Lula embarca neste domingo para Kazan, na Rússia, para cúpula dos líderes do grupo. Reforma da chamada ‘governança global’ e desenvolvimento sustentável estão no foco dos debates no ano que vem. Presidente Lula em encontro de líderes do Brics, na África do Sul, em 2023
Ricardo Stuckert/Presidência da República
Seis anos após ter assumido pela última vez a presidência do Brics, o Brasil retomará o comando do grupo a partir de 1º de janeiro do ano que vem e tentará pautar a discussão sobre temas como a reforma da “governança global” e o desenvolvimento sustentável, também discutidos ao longo deste ano durante a presidência do G20.
Formado por dez países, entre os quais Brasil, Rússia, China, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, o Brics fará nesta semana a primeira reunião ampliada do bloco. O encontro acontecerá em Kazan, na Rússia, para onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (20).
Na reunião, conforme o Ministério das Relações Exteriores, os chefes de Estado deverão discutir temas como a entrada de “países parceiros”, a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.
A partir do ano que vem, sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira do grupo deverá pautar discussões sobre:
reforma das instituições de governança global;
promoção do multilateralismo;
combate à fome e à pobreza;
redução da desigualdade;
promoção do desenvolvimento sustentável.
Pelas regras de rotatividade, o Brasil deveria ter assumido a presidência do Brics neste ano. No entanto, como também assumiu a presidência do G20, que reúne as 20 principais economias do mundo, o país adiou em um ano o comando do Brics, e a Rússia o chefiou em 2024.
De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, o governo já decidiu que, no ano que vem, vai concentrar as ações relacionadas ao Brics no primeiro semestre.
Isso porque, no segundo semestre, o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).
Entrada de países ‘parceiros’
De acordo com o Itamaraty, o tema central da cúpula deste ano é a aprovação da criação da categoria de países “parceiros” do Brics. Pela norma vigente, o bloco conta somente com países efetivos.
No entanto, é comum organismos multilaterais terem diferentes categorias para seus membros. O Mercosul, do qual o Brasil faz parte, tem países membros e países associados, por exemplo.
No caso do Brics, segundo a diplomacia, há cerca de 30 países candidatos a “parceiros”, entre os quais estão Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argélia, Nigéria e Turquia.
Segundo Eduardo Saboia, num primeiro momento, os países do Brics deverão decidir quais critérios deverão ser adotados para que um país seja considerado “parceiro”. E, em um segundo momento, serão definidos os países que se encaixam nesses critérios.
Ricardo Stuckert/Presidência da República
Seis anos após ter assumido pela última vez a presidência do Brics, o Brasil retomará o comando do grupo a partir de 1º de janeiro do ano que vem e tentará pautar a discussão sobre temas como a reforma da “governança global” e o desenvolvimento sustentável, também discutidos ao longo deste ano durante a presidência do G20.
Formado por dez países, entre os quais Brasil, Rússia, China, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, o Brics fará nesta semana a primeira reunião ampliada do bloco. O encontro acontecerá em Kazan, na Rússia, para onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (20).
Na reunião, conforme o Ministério das Relações Exteriores, os chefes de Estado deverão discutir temas como a entrada de “países parceiros”, a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.
A partir do ano que vem, sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira do grupo deverá pautar discussões sobre:
reforma das instituições de governança global;
promoção do multilateralismo;
combate à fome e à pobreza;
redução da desigualdade;
promoção do desenvolvimento sustentável.
Pelas regras de rotatividade, o Brasil deveria ter assumido a presidência do Brics neste ano. No entanto, como também assumiu a presidência do G20, que reúne as 20 principais economias do mundo, o país adiou em um ano o comando do Brics, e a Rússia o chefiou em 2024.
De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, o governo já decidiu que, no ano que vem, vai concentrar as ações relacionadas ao Brics no primeiro semestre.
Isso porque, no segundo semestre, o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).
Entrada de países ‘parceiros’
De acordo com o Itamaraty, o tema central da cúpula deste ano é a aprovação da criação da categoria de países “parceiros” do Brics. Pela norma vigente, o bloco conta somente com países efetivos.
No entanto, é comum organismos multilaterais terem diferentes categorias para seus membros. O Mercosul, do qual o Brasil faz parte, tem países membros e países associados, por exemplo.
No caso do Brics, segundo a diplomacia, há cerca de 30 países candidatos a “parceiros”, entre os quais estão Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argélia, Nigéria e Turquia.
Segundo Eduardo Saboia, num primeiro momento, os países do Brics deverão decidir quais critérios deverão ser adotados para que um país seja considerado “parceiro”. E, em um segundo momento, serão definidos os países que se encaixam nesses critérios.
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Postado em: 01:04