Com Kamala Harris e Donald Trump prometendo endurecer o controle da imigração, qual é a importância dos imigrantes para os EUA? Analisamos quatro pontos. Imigrantes compõem 70% dos trabalhadores agrícolas dos EUA, segundo uma pesquisa do Departamento de Trabalho dos EUA.
Getty Images via BBC
A imigração é uma questão importante na próxima eleição presidencial dos EUA, com o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris falando da necessidade de controles mais rígidos sobre aqueles que entram no país, especialmente na fronteira com o México.
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Trump tem repetidamente alertado sobre uma “invasão” de migrantes e prometeu introduzir deportações em massa de imigrantes indocumentados.
Já Kamala acusou o ex-presidente de “alimentar o medo e a divisão” em torno da imigração, mas, ainda assim, reiterou seu apoio ao projeto de lei bipartidário de segurança na fronteira, que inclui centenas de milhões de dólares para a construção de um muro na fronteira.
Mas qual o papel da imigração nos EUA — lar da maior população nascida no exterior do mundo — e o que aconteceria se não houvesse imigrantes?
População
Um número recorde de pessoas cruzou do México para os EUA no final de 2023, mas caiu desde então para o menor nível em quatro anos.
Getty Images via BBC
Sem imigrantes, a população dos EUA encolheria significativamente. A população nascida no exterior atingiu o recorde de 47,8 milhões em 2023 — ou seja, 14,3% da população dos EUA.
O México é, de longe, o principal país de origem, com 10,6 milhões, seguido pela Índia, com 2,8 milhões, e pela China, com 2,5 milhões.
Embora o número de migrantes esteja em alta recorde, o crescimento populacional geral nos EUA está diminuindo devido à queda na taxa de natalidade.
Entre 2010 e 2020, o país teve o crescimento populacional mais lento de qualquer década desde a década de 1930, quando a taxa de natalidade caiu para um nível histórico durante a Grande Depressão.
Proporção de imigrantes na população dos EUA ao longo da história, desde 1900.
BBC
Isso significa que os EUA, assim como muitos outros países, enfrentam os desafios de uma população envelhecida, com aumento dos custos de saúde e menos pessoas em idade ativa.
Um ponto de inflexão é esperado em 2040, quando as mortes excederão os nascimentos, segundo previsões do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) — a imigração, então, será responsável por todo o crescimento populacional.
Como resultado, alguns economistas e grupos pró-imigração argumentam que a imigração deveria ser aumentada para atender às necessidades da economia, especialmente em áreas rurais.
Impacto econômico
O primeiro debate entre Kamala Harris e Donald Trump foi exibido no abrigo para migrantes Juventud 2000 em Tijuana, México.
Getty Images via BBC
Sem imigrantes, a economia dos EUA sofreria, diz Tarek Hassan, professor associado de Economia na Universidade de Boston: “Se você removesse os imigrantes completamente, estamos falando de uma redução no PIB per capita de cerca de 5% a 10%, o que significa que a riqueza por pessoa diminuiria, e o PIB total seria muito menor devido a menos pessoas”.
Hassan acrescenta que sua pesquisa sugere que a imigração “aumenta a inovação, o que impulsiona a produtividade em todos os setores, então não é limitada a um único setor — ela amplia a capacidade inovadora geral da economia dos EUA”.
Os imigrantes também têm maior probabilidade de estarem em idade ativa. Embora sejam cerca de 14% da população dos EUA, representam quase 19% da força de trabalho civil — 31 milhões de trabalhadores — e têm taxas de participação na força de trabalho mais altas do que cidadãos nativos, segundo o Bureau of Labor Statistics, uma agência governamental.
De acordo com previsões do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), cerca de 91% dos imigrantes com 16 anos ou mais que chegarem aos EUA entre 2022 e 2034 terão menos de 55 anos, em comparação com apenas 62% da população adulta em geral.
Certos setores da economia, como a agricultura, dependem particularmente do trabalho imigrante. Segundo a Pesquisa Nacional de Trabalhadores Agrícolas do Departamento de Trabalho dos EUA, 70% dos trabalhadores agrícolas são imigrantes, embora muitos sejam indocumentados.
Perdê-los “deixaria muitos proprietários de fazendas lutando para encontrar mão de obra suficiente para cultivar, colher frutas, legumes e verduras e prepará-los para os consumidores americanos durante as temporadas de pico”, diz Nan Wu, diretora de pesquisa do American Immigration Council (AIC), um grupo de defesa pró-imigração.
Um argumento típico dos críticos da imigração é que uma entrada de trabalhadores estrangeiros dispostos a trabalhar por salários mais baixos reduz os salários da população nativa.
Mas uma análise de 2014 da Universidade da Califórnia, em Davis, de 27 estudos sobre o impacto econômico da imigração concluiu que o efeito médio da imigração nos salários dos nativos foi essencialmente zero.
