foram essenciais para a vitória dele em estados importantes – como Geórgia, Pensilvânia e no Michigan.
Com uma candidata negra, o Partido Democrata pretende energizar esses eleitores. Muitos dizem que vão sair e votar por causa dela. Mas ela não tem tanto apoio quanto o primeiro presidente negro da história, Barack Obama. Porque alguns eleitores pensam que, por ser filha de imigrantes, não teve a experiência negra americana como tiveram George Floyd ou Richard Phillips – que viu 46 anos de vida passarem atrás das grades.
Na cadeia, Richard Phillips descobriu um novo talento: ele pintou tudo o que sentia lá dentro
Jornal Nacional/ Reprodução
Só que na cadeia, ele descobriu um novo talento: ele pintou tudo o que sentia lá dentro. Até que, em 2017, um grupo de defensores públicos resolveu investigar o caso dele e comprovaram o que ele vinha dizendo por 46 anos: que Richard Phillips não matou ninguém; que era inocente.
“Preferiria morrer na prisão a confessar um crime que não cometi”, afirma.
Richard Phillips ganhou uma indenização milionária do Estado e hoje vive da arte. Os 46 anos de vida não voltarão, mas Richard não se tornou amargo.
“Eu tento não viver no passado”, diz.
Ele se junta ao rol dos artistas negros americanos que, apesar de viverem diariamente o racismo, há décadas repetem a mensagem de esperança e de fé no futuro.
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