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Polícia apreende identidade falsa usada por suspeito de matar CEO em hostel de Nova York; FOTO

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O suspeito Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso em um restaurante nesta segunda-feira (9). Segundo as investigações, ele se apresentou como Mark Rosario em um hostel antes do crime. Polícia apreendeu arma e identidade falsa com Luigi Mangione, suspeito de ter matado CEO em Nova York
NBC News
A polícia norte-americana apreendeu um documento falso usado pelo suspeito de matar o CEO da UnitedHealthcare em um hostel de Nova York. O investigado Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso nesta segunda-feira (9). Conforme as autoridades, ele estava se apresentando como Mark Rosario.
Mangione é o principal suspeito de ter executado o CEO Brian Thompson no dia 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo de Nova York. Ele foi detido em uma unidade do McDonald’s na Pensilvânia, a cerca de 375 km do local do crime.
Dias antes do crime, Mangione se hospedou em hostel de Nova York e apresentou uma carteira de motorista do estado de Nova Jersey. Câmeras de segurança flagraram o suspeito no local usando uma máscara facial.
De acordo com a rede norte-americana CNN, uma funcionária do hostel disse que pediu para que o homem abaixasse a máscara em um momento de paquera entre os dois.
Nesta segunda-feira, outros documentos falsos também foram encontrados com o suspeito. Além disso, a polícia apreendeu uma arma com características semelhantes à usada no crime
De acordo com o Departamento de Polícia de Nova York, provavelmente a arma foi produzida de forma caseira e em partes. Uma das hipóteses é que a pistola apreendida com Mangione tenha sido feita por uma impressora 3D.
A prisão do suspeito acontece um dia depois de a polícia de Nova York ter divulgado duas novas fotos do homem que assassinou Thompson.
Qualquer informação que levasse à prisão do criminoso poderia render recompensas que, somadas, chegam ao equivalente a R$ 360 mil.
Orador da turma, fã de serial killer e preso no McDonald’s: saiba quem é o suspeito de ter matado CEO em Nova York
O suspeito
Mangione, segundo o jornal “NY Post”, havia sido o orador de sua turma no Ensino Médio. Ele entrou na Penn State University, uma das oito universidades da Costa Leste dos EUA do prestigiado grupo Ivy League, onde cursou ciência da computação, com foco em inteligência artificial.
Em suas redes sociais, Mangione mostrava seu apreço pelo manifesto de Ted Kaczynski (1942-2023), o “Unabomber”, um dos mais famosos serial killers dos EUA, um gênio da matemática que mandava cartas-bomba a seus alvos.
Kaczynski era um manifestante anarquista e em defesa do meio-ambiente e, antes de ser pego, disse que encerraria suas atividades terroristas caso algum jornal de grande circulação publicasse um manifesto de sua autoria. Suas ações deixaram ao menos três mortos e dezenas de feridos, muitos deles com sequelas permanentes.
O perfil de Mangione no LinkedIn afirma que ele reside em Honolulu, no Havaí, mas trabalha como engenheiro de dados em uma companhia automotiva sediada na Califórnia

