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Vereador eleito assassinado no Paraná recebeu quatro votos a mais do que suplente suspeito de planejar o crime
TSE/Reprodução
O vereador eleito João Domiciano Neto (União Brasil), assassinado no início de novembro, se elegeu com apenas quatro votos a mais do que o suplente Odair José Carvalho da Silva (União Brasil), suspeito de planejar o crime.
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Odair, que é conhecido como Nenê da Ambulância, atualmente é vereador em Salto do Itararé, no norte do Paraná. No entanto, nas eleições municipais de outubro, ele não se elegeu para a próxima legislatura, ficando como primeiro suplente do União Brasil.
A única vaga do partido ficou com João Domiciano Neto, conhecido como João Garré. Para a polícia, o crime teve motivação política.
Nas eleições municipais de outubro Nenê da Ambulância recebeu 129 votos e Garré, que se elegeu, recebeu 133 votos.
Ele assumiria em janeiro de 2025 o segundo mandato como vereador. No entanto, foi morto em Santana do Itararé na madrugada do dia 9 de novembro. A cidade é vizinha a em que ele se elegeu. Quando foi executado, Garré estava na casa dos pais, que são idosos e têm deficiência auditiva.
Por meio de nota, a Câmara Municipal de Salto do Itararé afirmou que o regimento interno prevê a perda do mandato do vereador apenas quando houver uma sentença penal condenatória transitada em julgado.
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Suplente e filho foram presos
Suplente de vereador eleito morto na casa dos pais no é preso suspeito de ser mandante
Nenê da Ambulância foi preso na noite de segunda-feira (18), em um hotel em São José dos Pinhais, a mais de 350 quilômetros de onde o crime aconteceu. Ele é suspeito de ser o mandante da morte do outro vereador.
Além de Nenê, o filho dele, de 31 anos, estava no mesmo quarto de hotel e também foi preso por suspeita de participação no crime.
Segundo as investigações, o filho ajudou na contratação dos atiradores.
Conforme a polícia, pai e filho devem responder por organização criminosa, já que planejaram o crime em quatro pessoas, e por homicídio qualificado por pagamento do crime, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo fútil.
Por meio de nota, o advogado José Valdeci de Paulo, responsável pela defesa dos dois, disse que ainda não teve acesso ao inquérito policial.
Dois homens suspeitos de envolvimento foram mortos em confronto
Segundo as investigações, no dia do crime, os suspeitos invadiram a residência dos pais de Garré. Um deles entrou para cometer o assassinato, enquanto o outro ficou em frente ao local.
A vítima foi atingida com pelo menos quatro disparos na região do tórax.
A esposa do político disse à polícia que encontrou Garré morto minutos após o crime. Os pais dele relataram que estavam na casa, mas não escutaram os tiros porque possuem deficiência auditiva.
A polícia afirmou que os suspeitos estavam na região desde o dia anterior, entre os municípios de Siqueira Campos e Santana do Itararé.
Os dois homens suspeitos de executarem o crime fugiram para Curitiba. Horas depois, eles foram mortos em confronto com a Polícia Militar (PM-PR).
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Postado em: 06:00
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Sebastião Melo anuncia saída de Maurício Loss da direção do Departamento de Água e Esgoto de Porto Alegre
Divulgação/PMPA
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) anunciou, na manhã desta terça-feira (3), a saída de Maurício Loss da direção do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O comunicado foi feito nas redes sociais de Melo.
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“Agradeço toda a colaboração do diretor Maurício Loss, que muito se dedicou diante dos desafios históricos da cidade e permanecerá contribuindo na próxima gestão. Temos muito trabalho pela frente e não vamos descansar na tarefa de entregar melhores serviços à população”, publicou o prefeito.
Loss é engenheiro e tomou posse em fevereiro de 2023. Ele estava à frente do departamento durante a enchente histórica que atingiu a capital, em maio de 2024.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, nesta segunda-feira (2), após o temporal do fim de semana, Loss atribuiu o acúmulo de água ao grande volume de chuva em um curto período e à falta de energia elétrica nas estações de bombeamento.
Segundo ele, todas as casas de bomba localizadas na região do 4º Distrito funcionaram apenas com geradores durante a intempérie.
Prefeito de Porto Alegre anuncia troca na direção do Dmae
Reprodução/Redes Sociais
Quem é o substituto
Bruno Vanuzzi foi anunciado como novo diretor do Dmae pelo prefeito Sebastião Melo
Luciano Lanes/PMPA
Melo sinalizou que Loss seguirá em algum cargo na próxima gestão, que iniciará em janeiro, mas não indicou em qual escalão. O comando do Dmae ficará a cargo do procurador estadual Bruno Vanuzzi.
“Com experiência de gestão no público e no privado, será liderança à frente das transformações indispensáveis em curso”, escreveu Melo.
Vanuzzi é formado em Direito e especialista em concessões e parcerias público-privadas (PPPs). Ele foi secretário municipal de Parcerias Estratégicas na gestão de Nelson Marchezan Júnior e titular da Secretaria Extraordinária de Parcerias do governo do RS.
