O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, disse em entrevista à GloboNews na noite desta terça-feira (18) que recebeu ofertas de exílio em outros países após ataques golpistas no Brasil em 2022.
Barroso disse que suas ligações com o mundo acadêmico propiciaram essas ofertas. Mas o ministro disse que não aceitou, porque não considera viver fora do Brasil.
“Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui. Eu mesmo recebi, em algum momento — eu tenho ligações acadêmicas, internacionais —, eu recebi duas ou três ofertas de exílio, se eu precisasse, para você ter uma ideia”, afirmou o ministro.
Segundo o ministro, esses convites ocorreram antes mesmo do 8 de janeiro de 2023, quando houve um ataque de golpistas às sedes dos três poderes da República. Ele listou contatos que recebeu das universidade de Princeton e Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade Católica de Lisboa.
Barroso contou que os convites eram na linha: “Se precisar, tem lugar para você aqui”.
“E eu não consigo, eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração mora aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui”, completou.
Barroso defende ordem judicial para remoção de conteúdos ofensivos à honra
No STF, corre um inquérito que investiga os planos de golpe de Estado, que tentaram impedir a posse do presidente Lula em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de 2022. Bolsonaro é um dos investigado.
Nesta semana, o STF recusou um pedido da defesa do ex-presidente de tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do caso. A defesa entende que Moraes tem envolvimento pessoal no caso, uma vez que as investigações apontam ameaças de morte ao ministro.
Barroso entende que Moraes não há impedimento para Moraes comandar o inquérito. Isso porque, segundo o presidente do STF, quem esteve sob ameaça é a instituição, e não um ministro específico. Barroso também citou que as investigações apontam para uma tentativa de assassinato de Lula e do vice, Geraldo Alckmin.
“Isso não era um atentado pessoal contra eles, era um atentado contra as instituições. Quer dizer, tirar três pessoas do caminho que eles achavam que atrapalhariam o projeto golpista”, afirmou.
Julgamento sobre aborto
O ministro voltou a dizer, como tem feito recentemente, que não está nos planos do STF voltar a discutir em 2025 as possibilidades legais de aborto no país.
De acordo com ele, o tema ainda não está maduro na sociedade.
“Quanto à questão do aborto, interrupção da gestação, eu tenho dificuldade de levar essa questão porque acho que o debate não está maduro. É o único tema que eu tenho dificuldade”, afirmou.
Hoje, o aborto não é considerado crime em três casos: se o feto for anencéfalo, se a gravidez for de risco para a vida da mãe e se a gravidez for consequência de estupro.
Mas um julgamento iniciado no STF debate se é constitucional descriminalizar o aborto em todas em mais circunstâncias.
Barroso disse que suas ligações com o mundo acadêmico propiciaram essas ofertas. Mas o ministro disse que não aceitou, porque não considera viver fora do Brasil.
“Com o golpe de Estado, provavelmente, eu também não estaria mais aqui. Eu mesmo recebi, em algum momento — eu tenho ligações acadêmicas, internacionais —, eu recebi duas ou três ofertas de exílio, se eu precisasse, para você ter uma ideia”, afirmou o ministro.
Segundo o ministro, esses convites ocorreram antes mesmo do 8 de janeiro de 2023, quando houve um ataque de golpistas às sedes dos três poderes da República. Ele listou contatos que recebeu das universidade de Princeton e Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade Católica de Lisboa.
Barroso contou que os convites eram na linha: “Se precisar, tem lugar para você aqui”.
“E eu não consigo, eu já vivi fora do Brasil, mas o meu coração mora aqui, não tenho vontade de ir embora, não. Mas se tivesse passado o golpe, é muito possível que a gente não estivesse aqui”, completou.
Barroso defende ordem judicial para remoção de conteúdos ofensivos à honra
No STF, corre um inquérito que investiga os planos de golpe de Estado, que tentaram impedir a posse do presidente Lula em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de 2022. Bolsonaro é um dos investigado.
Nesta semana, o STF recusou um pedido da defesa do ex-presidente de tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do caso. A defesa entende que Moraes tem envolvimento pessoal no caso, uma vez que as investigações apontam ameaças de morte ao ministro.
Barroso entende que Moraes não há impedimento para Moraes comandar o inquérito. Isso porque, segundo o presidente do STF, quem esteve sob ameaça é a instituição, e não um ministro específico. Barroso também citou que as investigações apontam para uma tentativa de assassinato de Lula e do vice, Geraldo Alckmin.
“Isso não era um atentado pessoal contra eles, era um atentado contra as instituições. Quer dizer, tirar três pessoas do caminho que eles achavam que atrapalhariam o projeto golpista”, afirmou.
Julgamento sobre aborto
O ministro voltou a dizer, como tem feito recentemente, que não está nos planos do STF voltar a discutir em 2025 as possibilidades legais de aborto no país.
De acordo com ele, o tema ainda não está maduro na sociedade.
“Quanto à questão do aborto, interrupção da gestação, eu tenho dificuldade de levar essa questão porque acho que o debate não está maduro. É o único tema que eu tenho dificuldade”, afirmou.
Hoje, o aborto não é considerado crime em três casos: se o feto for anencéfalo, se a gravidez for de risco para a vida da mãe e se a gravidez for consequência de estupro.
Mas um julgamento iniciado no STF debate se é constitucional descriminalizar o aborto em todas em mais circunstâncias.
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Postado em: 01:02