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Postado em: 20:00

Internacional

Cartas de amor de Einstein: o romântico por trás do gênio

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Leilão das cartas na Chistie’s de Londres desperta curiosidade por vida íntima do pai da teoria da relatividade. Certo está: de Mileva Marić e Elsa Einstein a seus inúmeras casos extraconjugais, ele adorava as mulheres. Carta escrita por Albert Einstein há mais de seis décadas chama a atenção de alunos do RS
Albert Einstein (1879-1955) se estabeleceu bem cedo como um astro da ciência: já em 1905, com apenas 26 anos, apresentou vários trabalhos pioneiros. Um deles, em que lança a teoria da relatividade restrita, o tornou mundialmente famoso: 12 anos mais ele receberia o Prêmio Nobel da Física. Mas de onde veio a força, inspiração e tranquilidade para realizar tudo isso?
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Parte da resposta certamente está na coleção de cartas de amor do gênio natural de Ulm, que a casa de leilões Christie’s, de Londres pôs em pregão nesta quarta-feira (11). Quem certamente pode avaliar é o historiador da ciência alemão Jürgen Renn, um profundo conhecedor do assunto.
Ele trabalhou de 1986 a 1992 como coeditor dos Collected papers of Albert Einstein, lançados pela editora americana Princeton University Press. Ele se ocupou especialmente das cartas de amor dos anos 1897 a 1903, entre Einstein e sua primeira esposa, Mileva Marić (1875-1948).
“Essas cartas acabavam de ser descobertas na época. Minha tarefa era lê-las, comentá-las e classificá-las historicamente.”
Até hoje transparece a fascinação do professor do Instituto Max Planck de Geoantropologia pelo tema: “Era um material sensacional, porque não continha só votos de amor, mas também conteúdo científico da fase mais criativa de Einstein, sobre o qual ele manteve intercâmbio intensivo com sua namorada e futura esposa.”
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Mileva Marić: romance anticonvencional com final amargo
Albert Einstein foi um homem multifacetado e apaixonado – com uma tendência ao transbordamento romântico
Frank Rumpenhorst/dpa/picture-alliance
O gênio da física encontrara a jovem sérvia em 1896, no Instituto Politécnico de Zurique. Ele concluíra o estudo médio na Suíça, depois de ter largado o colégio em Munique. Marić vinha da província de Voivodina, então Império Austro-Húngaro, cursara o colégio em Zagreb e estudava física, como única mulher de sua classe e primeira sérvia no geral.
A singularidade da colega agradou o estudante quatro anos mais jovem. Ela engolia os escritos filosóficos de Arthur Schopenhauer, adotava uma atitude antiburguesa. Entre os dois nasceu um amor inconvencional. “Com ela, Einstein podia legar a vida amorosa à vida científica, eles podiam falar literalmente sobre tudo”, conta Jürgen Renn.
Obviamente Mileva era pelo menos tão versada em questões matemáticas quanto o seu Albert. Se não, por que até hoje o mundo da física especularia sobre a participação dela no desenvolvimento da teoria da relatividade?
“Querida Doxerl”, escreve Albert de Winterthur, por volta de 1901, “eu gosto de ti, minha doce garota […] Como foi lindo a última vez em que pude apertar contra mim tua amada pessoinha, como a natureza manda; recebe meu beijo mais carinhoso, alma querida!”
