Em visita a Campo Grande, a ministra Sonia Guajajara foi entrevistada do “Papo das 7”. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, falou sobre o bloqueio de indígenas na MS-156 por falta de água, durante entrevista ao Bom Dia MS, na manhã desta sexta-feira (29). Após quatro dias de mobilização e até mesmo confronto com a PM, um acordo foi firmado para construção de poços artesianos e abastecimento emergencial. Veja a entrevista na íntegra acima.
“No Brasil nós temos apenas 20% da população indígena que tem acesso à água potável. Então, é um problema estrutural, crônico aí, que a gente vem trabalhando uma forma de ter um programa, não só em Mato Grosso do Sul, mas um programa nacional que garanta o acesso à água dentro dos territórios indígenas”.
O bloqueio da MS-156, entre Dourados e Itaporã, terminou na tarde desta quinta-feira (28). A comunidade protestava contra a falta de água. O fim da manifestação ocorreu após um acordo firmado entre o governo federal, estadual e as prefeituras dos municípios, que garante a construção de quatro poços artesianos como solução emergencial.
“Temos trabalhado essas parcerias, essas articulações para solucionar esse problema, que na verdade, a responsabilidade direta é do Ministério da Saúde por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, mas o Ministério dos Povos Indígenas não se isenta também dessa responsabilidade e segue com essa parceria”.
Sonia Guajajara foi entrevistada pela apresentadora Maureen Mattiello
Liniker Ribeiro/ Reprodução
Guajajara detalhou que em 2023 foi apresentado um projeto junto ao Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que atende a região do Mercosul, e foi aprovado um projeto junto com o Ministério do Planejamento, para atender a região. “O valor do projeto é de R$ 90 milhões e R$ 44 milhões desse valor seria para a região dos Guarani-Caiuá, tanto em Dourados quanto nas outras regiões que também não tem água, acontece que é um processo realmente muito burocrático”.
As aldeias Bororó e Jaguapiru compõem a maior reserva indígena em área urbana do país, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntas, elas possuem mais de 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.
Acordo histórico de conflito fundiário
Ministra dos Povos Indígenas em entrevista ao Bom Dia MS
Liniker Ribeiro/ Reprodução
Durante entrevista ao Bom Dia MS, a ministra falou também sobre o acordo histórico que encerra um conflito fundiário de mais de três décadas em Mato Grosso do Sul, firmado entre indígenas Guarani Kaiowá e produtores rurais, por intermédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro deste ano.
“Esse problema se estendia há décadas, e muitos conflitos e muitas mortes já aconteceram ali naquela região. Conseguimos, junto ao Supremo, porque era uma área que estava judicializada, então tinha que ser esse acordo via Supremo, com o apoio do governo federal, a gente ali junto defendendo”
A ministra revelou que o presidente Lula deve ir a Antônio João (MS) pessoalmente para fazer a entrega da terra para os indígenas da região. Segundo ela, a expectativa é que no ano que vem seja possível solucionar vários casos, não só Mato Grosso do Sul, mas em outras regiões do Brasil.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
“No Brasil nós temos apenas 20% da população indígena que tem acesso à água potável. Então, é um problema estrutural, crônico aí, que a gente vem trabalhando uma forma de ter um programa, não só em Mato Grosso do Sul, mas um programa nacional que garanta o acesso à água dentro dos territórios indígenas”.
O bloqueio da MS-156, entre Dourados e Itaporã, terminou na tarde desta quinta-feira (28). A comunidade protestava contra a falta de água. O fim da manifestação ocorreu após um acordo firmado entre o governo federal, estadual e as prefeituras dos municípios, que garante a construção de quatro poços artesianos como solução emergencial.
“Temos trabalhado essas parcerias, essas articulações para solucionar esse problema, que na verdade, a responsabilidade direta é do Ministério da Saúde por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, mas o Ministério dos Povos Indígenas não se isenta também dessa responsabilidade e segue com essa parceria”.
Sonia Guajajara foi entrevistada pela apresentadora Maureen Mattiello
Liniker Ribeiro/ Reprodução
Guajajara detalhou que em 2023 foi apresentado um projeto junto ao Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que atende a região do Mercosul, e foi aprovado um projeto junto com o Ministério do Planejamento, para atender a região. “O valor do projeto é de R$ 90 milhões e R$ 44 milhões desse valor seria para a região dos Guarani-Caiuá, tanto em Dourados quanto nas outras regiões que também não tem água, acontece que é um processo realmente muito burocrático”.
As aldeias Bororó e Jaguapiru compõem a maior reserva indígena em área urbana do país, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntas, elas possuem mais de 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.
Acordo histórico de conflito fundiário
Ministra dos Povos Indígenas em entrevista ao Bom Dia MS
Liniker Ribeiro/ Reprodução
Durante entrevista ao Bom Dia MS, a ministra falou também sobre o acordo histórico que encerra um conflito fundiário de mais de três décadas em Mato Grosso do Sul, firmado entre indígenas Guarani Kaiowá e produtores rurais, por intermédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro deste ano.
“Esse problema se estendia há décadas, e muitos conflitos e muitas mortes já aconteceram ali naquela região. Conseguimos, junto ao Supremo, porque era uma área que estava judicializada, então tinha que ser esse acordo via Supremo, com o apoio do governo federal, a gente ali junto defendendo”
A ministra revelou que o presidente Lula deve ir a Antônio João (MS) pessoalmente para fazer a entrega da terra para os indígenas da região. Segundo ela, a expectativa é que no ano que vem seja possível solucionar vários casos, não só Mato Grosso do Sul, mas em outras regiões do Brasil.
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Postado em: 13:00