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‘A gente pensa em vestir nossos filhos para a formatura, nunca para o velório’, desabafa mãe após morte de filho de 4 anos em hospital de Nova Friburgo

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Ao ver a saúde do filho piorando, mulher disse que pediu ajuda, mas a gravidade do quadro foi ignorada, chegando a ouvir dos médicos: ‘Ai, mãe, ele não tem nada’ e ‘me chamou à toa!’. Leonel Lengruber foi internado na quarta (4) e morreu no domingo (8): ‘Eu saí gritando o corredor inteiro chamando os médicos’. Mãe acusa hospital em Nova Friburgo de negligência
Leonel Lengruber, de 4 anos, morreu na noite de domingo (8) no Hospital Raul Sertã, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, segundo a mãe, Lorrayne Silibri, após uma série de negligências médicas durante o atendimento na unidade. O caso está sendo investigado pela Prefeitura.
A criança estava internada na ala da pediatria desde a última quarta-feira (4), quando começou o que Lorrayne chamou de “um show de horrores”. Percebendo que o quadro de Leonel só piorava, ela disse que acionava a equipe do hospital com frequência, mas a gravidade do quadro de saúde do menino foi ignorada.
“Toda hora, chamando enfermeira, chamando médico. Aí mede saturação, mede temperatura de febre. ‘Ai, mãe, ele não tem nada!’. Gente, como é que ele não tinha nada se meu filho estava branco? A boquinha dele, às vezes, ficava roxa e branca. Ele só queria ficar deitado, o olhinho esbugalhado. Só queria ficar assim, quem conhece meu filho sabe, era alegria em pessoa”, disse a mãe.
“Então, meu filho começou a definhar, e eu chamava a enfermeira, pedia para chamar o médico, e o médico passava uma vez no dia, e meu filho parecia que, da tarde para a noite, piorava”.
Lorrayne disse que chegou a ir à emergência em busca de ajuda. E que chegou a ouvir de um dos médicos:
“Por que você me chamou à toa?”.
A mãe contou que percebia que o filho estava respirando mal.
“O peito dele pulava, gente! Estava uma coisa horrível. Eles podiam ter evitado a tragédia que aconteceu”.
“E meu filho continuava mal, e eu falava com as enfermeiras, as enfermeiras mediam a saturação, ignorando o fato dele estar mal. Domingo de manhã, uma das enfermeiras falou comigo que o médico estava até querendo dar alta, que daria alta, que só não deu alta no domingo porque meu filho não estava querendo comer”, lembra Lorrayne.
Mas, ao longo do domingo, a situação se agravou ainda mais. Lorrayne entrou em desespero.
“Eu falei que eu ia ficar com ele ali mais uma noite, que eu não ia vir para casa dormir. Parecia que eu já estava sentindo! Ele não conseguia falar mais nada. Eu saí correndo com meu filho no colo, eles botaram ele na cadeirinha, ele virou o olho, ficou com a boca roxa. As enfermeiras foram para a sala, começaram a fazer massagem cardíaca nele, e eu saí gritando o corredor inteiro chamando os médicos, porque só tinha uma pediatra de plantão, uma pediatra, uma!”
“E falaram que era para eu ter descido para a emergência, fizeram tudo errado. E o andar da pediatria fica muito longe para pegar carrinho de parada, para pegar as coisas. Subiu um monte de médico, que nem era da especialidade deles, para tentar ajudar as enfermeiras”.
“Fizeram uma mobilização, tentaram reanimar meu filho por muito tempo, e, depois, a médica voltou para mim e disse que ele não resistiu. Eu não tive nem amparo psicológico, só falaram isso”, contou Lorrayne.
Atestado de óbito
Morre menino de 4 anos depois de procurar atendimento em hospital de Nova Friburgo
De acordo com o atestado de óbito, Leonel morreu devido a quatro causas: choque cardiogênico, miocardite, pneumonia e infecção por germe atípico.
“Eu tento não chorar porque meu filho odiava que eu chorasse. E ele chorava junto e ficava me abraçando, e falava: ‘mamãe, você está triste, mamãe?’ Agora nunca mais eu vou ter esse abraço. O amor da minha vida se foi”.
“A gente sempre pensa em vestir nossos filhos um dia para a formatura, para sair com a primeira namorada, para várias coisas, mas nunca, nunca, nunca a gente pensa em escolher uma roupa de velório”.
“Meu maior arrependimento foi ter deixado ele internado naquele lugar”, desabafou a mãe.
Ainda antes da internação
Ao g1, Lorrayne contou que a peregrinação para tentar salvar a vida do filho começou pela UPA de Conselheiro Paulino. Ela procurou a unidade na terça-feira (3), assim que o filho passou mal, mas nem raio-x a criança conseguiu fazer, porque o aparelho estava quebrado.
“O médico disse que ele precisava fazer raio-x e exame de sangue. Meu filho era uma criança que se alimentava muito bem, então, se ele não queria se alimentar, já era motivo de alerta. Ele não queria brincar muito, estava mais prostradinho, quietinho. Levei na terça, aí fui para o Raul Sertã [hospital], esperei o atendimento, cheguei na médica do plantão, relatei tudo e, mesmo assim, ela falou que meu filho estava com quadro viral de gripe”.
A médica da emergência, ainda segundo a mãe, não passou exames para um diagnóstico preciso.
“Não passou um exame de sangue, não passou um raio-x porque ela disse que não havia necessidade. Mesmo vendo a forma que o meu filho estava. Aí eu não fiquei satisfeita porque uma mãe quer um diagnóstico quando o filho não está bem, quando tem alguma coisa disfuncional. Eu percebi que havia alguma coisa disfuncional nele”.
“E a gente procura um hospital porque a gente quer salvar, a gente quer melhorar, a gente quer curar a nossa criança, a gente não quer sair com ele para um velório”, disse Lorrayne.
Leonel Lengruber foi enterrado no cemitério Trilha do Céu na segunda-feira (9). O menino de 4 anos era filho único.
“Quem conhecia meu filho sabe que não é coisa de mãe. Sabe que meu filho era uma criança muito grande. Muito, muito especial, onde ele passava cativava as pessoas porque ele era um ser muito iluminado, um serzinho que não merecia”.
“Nada vai trazer meu filho de volta, mas eu acho que a justiça confortaria a minha família porque eles partiram, principalmente a mãe, mas a minha família inteira, todo mundo amava meu menininho” , finalizou Lorrayne.
Prefeitura investiga o caso
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon, lamentou o ocorrido. Ele disse que abriu um procedimento para investigar o caso.
“Assim que a gente tomou conhecimento, nós entramos em contato com o nosso pessoal, o Secretário de Saúde, acionamos nosso secretário Gabriel para que sejam realizadas todas as apurações, para que a gente entenda exatamente o que aconteceu nesse episódio. Todas as vezes em que a gente tem a sinalização de um indício de uma irregularidade, a gente faz essas apurações e, em seguida, são tomadas as medidas. Já tivemos casos, por exemplo, em que, ao final, evidenciou-se que não houve qualquer tipo de negligência por parte do servidor, mas também já tivemos outros casos em que foi identificada uma falha, e aí, obviamente, como nós não compactuamos com qualquer tipo de irregularidade, as medidas foram tomadas”, disse o prefeito, sem especificar quais medidas seriam essas.