Os seis anos que essa correspondência cobre são decisivos para o casal: em 1901 a jovem apaixonada engravida e dá à luz uma criança ilegítima, dois anos mais tarde ela e ex-colega se casam. O matrimônio, de que resultam três filhos, só dura formalmente até 1918, e o fim da relação não é nada romântico.
“Tu vais renunciar a todas as relações pessoais comigo”, estipula Einstein numa carta de 1914. “Não deves nem esperar carícias da minha parte, nem me fazer qualquer tipo de acusações.” No termo de divórcio, ele concederia a Marić o prêmio em dinheiro do Nobel. Como fiduciária dos dois filhos homens, ela teve que esperar até 1922 para pôr as mãos na quantia.
Elsa Einstein, segunda mulher de um Don Juan desgrenhado
Elsa e Einstein eram primos e começaram um relacionamento quando o físico se casou com Mileva
Getty Images
Após estadas em Zurique e Praga, a partir de 1914 Einstein se mudou para Berlim. Nesse meio tempo, adoecera gravemente, e quem o acolhe é uma prima de segundo grau, Elsa Löwenthal (nascida Einstein). Pouco após a separação de Marić, ele vai morar com a atriz e recitante divorciada e mãe de duas filhas, que se tornaria sua segunda esposa.
O relacionamento é bastante franco, ríspido até: Elsa critica a falta de higiene pessoal dele – e lhe presenteia uma escova de cabelo. O gênio notoriamente desgrenhado responde: “Se sou repulsivo demais para ti, então procura um amigo mais agradável aos gostos femininos. Eu, porém, preservo a minha indolência.” Em casos extremos, Elsa Einstein tomava a tesoura nas próprias mãos.
Ao que tudo indica, as falhas do cientista enquanto cavalheiro não diminuíam seu impacto sobre as mulheres – pelo contrário: onde quer que ele fosse, as damas locais disputavam suas atenções. Em muitas de suas viagens acadêmicas, teve casos amorosos.
Até mesmo em Berlim ele tinha uma amante, paralelamente ao casamento com Elsa, que durou até a morte dela, em 1936. “A maior provação para o matrimônio eram os casos de Einstein”, escreve o biógrafo Armin Hermann no prefácio a uma edição das cartas de amor, e resume: “Einstein se sentia fortemente atraído por tudo o que é feminino.”
Mais do que um gênio, um homem normal?
Albert Einstein, ganhador do Prêmio Nobel de física, em Buenos Aires, em 1925
Arquivo Geral da Nação Argentina
“Ao ler a tua carta, para mim foi como ver minha sepultura sendo cavada, o restinho de felicidade que ainda me restava foi aniquilado, só resta uma desconsolada obrigação de viver.”
Essas tão patéticas palavras, o grande cientista alemão não dirige à primeira esposa nem à segunda, ou a suas numerosas amantes, mas sim à primeira namorada, Marie Winteler.
Ela era a filha da família com que ele se hospedara por um ano, enquanto se preparava concluir a madureza. Na prática, contudo, esse amor foi tão intenso quanto efêmero: em breve o jovem estudante se fixaria em Mileva Marić.
Ainda assim, essas cartas para sua paixão de juventude – que ficaram ocultas no Museu Histórico de Berna, até serem publicadas em 2018 – revelam o gênio do século como um romântico com uma queda para o transbordamento: “Que alegria infinita este sentimento: somos juntos uma alma. O amor nos faz grandes e ricos, e nenhum Deus pode tirá-lo de nós.”
Essas cartas de amor revelam, acima de tudo, alguém que amava a ciência, a amizade e as mulheres. Portanto Albert Einstein não era só o gênio admirado por todos: ele era também um homem perfeitamente normal.
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Postado em: 04:05

