Síria entra no 2° dia após tropas insurgentes tomarem a capital, Damasco, e derrubarem o ditador Bashar al-Assad, que ficou 24 anos no poder. Liderança no país ainda é incerta. Rebeldes contrários ao regime de Bashar al-Assad na Síria se lançaram sobre a cidade de Aleppo, sem grande resistência
EPA/Via BBC
O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta segunda-feira (9), a partir das 17h, para discutir situação na Síria, segundo AFP. A reunião de emergência foi solicitada pela Rússia, aliada do ditador Bashar al-Assad, derrubado do poder após 24 anos, neste domingo (8).
Durante o final de semana, tropas insurgentes lideradas pelo grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram a capital, Damasco, em uma ofensiva relâmpago e Assad fugiu do país.
Seu paradeiro ficou desconhecido por horas até a imprensa russa anunciar que ele recebeu asilo “por razões humanitárias” e está com a sua família em Moscou, na Rússia.
Após derrubada de Assad, multidões de sírios foram às ruas comemorar o fim de mais de meio século de governo da dinastia fundada por Hafez al Assad, pai de Bashar al-Assad. Rebeldes e civis saquearam residências oficiais do ditador.
Momento de incerteza
No domingo, diversos líderes internacionais reagiram à derrubada de Assad.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a queda de Bashar al-Assad é “um ato fundamental de Justiça”, mas um “momento de risco e incerteza”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi na mesma direção e disse que a queda de Assad é uma mudança histórica na região que “oferece oportunidades, mas não sem riscos”.
No mesmo dia, os EUA disseram que realizaram ataques aéreos contra 75 alvos do Estado Islâmico na Síria. O objetivo dos ataques, segundo comunicado, é garantir que o Estado Islâmico não se aproveite da atual situação na Síria.
Além disso, um oficial sênior dos EUA disse que, na última semana, os EUA focaram em possíveis armas químicas remanescentes na Síria e que administração está tomando “medidas prudentes” em relação à questão. Ele disse que estão fazendo o possível para garantir que o inventário de armas da Síria não seja acessado.
A liderança na Síria segue incerta.
Começo da guerra na Síria
O conflito na Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando manifestações pró-democracia irromperam inspiradas por levantes em países vizinhos contra governantes autoritários.
Assad ordenou a violenta repressão aos protestos de rua contra seu regime. A repressão provocou grande pressão internacional para que ele deixasse o poder, e o caos que tomou a Síria durante a guerra civil ameaçou a sobrevivência de seu regime.
Em 13 anos de conflito, cerca de 500 mil pessoas morreram, sendo 200 mil civis. Doze milhões foram forçadas a fugir de suas casas — cerca de cinco milhões das quais são refugiados ou pediram asilo no exterior.
Veja mais:
Por dentro da mansão de Bashar Al Assad, presidente deposto da Síria
5 perguntas para entender o que aconteceu na Síria
Rebeldes e civis invadem palácio presidencial em Damasco, na Síria
Quem é Abu Mohammed al-Golani, chefe do grupo rebelde sírio HTS
EPA/Via BBC
O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir nesta segunda-feira (9), a partir das 17h, para discutir situação na Síria, segundo AFP. A reunião de emergência foi solicitada pela Rússia, aliada do ditador Bashar al-Assad, derrubado do poder após 24 anos, neste domingo (8).
Durante o final de semana, tropas insurgentes lideradas pelo grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomaram a capital, Damasco, em uma ofensiva relâmpago e Assad fugiu do país.
Seu paradeiro ficou desconhecido por horas até a imprensa russa anunciar que ele recebeu asilo “por razões humanitárias” e está com a sua família em Moscou, na Rússia.
Após derrubada de Assad, multidões de sírios foram às ruas comemorar o fim de mais de meio século de governo da dinastia fundada por Hafez al Assad, pai de Bashar al-Assad. Rebeldes e civis saquearam residências oficiais do ditador.
Momento de incerteza
No domingo, diversos líderes internacionais reagiram à derrubada de Assad.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a queda de Bashar al-Assad é “um ato fundamental de Justiça”, mas um “momento de risco e incerteza”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi na mesma direção e disse que a queda de Assad é uma mudança histórica na região que “oferece oportunidades, mas não sem riscos”.
No mesmo dia, os EUA disseram que realizaram ataques aéreos contra 75 alvos do Estado Islâmico na Síria. O objetivo dos ataques, segundo comunicado, é garantir que o Estado Islâmico não se aproveite da atual situação na Síria.
Além disso, um oficial sênior dos EUA disse que, na última semana, os EUA focaram em possíveis armas químicas remanescentes na Síria e que administração está tomando “medidas prudentes” em relação à questão. Ele disse que estão fazendo o possível para garantir que o inventário de armas da Síria não seja acessado.
A liderança na Síria segue incerta.
Começo da guerra na Síria
O conflito na Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando manifestações pró-democracia irromperam inspiradas por levantes em países vizinhos contra governantes autoritários.
Assad ordenou a violenta repressão aos protestos de rua contra seu regime. A repressão provocou grande pressão internacional para que ele deixasse o poder, e o caos que tomou a Síria durante a guerra civil ameaçou a sobrevivência de seu regime.
Em 13 anos de conflito, cerca de 500 mil pessoas morreram, sendo 200 mil civis. Doze milhões foram forçadas a fugir de suas casas — cerca de cinco milhões das quais são refugiados ou pediram asilo no exterior.
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Postado em: 00:04