Considerado o ‘Pelé do piano’, músico morreu aos 84 anos por consequência de um câncer de intestino. Velório e cremação acontecem nesta quinta-feira (31) em Florianópolis, onde morava. Familiares e amigos participam do velório em Florianópolis
Lucas Amorelli/NSC
Grasiela Garrett da Silva, enteada do pianista Arthur Moreira Lima, que morreu em Florianópolis aos 84 anos, se emocionou ao falar sobre a relação com artista durante a cerimônia de despedida dele nesta quinta-feira (31). Ela agradeceu a convivência com o músico e revelou ter acostumado a chamá-lo de ‘pada’, uma união entre as palavras ‘pai’ e ‘padrasto’.
“Um ser humano admirável, uma pessoa surpreendente, de muitos valores. Eu sempre aprendi muito, muito da vida com ele. E eu tive o privilégio de ter esses 24 anos com uma pessoa muito honrosa, muito humilde, muito divertida”, disse.
O músico estava internado há duas semanas no Imperial Hospital de Caridade, no centro da capital de Santa Catarina, onde tratava um câncer no intestino descoberto no ano passado.
O velório dele acontece até às 16h, no Cemitério Jardim da Paz. Em seguida, o corpo será cremado.
“Ele foi para gente sempre esse ‘pada’. Esse pai querido, divertido e muito amoroso. Muito amoroso”, reforçou a enteada.
O pianista Arthur Moreira Lima
Música no Museu/ Divulgação
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Casado por 24 anos, Moreira Lima tinha outros dois enteados além de Grasiela e morava desde 1993 em Florianópolis. Em 2003, recebeu o título de Cidadão Honorário da cidade.
Andreza Garrett da Silva Paes, outra enteada do pianista, destacou a forte relação dele com a música e a sensibilidade.
“Conexão da arte com a música é a coisa mais forte na espiritualidade. Então, realmente, ele estava muito mais colado na divindade do que a gente que, às vezes, está indo numa igreja. Então, ele realmente era muito conectado, uma pessoa muito sensível”, destacou.
‘Pelé do piano’ ganhou título de cidadão honorário de Florianópolis
Chamado de ‘Pelé do Piano’ pela revista La Suisse, o artista é considerado um dos maiores pianistas do país. Natural do Rio de Janeiro, começou a tocar piano aos 6 anos e ficou reconhecido por interpretar compositores românticos, como Chopin e Liszt, além de cravar clássicos brasileiros.
Moreira Lima Foi projetado internacionalmente ao conquistar o 2° lugar na Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin, em 1965. Cinco anos depois, em 1970, alcançou o 3° lugar na Competição Internacional Tchaikovsky.
Em 2003, Moreira Lima iniciou o projeto “Um piano pela estrada”, onde percorreu cidades de Santa Catarina e do Brasil em um caminhão que virava um palco. No projeto, o pianista era o criador, produtor e empresário.
A iniciativa buscava levar a música erudita a quem não tinha acesso. O repertório do concerto contava com obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Astor Piazzolla, Liszt, Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, entre outros grandes compositores da música clássica e popular.
Quem foi Arthur Moreira Lima, o ‘Pelé do piano’ que ganhou título de cidadão honorário de Florianópolis
Reprodução/Arquivo/Divulgação
Amigo de longa data de Moreira, João Carlos Martins contou à GloboNews que soube da morte do amigo enquanto estava em um concerto em Sorocaba (SP). “O que eu tinha pra chorar eu já chorei. Fiz uma peça para ele”, Para o maestro, Moreira Lima foi um dos maiores intérpretes de Chopin.
“Arthur foi o pianista brasileiro que mais me emocionou na vida”, afirmou o maestro.
‘Pianista brasileiro que mais me emocionou’, diz maestro João Carlos Martins
Arthur Moreira Lima, um dos maiores pianistas brasileiros, morre aos 84 anos
OFiC e OSB lamenta morte
Em nota na noite de quarta, quando foi confirmada a morte, a Orquestra Filarmônica Catarinense lamentou a morte e afirmou que ele foi um dos “mais destacados pianistas brasileiros no cenário internacional da música clássica”.
“Moreira Lima teve toda sua trajetória dedicada a superar a distinção entre música erudita e popular. Nossos sentimentos à família e amigos. Seu legado certamente irá inspirar orquestras e músicos do Brasil por décadas e décadas”.
Também em nota, a Orquestra Sinfônica Brasileira lamentou a perda e destacou os feitos do pianista, a quem chamou de ‘extraordinário’ e ‘gênio’.
Arthur Moreira Lima tinha apenas 9 anos quando venceu o concurso Jovens Solistas promovido pela OSB, com quem partilhava a idade. Tendo conquistado as mais prestigiadas salas de concerto do mundo, Arthur também fez história ao levar seu piano para espaços públicos e populares no Brasil, aproximando a música de concerto de milhares de pessoas.