Um estudo mais recente da Universidade de Eastern Illinois descobriu que o crescimento no número de imigrantes pode até ter um impacto “positivo, mas estatisticamente insignificante” no crescimento dos salários.
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Impostos
Imigrantes indocumentados representam 23% da população total de imigrantes – aproximadamente 11 milhões de pessoas.
Getty Images via BBC
Mas e o impacto na arrecadação de impostos?
Famílias de imigrantes contribuíram com quase um sexto de todos os dólares arrecadados em impostos — cerca de US$ 580 bilhões (R$ 3 trilhões) — em 2022, segundo análise do AIC.
Não são apenas os migrantes que chegaram legalmente que contribuem com impostos, diz Wu, da AIC.
Imigrantes indocumentados representam cerca de 23% do total da população imigrante — aproximadamente 11 milhões de pessoas, com cerca de quatro milhões do México — de acordo com análise do Pew Research Center.
E um estudo do Instituto de Tributação e Política Econômica descobriu que imigrantes indocumentados pagaram quase US$ 100 bilhões (R$ 520 bilhões) em impostos federais, estaduais e locais em 2022.
No entanto, Daniel Costa, diretor de pesquisa em leis e políticas de imigração no Economic Policy Institute (Instituto de Política Econômica), um centro de estudos em Washington, diz que, embora o impacto econômico da imigração possa ser positivo nacionalmente, ele pode ser negativo em alguns estados, especialmente a curto prazo.
Em um estudo recente, ele e sua equipe deram o exemplo de uma grande entrada de imigrantes ganhando baixos salários, mas sendo elegíveis para benefícios, inclinando o “equilíbrio fiscal no curto prazo para um impacto negativo”.
Por essa razão, ele e sua equipe defendem uma maior redistribuição de fundos do nível federal para o estadual, dando mais dinheiro às áreas com níveis mais altos de imigração para responder a quaisquer desafios que possam surgir.
O professor Giovanni Peri, um dos principais especialistas em imigração e economista da Universidade da Califórnia, em Davis, observa que a pressão sobre as comunidades de imigrantes pode ser semelhante ao que acontece quando a população de pessoas nascidas nos EUA cresce.
Ele diz que “isso também gera pressão sobre os serviços e a habitação, se a construção não se ajustar… é apenas que os imigrantes são mais fáceis de serem destacados”.
Inovação e Empreendedorismo
A Apple, uma das empresas mais valiosas dos EUA, foi fundada por Steve Jobs, filho de um imigrante sírio.
Getty Images via BBC
Uma proporção significativa de imigrantes, ou seus filhos, tornaram-se importantes empreendedores.
Cerca de 45% das empresas da Fortune 500 – uma lista anual das 500 maiores empresas dos EUA por receita – foram fundadas por imigrantes ou seus filhos, e imigrantes fundaram 55% das startups dos EUA avaliadas em US$ 1 bilhão (R$ 576 bilhões) ou mais.
Imigrantes também desempenharam um papel fundamental em avanços tecnológicos globais, com muitos vindo inicialmente para os EUA como estudantes internacionais.
No ano acadêmico de 2022-2023, mais de um milhão de estudantes internacionais contribuíram com US$ 40 bilhões (R$ 210 bilhões) para a economia dos EUA e apoiaram mais de 368 mil empregos através de mensalidades e despesas de vida, segundo a Associação de Educadores Internacionais.
Opinião pública
Uma pesquisa recente da Gallup revelou que mais da metade dos americanos deseja ver a imigração reduzida.
Getty Images via BBC
Apesar do papel dos imigrantes na economia dos EUA, uma pesquisa recente da Gallup revelou que 55% dos americanos querem ver a imigração reduzida. E há um consenso político amplo de que os controles sobre a migração devem ser mais rígidos, especialmente no que diz respeito às passagens ilegais na fronteira com o México.
O professor Peri, da Universidade da Califórnia, em Davis, diz que alguns políticos e a imprensa retratam a imigração como equivalente ao “caos na fronteira”, focando em histórias de entrada ilegal, em vez de discutir o impacto mais amplo da imigração.
“As pessoas geralmente ouvem sobre a imigração como uma ‘enxurrada’ na fronteira sul, então pensam que é excessiva e prejudicial”, acrescenta ele, em vez de discutir o papel dos imigrantes na economia e compensando o declínio demográfico.
E, segundo Tarek Hassan da Universidade de Boston: “Nas últimas duas décadas, a imigração tem sido particularmente alta, o que pode sobrecarregar a capacidade social de integrar novos chegados”.
“E, embora a imigração tenha impacto positivo nas esferas econômica, social e cultural, pode haver aspectos com os quais as pessoas não se sintam confortáveis”, conclui.