Divulgadas cotas máximas registradas na enchente de maio em Porto Alegre
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Postado em: 12:04
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Caso Genivaldo: 8º dia de julgamento ouve testemunhas de defesa dos ex-policiais
Leonardo Barreto/TV Sergipe/arquivo
Duas testemunhas de defesa devem ser ouvidas nesta terça-feira (3), oitavo dia do julgamento dos ex-policiais rodoviários federais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, acusados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, durante uma abordagem na BR-101, em Umbaúba (SE). Segundo a Justiça Federal, uma delas é de Kleber e outra de Paulo Rodolpho.
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Genilvado morreu após ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo. Os réus são acusados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos desde 14 de outubro de 2022, e foram demitidos da PRF após determinação do Ministro da Justiça, em agosto de 2023.
Iniciado no dia 26 de novembro, o júri popular acontece no Fórum Ministro Heitor de Souza em Estância, e deve seguir até a próxima sexta-feira, 6 de dezembro. Até esta segunda, foram ouvidas 25 das 30 testemunhas e peritos ouvidos durante o julgamento.
Nessa segunda, o perito que fez o exame toxicológico em Genivaldo afirmou que exames de sangue confirmaram a utilização de medicação para saúde mental.
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento
JN/arquivo
Testemunhas e peritos ouvidos
Wallysson de Jesus Santos, sobrinho da vítima;
uma pessoa que presenciou a ação;
a mãe de Genivaldo, Maria Vicente;
a ex-esposa de Wallysson (com quem era casado à época);
um químico especialista em gás, ex-funcionário da empresa fabricante da granada de gás lacrimogêneo acionada dentro da viatura da PRF;
o corregedor regional da PRF, que atuou na apuração das denúncias e no procedimento administrativo disciplinar instaurado contra os réus;
uma irmã de Genivaldo;
a viúva, Maria Fabiana;
a médica que fez o atendimento de Genivaldo quando ele foi levado ao hospital;
mais uma pessoa que presenciou a ação;
agricultor que passava pelo local;
um mecânico que presenciou o começo do procedimento policial
um amigo de infância de Genivaldo, que viu a situação a partir do momento em que ele estava imobilizado;
um policial rodoviário federal (defesa – William Noia);
outro policial rodoviário federal (defesa – William Noia);
mais um policial rodoviário federal (defesa – Paulo Rodolpho);
médico cardiologista (defesa – Paulo Rodolpho);
PRF aposentado (defesa – Paulo Rodolpho);
testemunha de defesa de Kleber Nascimento;
tabelião de cartório e amigo que trabalhou na PRF (defesa- Kleber Nascimento);
ex-diretor do IML à época;
perito que fez o exame toxicológico em Genivaldo;
médico legista que fez a necropsia no corpo de Genivaldo;
um perito da Polícia Federal;
uma perita da Polícia Federal.
Das 36 testemunhas convocadas para o Júri, seis foram dispensadas: uma pela assistência de acusação; uma pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Sergipe; duas pela defesa de Kléber Nascimento; e duas pela defesa de William Barros Noia. A dispensa de testemunhas é um processo comum dentro do Tribunal do Júri e pode ser feito por todas as partes.
Após as oitivas das testemunhas, serão ouvidos os peritos do caso. Depois, os réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão interrogados. Na sequência, começarão os debates e, por fim, haverá a votação da sentença.
“É uma questão muito delicada, o tipo de abordagem que foi feita e principalmente as consequências. O falecimento de uma pessoa, que apesar de ter alguns problemas, estava plenamente comportada no dia, estava calma e foi abordada de forma agressiva pelos policiais, o que resultou nesse homicídio e aqui nós estamos hoje, começando o Tribunal de Júri para que os jurados decidam se eles são culpados ou inocentes”, disse a procuradora-chefe do MPF em Sergipe, Eunice Dantas
A defesa de Paulo Rodolpho alega que ele é inocente e afirmou que ex-policial seguiu os protocolos da PRF. Já o advogado de Kleber Nascimento alega que a tipificação dos crimes é equivocada e que ele não teve participação em nenhuma. A defesa de William de Barros está convencida de que não houve dolo do cliente na morte na vítima, ou a prática de qualquer espécie de tortura.
Conheça as etapas do julgamento no Tribunal do Júri:
Sala em que acontece júri popular do caso Genivaldo dos Santos, em Estância (SE)
Ascom TRF5
Sorteio para composição do Conselho de Sentença. O Ministério Público e a defesa dos réus poderão dispensar até três jurados sorteados sem apresentar justificativa. Ao final, sete jurados participarão do julgamento.
Os jurados recebem o relatório do processo e outros documentos do caso.
São ouvidas as testemunhas indicadas pelas partes, peritos e realizado o interrogatório dos réus. Os jurados poderão fazer perguntas para melhor se convencer dos fatos.
Em seguida, começam os debates entre a acusação e a defesa. Inicialmente, falam pela acusação os membros do Ministério Público e advogados da assistência da acusação.