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Grasiela Garrett da Silva, enteada do pianista Arthur Moreira Lima, que morreu em Florianópolis aos 84 anos, se emocionou ao falar sobre a relação com artista durante a cerimônia de despedida dele nesta quinta-feira (31). Ela agradeceu a convivência com o músico e revelou ter acostumado a chamá-lo de ‘pada’, uma união entre as palavras ‘pai’ e ‘padrasto’.
“Um ser humano admirável, uma pessoa surpreendente, de muitos valores. Eu sempre aprendi muito, muito da vida com ele. E eu tive o privilégio de ter esses 24 anos com uma pessoa muito honrosa, muito humilde, muito divertida”, disse.
O músico estava internado há duas semanas no Imperial Hospital de Caridade, no centro da capital de Santa Catarina, onde tratava um câncer no intestino descoberto no ano passado.
O velório dele acontece até às 16h, no Cemitério Jardim da Paz. Em seguida, o corpo será cremado.
“Ele foi para gente sempre esse ‘pada’. Esse pai querido, divertido e muito amoroso. Muito amoroso”, reforçou a enteada.
O pianista Arthur Moreira Lima
Música no Museu/ Divulgação
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Casado por 24 anos, Moreira Lima tinha outros dois enteados além de Grasiela e morava desde 1993 em Florianópolis. Em 2003, recebeu o título de Cidadão Honorário da cidade.
Andreza Garrett da Silva Paes, outra enteada do pianista, destacou a forte relação dele com a música e a sensibilidade.
“Conexão da arte com a música é a coisa mais forte na espiritualidade. Então, realmente, ele estava muito mais colado na divindade do que a gente que, às vezes, está indo numa igreja. Então, ele realmente era muito conectado, uma pessoa muito sensível”, destacou.
‘Pelé do piano’ ganhou título de cidadão honorário de Florianópolis
Chamado de ‘Pelé do Piano’ pela revista La Suisse, o artista é considerado um dos maiores pianistas do país. Natural do Rio de Janeiro, começou a tocar piano aos 6 anos e ficou reconhecido por interpretar compositores românticos, como Chopin e Liszt, além de cravar clássicos brasileiros.
Moreira Lima Foi projetado internacionalmente ao conquistar o 2° lugar na Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin, em 1965. Cinco anos depois, em 1970, alcançou o 3° lugar na Competição Internacional Tchaikovsky.
Em 2003, Moreira Lima iniciou o projeto “Um piano pela estrada”, onde percorreu cidades de Santa Catarina e do Brasil em um caminhão que virava um palco. No projeto, o pianista era o criador, produtor e empresário.
A iniciativa buscava levar a música erudita a quem não tinha acesso. O repertório do concerto contava com obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Astor Piazzolla, Liszt, Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, entre outros grandes compositores da música clássica e popular.
Quem foi Arthur Moreira Lima, o ‘Pelé do piano’ que ganhou título de cidadão honorário de Florianópolis
Reprodução/Arquivo/Divulgação
Amigo de longa data de Moreira, João Carlos Martins contou à GloboNews que soube da morte do amigo enquanto estava em um concerto em Sorocaba (SP). “O que eu tinha pra chorar eu já chorei. Fiz uma peça para ele”, Para o maestro, Moreira Lima foi um dos maiores intérpretes de Chopin.
“Arthur foi o pianista brasileiro que mais me emocionou na vida”, afirmou o maestro.
‘Pianista brasileiro que mais me emocionou’, diz maestro João Carlos Martins
Arthur Moreira Lima, um dos maiores pianistas brasileiros, morre aos 84 anos
OFiC e OSB lamenta morte
Em nota na noite de quarta, quando foi confirmada a morte, a Orquestra Filarmônica Catarinense lamentou a morte e afirmou que ele foi um dos “mais destacados pianistas brasileiros no cenário internacional da música clássica”.
“Moreira Lima teve toda sua trajetória dedicada a superar a distinção entre música erudita e popular. Nossos sentimentos à família e amigos. Seu legado certamente irá inspirar orquestras e músicos do Brasil por décadas e décadas”.
Também em nota, a Orquestra Sinfônica Brasileira lamentou a perda e destacou os feitos do pianista, a quem chamou de ‘extraordinário’ e ‘gênio’.
Arthur Moreira Lima tinha apenas 9 anos quando venceu o concurso Jovens Solistas promovido pela OSB, com quem partilhava a idade. Tendo conquistado as mais prestigiadas salas de concerto do mundo, Arthur também fez história ao levar seu piano para espaços públicos e populares no Brasil, aproximando a música de concerto de milhares de pessoas.
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Postado em: 15:00