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Três irmãos são acusados de drogar e estuprar mulheres por mais de uma década nos EUA

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Gêmeos e outro irmão usavam acesso da atuação no setor de imóveis de luxo para cometer crimes. Agressões a dezenas de mulheres aconteceram pelo menos de 2010 até 2021. Irmãos são acusados de tráfico sexual nos EUA
Al Diaz/Miami Herald via AP
Autoridades dos Estados Unidos acusaram, nesta quarta-feira (11), três irmãos por tráfico sexual, em um caso no qual se alega que eles utilizaram suas conexões de alto nível no mundo imobiliário de luxo para abusar de mulheres durante anos.
Os gêmeos Alon e Oren Alexander, de 37 anos, junto com seu irmão Tal, de 38, foram acusados de terem utilizado “engano, fraude e coerção” — incluída a promessa de alojamentos de luxo — para se dedicar ao tráfico sexual, assim como para drogar, agredir sexualmente e estuprar dezenas de mulheres.
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Eles usavam “sua riqueza e suas posições de destaque no setor imobiliário para criar e facilitar oportunidades” para cometer os crimes, disse a promotoria do distrito sul de Nova York em comunicado.
As agressões datam pelo menos de 2010 até 2021, de acordo com os promotores.
Oren e Tal são os fundadores da imobiliária Official, com escritórios em Miami e Nova York. Já Alon trabalhava na empresa de segurança privada da família, segundo a imprensa americana.
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Oren Alexander e Tal Alexander falam em um painel em 3 de setembro de 2013, em Nova York
Amy Sussman/arquivo AP
Há apenas dois anos, o jornal The New York Times dedicou aos irmãos um artigo que detalhava seus sucessos no setor imobiliário, incluída a venda de uma cobertura de 2.230 m² em Manhattan por 234 milhões de dólares (R$ 1,4 bilhão).
Tal ostentava um estilo de vida “sem folgas”, exibindo constantemente residências glamorosas para clientes ricos.
Os três irmãos atraíam mulheres para eventos e festas, as drogavam com cocaína, cogumelos e ácido gama-hidroxibutírico, conhecido como GHB, e abusavam delas, segundo os promotores.
Os Alexander e as pessoas de seu entorno usavam “as redes sociais, aplicativos de namoro, encontros em pessoa […] e promotores de festas que recrutavam mulheres para esses eventos”, acrescentaram.
Susan Necheles, advogada de Oren, disse em comunicado que seu cliente é inocente e que “as provas vão demonstrar que nem ele nem seus irmãos cometeram crime algum”.
Alon, Oren e Tal são acusados dos crimes de participar em conspiração para tráfico sexual e tráfico sexual por força, fraude ou coação, que têm como pena máxima a prisão perpétua.
Tal também responde a uma segunda acusação de tráfico sexual por força, fraude ou coação.