Os advogados dos réus apresentam, então, as defesas.
Os membros do Ministério Público e os advogados podem voltar a debater com direito a réplica e tréplica.
Ao final dos debates, o juiz formula os quesitos (perguntas diretas) que serão votados secretamente pelo Conselho de Sentença. As decisões são tomadas por maioria.
A votação é feita em uma sala especial longe dos acusados e do público e se dá por meio de cédulas. Os votos são contabilizados pelo juiz.
Ao final da votação, cabe ao juiz proferir a sentença de absolvição ou condenação, e, nesse último caso, estabelecer as penas.
A Justiça Federal limitou o acesso da imprensa ao local e proibiu o uso de gravadores, câmeras ou microfones no Salão do Júri. Sorteios diários definem cinco profissionais de comunicação para acompanhar o julgamento.
Indenizações
Em setembro de 2023, a Justiça Federal em Sergipe determinou que a União pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 1 milhão para o filho de Genivaldo. Além de pagamento de indenização de R$ 405 mil para a mãe da vítima.
Abordagem foi gravada
Perícia afirma que gases tóxicos causaram colapso no pulmão de Genivaldo
Nas imagens da abordagem, gravadas por testemunhas, a perícia observou que o policial William de Barros Noia aparece pedindo para que Genivaldo colocasse as mãos na cabeça. Genivaldo obedece, mas mesmo assim, recebe um jato de spray de pimenta no rosto.
Segundo os peritos, o policial Kleber Nascimento Freitas jogou spray de pimenta pelo menos cinco vezes em Genivaldo, que alegou que não estava fazendo nada. A ação continuou no chão, quando policiais pressionaram o pescoço e o peito de Genivaldo com os joelhos.
Após Genivaldo ser colocado no porta-malas da viatura, o policial Paulo Rodolpho Lima Nascimento jogou uma granada de gás lacrimogêneo no compartimento. Paulo Rodolpho e William seguraram a porta, impedindo que a fumaça se dissipasse mais rapidamente.
A perícia feita pela Polícia Federal durante as investigações concluiu que a vítima passou 11 minutos e 27 segundos em meio a gases tóxicos, dentro de um lugar minúsculo e sem poder sair da viatura estacionada.
Com a detonação do gás lacrimogêneo, houve a liberação de gases tóxicos, como monóxido de carbono e ácido sulfídrico. Os peritos atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena, mas a de ácido sulfídrico foi bem maior, e pode ter causado convulsões e incapacidade de respirar.
Segundo a perícia, o esforço físico intenso e o estresse da abordagem aceleraram a respiração de Genivaldo, e isso pode ter potencializado ainda mais os efeitos tóxicos dos gases. A perícia constatou que os gases causaram um colapso nos pulmões.
Genivaldo de Jesus Santos
Arquivo pessoal
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Postado em: 09:00
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Mãe e padrasto de menina de 3 anos que ‘morreu de tanto apanhar’ e teve corpo escondido em mala vão à júri em SC
Começa nesta terça-feira (3) o júri popular da mãe e do padrasto acusados de matar a menina Isabelly de Freitas, de apenas 3 anos. O crime que chocou em março deste ano a cidade de Indaial, no Vale do Itajaí. A criança “morreu de tanto apanhar”, segundo a Polícia Civil, e teve o corpo transportado em uma mala para, em seguida, ser enterrado em cova rasa.
Na época, o casal chegou a forjar que a menina havia sido sequestrada, para despistar a polícia. Presos desde 6 de março, eles foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
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O júri terá início às 8h e ocorre no Fórum da Comarca de Indaial. No total, serão dez testemunhas ouvidas: cinco arroladas pelo Ministério Público, as mesmas da defesa do réu, e outras cinco arroladas pela defesa da acusada. O processo tramita em segredo de Justiça.
Isabelle de Freitas, de 3 anos, desapareceu em Indaial
Reprodução/Redes sociais
Relembre o crime
O crime aconteceu em 4 de março e o corpo de Isabelly foi localizado dois dias depois. Havia sangue em um dos quartos da casa, sala, cozinha e banheiro.
Para despistar, o casal forjou um sequestro, mas foi flagrado por câmeras dispensando a mala usada para transportar o corpo da criança (veja no vídeo no início da reportagem).
O crime ocorreu por volta das 11h na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto.
O casal teria reagido de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar.
A mãe e o padrasto passaram a agredir a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela, por traumatismo cranioencefálico. Isso foi confirmado em laudo pericial.
Após a morte, o casal colocou o corpo da menina em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada no bairro João Paulo II, também em Indaial, onde enterraram a vítima em uma cova rasa.
Vídeo revela casal transportando criança morta após crime
Reprodução/Divulgação
No mesmo dia, os dois ainda comunicaram um falso crime à Polícia Militar, dizendo que a criança estava desaparecida.
Dois dias após a morte, a mãe e o padrasto foram presos temporariamente. A prisão deles foi convertida em preventiva em 3 de abril.
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