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Postado em: 19:02

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O Assunto #1365: O abacaxi das emendas parlamentares

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A execução das emendas está no centro da queda de braço entre os Três Poderes – e agora o governo federal se vê diante de um Congresso que espera a liberação do dinheiro das emendas para aprovar o pacote de corte de gastos. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Na noite da terça-feira (10), o governo publicou uma portaria para viabilizar o pagamento de emendas parlamentares até o fim do ano. O texto visa atender às exigências do Supremo em relação às emendas, sem desagradar parlamentares.
A execução das emendas está no centro da queda de braço entre os Três Poderes – e agora o governo federal se vê diante de um Congresso que espera a liberação do dinheiro das emendas para aprovar o pacote de corte de gastos.
Para entender o que querem Executivo e Legislativo, e como o Judiciário entra na história, Natuza Nery conversa com Maria Cristina Fernandes.
Colunista do jornal Valor Econômico e comentarista da GloboNews e da CBN, Maria Cristina detalha os impasses em torno das emendas e como o governo corre contra o tempo para aprovar projetos e o Orçamento do ano que vem antes do recesso parlamentar.
Senado aprova texto com regras para emendas parlamentares
Imagem: Reprodução/TV Globo
O que você precisa saber:
Governo publica portaria para viabilizar o pagamento de emendas parlamentares
Em meio à insatisfação do Congresso sobre emendas, Lira diz que governo não tem votos para pacote fiscal
Entenda o que são emendas parlamentares e o que Dino decidiu ao liberar o retorno dos pagamentos
Valdo Cruz: Lula chamou reunião com Pacheco e Lira para afastar versão de que decisão de Dino foi jogo combinado
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Apresentação: Natuza Nery.