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Postado em: 03:04

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Internacional

Turismo de guerra atrai viajantes à Ucrânia e levanta questões morais

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Apesar de governos de países como Canadá e França desaconselharem as viagens à Ucrânia, o país atrai turistas ocidentais buscando o turismo de guerra. No entanto, essa nova maneira mórbida de visitar a região levanta questões morais. Rússia bombardeia Kiev com mísseis e drones
Antes do conflito e da invasão russa, a Ucrânia era procurada por turistas em busca de novos destinos na Europa. O dinamismo de Kiev, os cassinos, lojas de luxo e edifícios históricos e religiosos da capital também atraíam os visitantes, assim como as praias, florestas e montanhas do país. Atualmente, a Ucrânia desperta o interesse de outro tipo de viajantes, seduzidos pelo chamado “turismo de guerra”.
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O site de turismo Visit Ukraine afirma que embora a lei marcial esteja em vigor no país e o tráfego aéreo suspenso, os estrangeiros ainda podem entrar e sair da Ucrânia por terra, seguindo algumas regras. Entre elas, ter um passaporte válido, em alguns casos um visto e um bom seguro de saúde que inclua cobertura para riscos militares.
Uma vez no país, o site lembra que é necessário respeitar o toque de recolher, ficar atento aos alarmes de ataques aéreos, andar sempre com um documento de identidade e evitar lugares muito cheios e multidões.
As instruções parecem de uma viagem até certo ponto normal, se não fosse pelo fato de o país estar em guerra há quase três anos. Além do custo humano e material, o conflito atingiu duramente o setor turístico. Publicado em meados deste ano, um estudo da Unesco estimou o custo dos danos à cultura e ao turismo no país em US$ 3,5 bilhões.
Para sobreviver, as agências locais oferecem passeios chamados Donation Tours, que acompanham missões humanitárias para localidades destruídas pela guerra. Parte da renda do passeio é convertida em ajuda para organizações humanitárias e para o país.
Visit Ukraine, por exemplo, fundado em 2018, se dedicava à promoção e popularização do turismo ucraniano no mercado interno e externo, mas depois da guerra, teve que rever suas atividades.
No site, um pacote de dois dias de visita a Mykolaiv, cidade do sul do país que foi palco de bombardeios russos e apagões constantes, custa € 1.871 (R$ 11.880). O passeio de dois dias inclui pontos de distribuição humanitária e um tour pela cidade. Tudo acompanhado por um guia local e um intérprete.
Como toda viagem turística também estão incluídas compras de lembranças, jantares nos restaurantes locais e sessão de fotos. Visitas do mesmo tipo também existem para a região de Kherson.
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Visita ‘com respeito’
Bombeiros trabalham em local de ataque russo em Kharkiv, na Ucrânia, em 10 de maio
Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters
O espanhol Alberto Blasco Ventas, de 23 anos, é um destes turistas em busca de emoções fortes.
“É minha primeira vez numa zona de guerra”, afirma, emocionado, o engenheiro espanhol. “Estou com um pouco de medo, não vou mentir, numa zona de guerra nunca se sabe.”
Para chegar à Ucrânia, Blasco primeiro superou a relutância da sua família e amigos. Voou para a Moldávia e depois fez uma viagem de trem de 18 horas.
Após visitar a ponte de Irpin, destruída na guerra e depois reconstruída, passou por um cemitério de veículos queimados em Borodianka, uma cidade devastada no início da invasão russa.
O espanhol, que se considera um “influencer”, gravou cada etapa da viagem, que pretende publicar no seu canal no YouTube, que tem 115.000 assinantes. O “hospital psiquiátrico mais horrível” dos Estados Unidos e a “fronteira mais perigosa” do mundo, entre China, Rússia e Coreia do Norte são algumas das reportagens realizadas por ele e publicadas no seu canal.
Para as pessoas que consideram a viagem algo mórbido ou imoral, Blasco responde que faz a visita “com respeito”.
Excursões à linha de frente
Bombeiros combatem fogo após ataque russo em área residencial de Kharkiv, na Ucrânia
Yevhen Titov/Associated Press
As excursões geralmente se concentram em Kiev e nos subúrbios devastados pelos soldados russos no início de 2022. Mas algumas se aproximam do front, incluindo uma visita de vários dias ao sul da Ucrânia por € 3.300 (R$ 20.942).
O americano Nick Tan, que trabalha numa empresa de tecnologia em Nova York, visitou áreas distantes de Kiev. Em julho, ele viajou até Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, alvo de bombardeios constantes das forças russas, posicionadas a cerca de 20 km de distância.
“Eu queria ver porque considero que as nossas vidas no Ocidente são muito confortáveis e fáceis”, disse Tan, de 34 anos.
Ele conta que desejava se aproximar ainda mais da linha de frente, mas o guia turístico se negou.
O autodenominado caçador de emoções diz que já praticou paraquedismo e faz aulas de boxe, além de frequentar festas de música eletrônica.
“Saltar de um avião, festejar à noite e dar socos na cara das pessoas não era mais suficiente. Qual era a próxima opção? Ir para uma zona de guerra”, disse.
‘Dinheiro manchado de sangue’
Pessoas observam obra de Tvboy na parede da casa da cultura de Irpin, perto de Kiev, na Ucrânia: com o dedo em riste, uma menina com um urso de pelúcia na mão, vestida com as cores da bandeira ucraniana, fala com um soldado armado
Valentyn Ogirenko/Reuters
O interesse dos turistas surpreende alguns moradores de Irpin, que vivem sob ameaça constante de ataques aéreos russos.
Mikhailina Skorik-Shkarivska, vereadora de Irpin e ex-vice-presidente de Bucha, palco de um dos piores massacres de civis da guerra, diz que a maioria dos moradores não se importa com este “turismo sombrio”, mas alguns consideram que a renda gerada por ele é um “dinheiro manchado de sangue”.
“Por que eles estão aqui? Por que querem ver a nossa dor?'”, disse a vereadora sobre as reações de alguns moradores.
Mariana Oleskiv, diretora da Agência Nacional de Desenvolvimento Turístico, admite que o turismo de guerra levanta muitas questões éticas, mas afirma que o mercado pode crescer.
No ano passado, o país registrou quatro milhões de visitantes estrangeiros, segundo Oleskiv, o dobro de 2022, embora sejam principalmente visitas de negócios.
A Ucrânia prepara-se para o pós-guerra e já assinou acordos com as empresas Airbnb e TripAdvisor. “A guerra chamou a atenção para a Ucrânia, então temos uma marca mais forte. Todos conhecem o nosso país”, disse Oleskiv.
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Postado em: 02:04

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