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A imigração é uma questão importante na próxima eleição presidencial dos EUA, com o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris falando da necessidade de controles mais rígidos sobre aqueles que entram no país, especialmente na fronteira com o México.
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Trump tem repetidamente alertado sobre uma “invasão” de migrantes e prometeu introduzir deportações em massa de imigrantes indocumentados.
Já Kamala acusou o ex-presidente de “alimentar o medo e a divisão” em torno da imigração, mas, ainda assim, reiterou seu apoio ao projeto de lei bipartidário de segurança na fronteira, que inclui centenas de milhões de dólares para a construção de um muro na fronteira.
Mas qual o papel da imigração nos EUA — lar da maior população nascida no exterior do mundo — e o que aconteceria se não houvesse imigrantes?
População
Um número recorde de pessoas cruzou do México para os EUA no final de 2023, mas caiu desde então para o menor nível em quatro anos.
Getty Images via BBC
Sem imigrantes, a população dos EUA encolheria significativamente. A população nascida no exterior atingiu o recorde de 47,8 milhões em 2023 — ou seja, 14,3% da população dos EUA.
O México é, de longe, o principal país de origem, com 10,6 milhões, seguido pela Índia, com 2,8 milhões, e pela China, com 2,5 milhões.
Embora o número de migrantes esteja em alta recorde, o crescimento populacional geral nos EUA está diminuindo devido à queda na taxa de natalidade.
Entre 2010 e 2020, o país teve o crescimento populacional mais lento de qualquer década desde a década de 1930, quando a taxa de natalidade caiu para um nível histórico durante a Grande Depressão.
Proporção de imigrantes na população dos EUA ao longo da história, desde 1900.
BBC
Isso significa que os EUA, assim como muitos outros países, enfrentam os desafios de uma população envelhecida, com aumento dos custos de saúde e menos pessoas em idade ativa.
Um ponto de inflexão é esperado em 2040, quando as mortes excederão os nascimentos, segundo previsões do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) — a imigração, então, será responsável por todo o crescimento populacional.
Como resultado, alguns economistas e grupos pró-imigração argumentam que a imigração deveria ser aumentada para atender às necessidades da economia, especialmente em áreas rurais.
Impacto econômico
O primeiro debate entre Kamala Harris e Donald Trump foi exibido no abrigo para migrantes Juventud 2000 em Tijuana, México.
Getty Images via BBC
Sem imigrantes, a economia dos EUA sofreria, diz Tarek Hassan, professor associado de Economia na Universidade de Boston: “Se você removesse os imigrantes completamente, estamos falando de uma redução no PIB per capita de cerca de 5% a 10%, o que significa que a riqueza por pessoa diminuiria, e o PIB total seria muito menor devido a menos pessoas”.
Hassan acrescenta que sua pesquisa sugere que a imigração “aumenta a inovação, o que impulsiona a produtividade em todos os setores, então não é limitada a um único setor — ela amplia a capacidade inovadora geral da economia dos EUA”.
Os imigrantes também têm maior probabilidade de estarem em idade ativa. Embora sejam cerca de 14% da população dos EUA, representam quase 19% da força de trabalho civil — 31 milhões de trabalhadores — e têm taxas de participação na força de trabalho mais altas do que cidadãos nativos, segundo o Bureau of Labor Statistics, uma agência governamental.
De acordo com previsões do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), cerca de 91% dos imigrantes com 16 anos ou mais que chegarem aos EUA entre 2022 e 2034 terão menos de 55 anos, em comparação com apenas 62% da população adulta em geral.
Certos setores da economia, como a agricultura, dependem particularmente do trabalho imigrante. Segundo a Pesquisa Nacional de Trabalhadores Agrícolas do Departamento de Trabalho dos EUA, 70% dos trabalhadores agrícolas são imigrantes, embora muitos sejam indocumentados.
Perdê-los “deixaria muitos proprietários de fazendas lutando para encontrar mão de obra suficiente para cultivar, colher frutas, legumes e verduras e prepará-los para os consumidores americanos durante as temporadas de pico”, diz Nan Wu, diretora de pesquisa do American Immigration Council (AIC), um grupo de defesa pró-imigração.
Um argumento típico dos críticos da imigração é que uma entrada de trabalhadores estrangeiros dispostos a trabalhar por salários mais baixos reduz os salários da população nativa.
Mas uma análise de 2014 da Universidade da Califórnia, em Davis, de 27 estudos sobre o impacto econômico da imigração concluiu que o efeito médio da imigração nos salários dos nativos foi essencialmente zero.
Um estudo mais recente da Universidade de Eastern Illinois descobriu que o crescimento no número de imigrantes pode até ter um impacto “positivo, mas estatisticamente insignificante” no crescimento dos salários.