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Postado em: 01:05

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VÍDEO: PF acha arsenal em operação contra grupo suspeito de contrabandear uma tonelada de ouro de garimpo para o exterior

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PF apreendeu 20 armas, entre elas fuzis, na operação Flygold II que cumpriu mandados em Itaituba e Santarém, no Pará, e outros 5 estados. Segundo investigação, ouro foi extraído de garimpos ilegais em terras indígenas. Armas estavam na parede da residência
A Polícia Federal encontrou um arsenal de armas de grosso calibre durante a Operação Flygold II que mirou, nesta quarta-feira (11), uma organização criminosa responsável pelo contrabando de ouro extraído ilegalmente de terras indígenas, incluindo a Terra Indígena Munduruku, no Pará. Entre as mais de 20 armas apreendidas estão revólveres calibre 357, fuzis 556 e pistolas 9mm. Parte das armas estava exposta em uma parede (veja no vídeo acima).
A apreensão das armas ocorreu durante o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão nos estados do Pará, Roraima, Amapá, São Paulo, Paraná e Goiás. Contudo, a PF não especificou o local exato onde o arsenal foi encontrado (veja fotos mais abaixo).
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No Pará, a operação se concentrou nos municípios de Santarém, no oeste do Pará, e Itaituba, onde também foram feitas duas prisões até a noite de quarta (11). Foi a segunda operação contra o garimpo ilegal na região em duas semanas.
Segundo a PF, a investigação da operação Flygold II apontou que o grupo criminoso alvo dos mandados transportou ilegalmente cerca de uma tonelada de ouro para outros estados e países, movimentando mais de R$ 4 bilhões.
O esquema utilizava empresas fantasmas e “laranjas” para mascarar as operações financeiras. Ainda segundo a investigação, estrangeiros eram recrutados para despachar bagagens carregadas de ouro em voos comerciais.
Além das armas, foram sequestrados R$ 615 milhões em bens e valores, incluindo carros de luxo, joias e uma moto aquática, conforme a PF.
A Operação Flygold II é um desdobramento de investigações iniciadas em anos anteriores e continua em andamento para localizar os outros sete suspeitos que permanecem foragidos, detalhou a polícia.
No fim de novembro, a PF deflagrou a operação Cobiça — também contra o garimpo e o comercio de ouro ilegal na região. Foram afastados 35 policiais militares – incluindo dois comandantes de batalhões – suspeitos de envolvimento com o esquema que também envolve uma mineradora.
Também no mês passado, a PF deflagrou uma operação para retirar garimpeiros ilegais na região onde vivem os munduruku, grupo indígena mais populoso da região, com mais de 9,2 mil pessoas.
O território é o segundo mais afetado pelo garimpo ilegal na Amazônia. Segundo um estudo divulgado em março deste ano, até dezembro de 2023, eram 7 mil hectares ocupados pelo garimpo ilegal, sendo que 5,6 mil hectares foram destruídos nos últimos cinco anos (entre 2019 e 2023).
Um estudo recente da Fiocruz também mostrou que os indígenas dessa região estavam com níveis alarmantes de mercúrio no corpo, metal pesado utilizado em garimpos para a purificação do ouro.
Veja, abaixo, fotos das armas apreendidas na operação:
Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II
Polícia Federal / Divulgação
Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II
Foto: Polícia Federal / Divulgação
Arma apreendida pela PF durante cumprimento de mandados expedidos pela Justiça Federal na operação Flygold II
Foto: Polícia Federal / Divulgação
Polícia Federal cumprindo mandado de busca e apreensão em um dos alvos da operação (à esquerda); Armas e outros objetos apreendidos pela PF (à direita)
Polícia Federal / Divulgação
Operação Munduruku: ação combate garimpo ilegal em terra indígena no sudeste do Pará
VÍDEOS: mais vistos do g1 Santarém e Região
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VÍDEOS: Jornal do Acre 2ª edição desta quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

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Postado em: 23:04

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