Alemanha atravessa crise política após o chanceler Olaf Scholz demitir ministro das Finanças em novembro. Votação é necessária para dissolução do atual governo, que perdeu maioria no Parlamento. O chanceler alemão, Olaf Scholz, no Parlamento alemão, em 7 de novembro de 2024.
Liesa Johannssen/ Reuters
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu um voto de confiança parlamentar na segunda-feira, abrindo caminho para eleições antecipadas em fevereiro, destinadas a tirar a Alemanha de uma crise política desencadeada pelo colapso de sua coalizão.
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O voto de confiança é necessário porque a constituição da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial não permite que o parlamento se dissolva.
Caso Scholz perca o voto, caberá ao presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, decidir se dissolve a Câmara dos deputados, chamada de o Bundestag, que tem 736 assentos.
Steinmeier terá 21 dias para tomar a decisão sobre a moção de confiança e, uma vez que o parlamento seja dissolvido, uma nova eleição deve ocorrer dentro de 60 dias.
É esperado que Scholz perca o voto da moção de confiança, já que seu governo não possui mais maioria.
💭 Contexto: A Alemanha mergulhou em uma grave crise política em novembro, após Scholz demitir o ministro das Finanças por um desacordo sobre a política econômica do país. Com a demissão, o partido do chanceler perdeu maioria no Parlamento, o que compromete a capacidade de governar. (Leia mais abaixo)
A Alemanha não vota uma moção de confiança desde 2005, quando o então chanceler Gerhard Schröder convocou e perdeu um, como parte de uma estratégia para antecipar eleições, que foram vencidas por uma margem estreita pela desafiante de centro-direita Angela Merkel.
As pesquisas mostram que o partido de Scholz, os Social-Democratas, que ocupam 207 assentos no Bundestag, está atrás do bloco de centro-direita da União, liderado pelo opositor Friedrich Merz. O vice-chanceler Robert Habeck, cujos Verdes estão ainda mais atrás nas pesquisas, também está concorrendo ao cargo de chanceler.
A Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita que está com boa colocação nas pesquisas, nomeou Alice Weidel como sua candidata a chanceler, mas não tem chances de assumir o cargo, pois os outros partidos se recusam a trabalhar com ela.
Crise política
A Alemanha embarcou em novembro em uma grave crise política, quando Scholz demitiu seu ministro das Finanças. O político liberal foi destituído do cargo após discordâncias sobre a política econômica.
O governo de Olaf Scholz é composto por uma coalizão entre social-democratas, ecologistas e liberais. Após a demissão, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal.
“Precisamos de um governo capaz de agir e que tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país”, argumentou Scholz em discurso após demitir seu ministro das Finanças, defensor de uma rigorosa austeridade orçamentária.
O presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, já havia dito que poderia convocar eleições antecipadas — na Alemanha, que tem regime parlamentar, o chanceler é o chefe de governo, e o presidente tem funções protocolares.
Liesa Johannssen/ Reuters
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu um voto de confiança parlamentar na segunda-feira, abrindo caminho para eleições antecipadas em fevereiro, destinadas a tirar a Alemanha de uma crise política desencadeada pelo colapso de sua coalizão.
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O voto de confiança é necessário porque a constituição da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial não permite que o parlamento se dissolva.
Caso Scholz perca o voto, caberá ao presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, decidir se dissolve a Câmara dos deputados, chamada de o Bundestag, que tem 736 assentos.
Steinmeier terá 21 dias para tomar a decisão sobre a moção de confiança e, uma vez que o parlamento seja dissolvido, uma nova eleição deve ocorrer dentro de 60 dias.
É esperado que Scholz perca o voto da moção de confiança, já que seu governo não possui mais maioria.
💭 Contexto: A Alemanha mergulhou em uma grave crise política em novembro, após Scholz demitir o ministro das Finanças por um desacordo sobre a política econômica do país. Com a demissão, o partido do chanceler perdeu maioria no Parlamento, o que compromete a capacidade de governar. (Leia mais abaixo)
A Alemanha não vota uma moção de confiança desde 2005, quando o então chanceler Gerhard Schröder convocou e perdeu um, como parte de uma estratégia para antecipar eleições, que foram vencidas por uma margem estreita pela desafiante de centro-direita Angela Merkel.
As pesquisas mostram que o partido de Scholz, os Social-Democratas, que ocupam 207 assentos no Bundestag, está atrás do bloco de centro-direita da União, liderado pelo opositor Friedrich Merz. O vice-chanceler Robert Habeck, cujos Verdes estão ainda mais atrás nas pesquisas, também está concorrendo ao cargo de chanceler.
A Alternativa para a Alemanha, partido de extrema-direita que está com boa colocação nas pesquisas, nomeou Alice Weidel como sua candidata a chanceler, mas não tem chances de assumir o cargo, pois os outros partidos se recusam a trabalhar com ela.
Crise política
A Alemanha embarcou em novembro em uma grave crise política, quando Scholz demitiu seu ministro das Finanças. O político liberal foi destituído do cargo após discordâncias sobre a política econômica.
O governo de Olaf Scholz é composto por uma coalizão entre social-democratas, ecologistas e liberais. Após a demissão, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal.
“Precisamos de um governo capaz de agir e que tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país”, argumentou Scholz em discurso após demitir seu ministro das Finanças, defensor de uma rigorosa austeridade orçamentária.
O presidente do país, Frank-Walter Steinmeier, já havia dito que poderia convocar eleições antecipadas — na Alemanha, que tem regime parlamentar, o chanceler é o chefe de governo, e o presidente tem funções protocolares.
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Postado em: 13:00