LEIA TAMBÉM:
Economia, imigração e aborto: como 3 temas-chave das eleições nos EUA favorecem ou prejudicam Trump e Kamala
Republicanos são vermelhos, democratas são azuis, mas já foi o contrário: entenda a origem das cores dos partidos nos EUA
Casa Branca alterou registro da fala de Biden que sugere que eleitores de Trump são ‘lixo’, diz agência
Impostos
Imigrantes indocumentados representam 23% da população total de imigrantes – aproximadamente 11 milhões de pessoas.
Getty Images via BBC
Mas e o impacto na arrecadação de impostos?
Famílias de imigrantes contribuíram com quase um sexto de todos os dólares arrecadados em impostos — cerca de US$ 580 bilhões (R$ 3 trilhões) — em 2022, segundo análise do AIC.
Não são apenas os migrantes que chegaram legalmente que contribuem com impostos, diz Wu, da AIC.
Imigrantes indocumentados representam cerca de 23% do total da população imigrante — aproximadamente 11 milhões de pessoas, com cerca de quatro milhões do México — de acordo com análise do Pew Research Center.
E um estudo do Instituto de Tributação e Política Econômica descobriu que imigrantes indocumentados pagaram quase US$ 100 bilhões (R$ 520 bilhões) em impostos federais, estaduais e locais em 2022.
No entanto, Daniel Costa, diretor de pesquisa em leis e políticas de imigração no Economic Policy Institute (Instituto de Política Econômica), um centro de estudos em Washington, diz que, embora o impacto econômico da imigração possa ser positivo nacionalmente, ele pode ser negativo em alguns estados, especialmente a curto prazo.
Em um estudo recente, ele e sua equipe deram o exemplo de uma grande entrada de imigrantes ganhando baixos salários, mas sendo elegíveis para benefícios, inclinando o “equilíbrio fiscal no curto prazo para um impacto negativo”.
Por essa razão, ele e sua equipe defendem uma maior redistribuição de fundos do nível federal para o estadual, dando mais dinheiro às áreas com níveis mais altos de imigração para responder a quaisquer desafios que possam surgir.
O professor Giovanni Peri, um dos principais especialistas em imigração e economista da Universidade da Califórnia, em Davis, observa que a pressão sobre as comunidades de imigrantes pode ser semelhante ao que acontece quando a população de pessoas nascidas nos EUA cresce.
Ele diz que “isso também gera pressão sobre os serviços e a habitação, se a construção não se ajustar… é apenas que os imigrantes são mais fáceis de serem destacados”.
Inovação e Empreendedorismo
A Apple, uma das empresas mais valiosas dos EUA, foi fundada por Steve Jobs, filho de um imigrante sírio.
Getty Images via BBC
Uma proporção significativa de imigrantes, ou seus filhos, tornaram-se importantes empreendedores.
Cerca de 45% das empresas da Fortune 500 – uma lista anual das 500 maiores empresas dos EUA por receita – foram fundadas por imigrantes ou seus filhos, e imigrantes fundaram 55% das startups dos EUA avaliadas em US$ 1 bilhão (R$ 576 bilhões) ou mais.
Imigrantes também desempenharam um papel fundamental em avanços tecnológicos globais, com muitos vindo inicialmente para os EUA como estudantes internacionais.
No ano acadêmico de 2022-2023, mais de um milhão de estudantes internacionais contribuíram com US$ 40 bilhões (R$ 210 bilhões) para a economia dos EUA e apoiaram mais de 368 mil empregos através de mensalidades e despesas de vida, segundo a Associação de Educadores Internacionais.
Opinião pública
Uma pesquisa recente da Gallup revelou que mais da metade dos americanos deseja ver a imigração reduzida.
Getty Images via BBC
Apesar do papel dos imigrantes na economia dos EUA, uma pesquisa recente da Gallup revelou que 55% dos americanos querem ver a imigração reduzida. E há um consenso político amplo de que os controles sobre a migração devem ser mais rígidos, especialmente no que diz respeito às passagens ilegais na fronteira com o México.
O professor Peri, da Universidade da Califórnia, em Davis, diz que alguns políticos e a imprensa retratam a imigração como equivalente ao “caos na fronteira”, focando em histórias de entrada ilegal, em vez de discutir o impacto mais amplo da imigração.
“As pessoas geralmente ouvem sobre a imigração como uma ‘enxurrada’ na fronteira sul, então pensam que é excessiva e prejudicial”, acrescenta ele, em vez de discutir o papel dos imigrantes na economia e compensando o declínio demográfico.
E, segundo Tarek Hassan da Universidade de Boston: “Nas últimas duas décadas, a imigração tem sido particularmente alta, o que pode sobrecarregar a capacidade social de integrar novos chegados”.
“E, embora a imigração tenha impacto positivo nas esferas econômica, social e cultural, pode haver aspectos com os quais as pessoas não se sintam confortáveis”, conclui.
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Postado em: 11:00