Relatório menciona 15 ataques realizados em sete meses que mataram 334 civis, entre eles 141 crianças. Desde outubro de 2023, mais de 44 mil pessoas morreram no território palestino. Palestinos caminham por cidade destruída na região central da Faixa de Gaza, em 29 de novembro de 2024
REUTERS/Abd Elhkeem Khaled
A Anistia Internacional (AI) acusou Israel de genocídio contra os palestinos desde o início da guerra na Faixa de Gaza há 14 meses, em um relatório publicado na noite desta quarta-feira (4), pelo horário de Brasília. De acordo com a AI, o documento deveria “servir para chamar a atenção da comunidade internacional”.
A organização de defesa dos direitos humanos afirma ter chegado a essa conclusão baseando-se em “declarações de caráter genocida e desumanizantes do governo israelense”, assim como em imagens de satélite que documentam a destruição do território palestino e em investigações no terreno com os habitantes de Gaza, entre 7 de outubro de 2023 e julho de 2024.
“Mês após mês, Israel tem tratado os palestinos de Gaza como um grupo sub-humano, indigno de respeito pelos direitos humanos e pela dignidade, demonstrando sua intenção de destruí-los fisicamente”, afirmou a secretária-geral da Anistia, Agnès Callamard.
“Nossas conclusões arrasadoras devem servir para chamar a atenção da comunidade internacional: isto é um genocídio. Isto deve acabar agora”, frisou Callamard em comunicado.
Desde a incursão brutal de milicianos do Hamas no sul de Israel, em outubro do ano passado, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, Israel sustenta que o objetivo de sua ofensiva é erradicar o movimento islamista Hamas, no poder no território palestino.
Homens se espremem em frente a padaria em Deir Al-Balah, na Faixa de Gaza
REUTERS/Ramadan Abed
“Mas sejamos claros: os objetivos militares podem coincidir com intenções genocidas”, apontou Callamard em entrevista coletiva em Haia, nos Países Baixos.
O relatório, de 300 páginas, menciona 15 ataques aéreos realizados entre 7 de outubro de 2023 e 20 de abril de 2024, que mataram 334 civis, entre eles 141 crianças, e nos quais “não se encontrou nenhuma prova de que estivessem dirigidos contra alvos militares”.
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Desde o início da guerra, pelo menos 44.532 pessoas morreram em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas no território, considerados confiáveis pela ONU.
A Anistia também denuncia as condições de vida dos palestinos na Faixa, onde estão submetidos a “desnutrição, fome e doenças” que “os expõem a uma morte lenta e calculada”.
“Os Estados que enviam armas a Israel violam suas obrigações de prevenir o genocídio e correm o risco de se tornarem cúmplices”, advertiu Agnès Callamard.
A ONG anunciou que também publicaria um informe sobre os crimes cometidos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel.
Nessa incursão, os comandos islamistas mataram 1.208 personas e sequestraram 251, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses que incluem os reféns mortos em cativeiro.
REUTERS/Abd Elhkeem Khaled
A Anistia Internacional (AI) acusou Israel de genocídio contra os palestinos desde o início da guerra na Faixa de Gaza há 14 meses, em um relatório publicado na noite desta quarta-feira (4), pelo horário de Brasília. De acordo com a AI, o documento deveria “servir para chamar a atenção da comunidade internacional”.
A organização de defesa dos direitos humanos afirma ter chegado a essa conclusão baseando-se em “declarações de caráter genocida e desumanizantes do governo israelense”, assim como em imagens de satélite que documentam a destruição do território palestino e em investigações no terreno com os habitantes de Gaza, entre 7 de outubro de 2023 e julho de 2024.
“Mês após mês, Israel tem tratado os palestinos de Gaza como um grupo sub-humano, indigno de respeito pelos direitos humanos e pela dignidade, demonstrando sua intenção de destruí-los fisicamente”, afirmou a secretária-geral da Anistia, Agnès Callamard.
“Nossas conclusões arrasadoras devem servir para chamar a atenção da comunidade internacional: isto é um genocídio. Isto deve acabar agora”, frisou Callamard em comunicado.
Desde a incursão brutal de milicianos do Hamas no sul de Israel, em outubro do ano passado, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, Israel sustenta que o objetivo de sua ofensiva é erradicar o movimento islamista Hamas, no poder no território palestino.
Homens se espremem em frente a padaria em Deir Al-Balah, na Faixa de Gaza
REUTERS/Ramadan Abed
“Mas sejamos claros: os objetivos militares podem coincidir com intenções genocidas”, apontou Callamard em entrevista coletiva em Haia, nos Países Baixos.
O relatório, de 300 páginas, menciona 15 ataques aéreos realizados entre 7 de outubro de 2023 e 20 de abril de 2024, que mataram 334 civis, entre eles 141 crianças, e nos quais “não se encontrou nenhuma prova de que estivessem dirigidos contra alvos militares”.
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A Anistia também denuncia as condições de vida dos palestinos na Faixa, onde estão submetidos a “desnutrição, fome e doenças” que “os expõem a uma morte lenta e calculada”.
“Os Estados que enviam armas a Israel violam suas obrigações de prevenir o genocídio e correm o risco de se tornarem cúmplices”, advertiu Agnès Callamard.
A ONG anunciou que também publicaria um informe sobre os crimes cometidos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel.
Nessa incursão, os comandos islamistas mataram 1.208 personas e sequestraram 251, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses que incluem os reféns mortos em cativeiro.
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